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WhatsApp Image 2021 11 12 at 20.46.27Diretoria da AdUFRJ

O retorno presencial imediato, imposto pela Justiça, é o tema central desta edição do Jornal da AdUFRJ. Embora não estivesse na pauta original, foi também o assunto dominante da sessão do Consuni de quinta-feira (11), em que se discutiram formas de retomar as atividades presenciais de maneira segura e gradual. No Consuni, o presidente da AdUFRJ, professor João Torres, descreveu os esforços de um conjunto de entidades para garantir que esse retorno ocorra com segurança e acolhimento para a comunidade acadêmica da UFRJ. Entre esses esforços estão a divulgação de uma carta pública em repúdio à imposição judicial de retorno imediato — assinada por AdUFRJ, Andes SN/RJ, Adecefet/RJ, Adunirio, Adur, SINDSCOPE, DCE Mário Prata, APG/UFRJ e Fenet — e um encontro com um procurador do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, na quarta-feira (10), para tratar da questão. Toda a movimentação da semana em torno desse tema — incluindo o recurso da UFRJ contra a decisão — você confere nas páginas 3, 4 e 5.
    Como um contraponto à tensão dos últimos tempos — e dos que virão —, temos a estreia da coluna Equilíbrio, na página 8. Assinada pela vice-presidente da AdUFRJ, Mayra Goulart, professora de Ciência Política (IFCS/UFRJ) e de Yoga, a coluna se propõe a ser um espaço de reflexão sobre nosso bem-estar físico e mental — algo que ficou particularmente abalado na pandemia. Um espaço de acolhimento, que pretende tratar de medos, traumas e sentimentos, e discutir formas de reduzir o sofrimento por meio de práticas que aumentem nossa conexão com o mundo e que estimulem nossa consciência.    
    Vamos também tratar nesta edição de dignidade. Na matéria da página 7, abordamos a reação da comunidade científica aos expurgos políticos perpetrados pelo presidente Jair Bolsonaro contra os cientistas Adele Schwartz Benzaken e Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, excluídos, depois de agraciados, da lista da Ordem Nacional do Mérito Científico de 2021. Marcus foi excluído porque conduziu um dos primeiros estudos clínicos que comprovaram a ineficácia da cloroquina no tratamento precoce de pacientes com covid-19. E Adele perdeu a comenda porque, quando era funcionária do Ministério da Saúde, elaborou uma cartilha com instruções de prevenção contra o vírus HIV para pessoas trans. No Consuni de quinta-feira (11), o conselheiro e professor Ricardo Medronho, diretor da AdUFRJ, falou sobre a perseguição política contra os dois cientistas e divulgou uma carta de repúdio, já assinada por 57 professores eméritos da UFRJ, que reproduzimos na íntegra em nossa matéria. 
    Falaremos, por fim, de diversidade. Em nossa matéria da página 6 aprofundamos a pesquisa, divulgada este mês pelo portal de notícias G1, que mostra um aumento significativo no número de alunos pretos e pardos na UFRJ desde a adoção do sistema de cotas, em 2014: 71%. O avanço dessa política de inclusão é motivo de comemoração. Em 2013, um ano antes da adoção do sistema, os alunos que se autodeclaravam negros e pardos somavam 21,3 mil, e esse número saltou para 36,6 mil em 2020. O percentual entre alunos negros e pardos em relação aos alunos brancos também mudou bastante. Em 2013, os negros e pardos representavam 24,7% do total, contra 51,2% de brancos; em 2020, esses percentuais foram de 35,5% e 40%, respectivamente.
    Boa leitura!

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