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WhatsApp Image 2021 12 06 at 09.52.08Foto: Marco Brandt/Assessoria de Imprensa HUCFFBeatriz Coutinho

Ano novo, vida nova para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Ou melhor, projetos novos. Estão sendo instaladas 432 placas fotovoltaicas na parede do prédio voltada para a estação do BRT, que recebe maior incidência de raios solares. O sistema, previsto para entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2022, vai gerar energia limpa e, a longo prazo, economizar recursos para a universidade.
Hoje, a unidade de saúde consome em média 10.800MWh (megawatts-hora) por ano. A conta de luz vem salgada: R$ 400 mil por mês. “Nosso consumo é muito grande. São equipamentos elétricos e cirúrgicos, elevadores, bombas de recalque de água. Tudo é muito custoso”, destaca João Roberto Nunes, chefe da Divisão de Engenharia do HU.
As placas iniciais ficarão longe de suprir esta demanda. Serão produzidos apenas 154,5 MWh por ano. No valor atual da energia, seria uma economia de R$ 11 mil por mês. Mas o engenheiro sonha alto: “Hoje, elas são objetos de estudo pra avaliação da sua eficiência na vertical, diferentemente da horizontal”, explica João. “No futuro, quando conseguirmos utilizar os seis mil metros quadrados de telhado horizontal para produção de energia elétrica, conseguiremos, possivelmente, zerar essa conta. Esse será o grande salto”, completa.
A instalação já vai trazer um ganho que não é visível para quem está apenas passando pelo hospital. Uma nova subestação elétrica está sendo construída para conferir segurança à rede elétrica do HU e possibilitar a ligação do sistema fotovoltaico à rede elétrica da concessionária.
A antiga subestação do hospital foi construída antes das normas técnicas atuais e funcionará como distribuidora intermediária. “Vamos ter uma segurança energética e elétrica muito maior do que tínhamos. Foi um ganho fundamental no sentido de segurança”, afirma.
O sistema de placas é financiado pelo Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia para a Cidade Universitária da UFRJ e está orçado em R$ 1,3 milhão. Criado em 2012 por decreto estadual, o fundo tem como objetivo transformar o campus da Ilha do Fundão em um polo de projetos de desenvolvimento sustentável. Só de sistemas fotovoltaicos, já existem cinco iniciativas.
Bruno Allevato, coordenador técnico do Fundo Verde, explica o que pesou para escolha do hospital como local do projeto: “A fachada vertical, porque temos o intuito de diversificar as formas de instalação desses sistemas; e a rede elétrica, que necessita de melhorias”, afirma. “Estamos realizando a instalação das placas fotovoltaicas e a adequação da subestação de energia dentro do HU”. Segundo Allevato, a estimativa de geração de energia será equivalente ao consumo de 70 residências.

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