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WhatsApp Image 2021 11 05 at 19.26.03Diretoria da AdUFRJ

Na semana em que perdemos Nelson Freire, o pianista que emocionava muito além dos prelúdios e que, entre muitos títulos, carregava o de “Doutor Honoris Causa da UFRJ”, tentamos fazer um jornal parecido com a universidade.
Nas próximas páginas, oferecemos um resumo da potência criativa, responsável e diversa da comunidade universitária. Tratamos da ciência à arte. Da pesquisa à extensão. Do compromisso com o meio ambiente na COP26, na Escócia, ao retorno presencial seguro no Fundão.
Nas páginas 4 e 5, registramos as primeiras horas de retorno dos servidores ao trabalho presencial, no último dia 3. A data, definida pelo Consuni, reafirma o princípio constitucional da autonomia da universidade, e marca a forma como iremos reocupar os campi. Iremos devagar, como num samba do mestre Paulinho da Viola, no compasso do respeito aos protocolos sanitários, aos colegas e à ciência. Espaços mapeados, sinalizados e com distanciamento resguardado marcaram essa volta gradual.
A ciência, aliás, é o tema da alvissareira notícia publicada aqui ao lado. A matéria se debruça sobre o trabalho incansável dos profissionais da UFRJ em Macaé e mostra que a cidade fluminense conquistou os melhores índices do estado do Rio no combate à covid-19.  Os dados foram registrados na prestigiada Nature, em artigo assinado por 21 professores do campus da universidade. Graças ao trabalho do Nupem na testagem, monitoramento (com geolocalização) e acompanhamento dos casos, Macaé tem hoje a menor taxa de letalidade (2,1) entre os municípios com mais de 500 mil habitantes do estado.
A preocupação com a qualidade de vida da população também é tema do projeto de extensão Encosta Viva, que ilustra a página 6. O projeto da Escola Politécnica está percorrendo escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro com oficinas onde os alunos da Educação Infantil ao nono ano podem conhecer mais sobre os deslizamentos de terra que assolam várias comunidades da capital. O projeto já chegou a cerca de 600 estudantes, muitos deles moradores de comunidades com áreas de risco, e vai prosseguir em 2022.
A responsabilidade da UFRJ com todo o planeta também aparece nessa edição. Na página 7, mostramos o trabalho da Coppe na Conferência do Clima. A professora Suzana Kahn, vice-diretora da unidade, está na Escócia e, de lá, concedeu entrevista exclusiva com um balanço dos primeiros dias do evento. O debate da COP26 conta com participação ativa dos pesquisadores da universidade. A Coppe coordenou a elaboração do relatório “Clima e Desenvolvimento - Visões do Brasil em 2030”, que apresenta alternativas para um futuro alicerçado no desenvolvimento sustentável. O documento, com a contribuição de mais de 250 especialistas, se baseia na economia de baixo carbono, na justiça e na inclusão social.
E, com arte e saudade, terminamos o jornal com o resgate da cerimônia em que a UFRJ concedeu o título de Doutor Honoris Causa ao pianista Nelson Freire, em 2011, na Escola de Música. Foi o primeiro título acadêmico da história desse fascinante artista que morreu na última segunda-feira e nos deixou ainda mais órfãos de delicadeza e talento. Que a saudade de Nelson e de outros tantos que partiram nessa interminável pandemia ilumine o compasso de nosso reencontro na universidade.

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