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Qual deve ser a posição da Adufrj para as eleições de 2022?
Como ajudar a reconstruir a democracia?

 

AMPLA ARTICULAÇÃO COM AS FORÇAS PROGRESSISTAS NAS RUAS E NAS REDES

WhatsApp Image 2021 09 13 at 12.53.53Estamos vivendo um momento histórico. Os atos realizados em sete de setembro consolidam um processo de esgarçamento das instituições políticas brasileiras, que se inicia com a forma pela qual as manifestações de junho de 2013 foram reverberadas e interpretadas. Nesse processo, as ideias de liberdade, igualdade e democracia passaram por uma ressignificação perigosa para a manutenção do Estado Democrático de Direito, na medida em que permite sua mobilização em prol de uma práxis política lesiva em termos institucionais e sociais.
A liberdade passa a ser um escudo para o egoísmo e para escolhas que ameaçam a saúde dos demais, no caso do negacionismo científico daqueles que rejeitaram as medidas sanitárias implementadas para evitar a disseminação da covid-19. A igualdade passa a ser vista como uma bandeira política nociva à família, outro conceito deformado para excluir aqueles que não se encaixam nos modelos patriarcais e heteronormativos. Com isso, a democracia passa a ser entendida como uma tirania de grupos radicalizados disruptivos em virtude de sua capacidade de mobilização nas redes e fora delas. Tais grupos, embora ainda minoritários, contam com o apoio de importantes segmentos das elites econômicas nacionais e internacionais, uma vez que representam um governo inequivocamente comprometido com a prioridade dos investimentos e lucros em detrimento de salários e políticas sociais. Não podemos nos enganar com as reprimendas da grande imprensa, dos Ministros do STF, de líderes partidários e dos presidentes da Câmara e do Senado. Todos eles são responsáveis por assistirem inertes à escalada dessa dinâmica de esgarçamento institucional. Por esse motivo, não podemos esperar deles a imposição de limites efetivos ao autoritarismo.
Diante da gravidade da situação, tendo em vista a penetração de valores autoritários no tecido social e entre os atores institucionais, a interrupção deste processo dependerá da combinação de uma dinâmica incessante de manifestações por parte dos segmentos progressistas da sociedade e de uma ampla vitória eleitoral de um candidato presidencial que os represente. Não há espaço para divisões na frente ampla a ser formada em defesa dos marcos civilizatórios contestados pela extrema direita reacionária. Essa frente precisa ser unida mas, também, heterogênea, abarcando diferentes ideologias e visões de mundo, diferentes partidos e movimentos sociais. A ideia de uma terceira via enfraquece essa unidade, assim como a falácia de que haveria algum tipo de simetria entre a direita reacionária bolsonarista e qualquer força política à esquerda, conforme reverberado por aqueles que alertam sobre os riscos da polarização entre dois extremos. Não há extremismo entre as lideranças progressistas com viabilidade eleitoral nos dias de hoje. Todas elas são comprometidas com a defesa da Constituição e com o fortalecimento da democracia. O Partido dos Trabalhadores e sua principal liderança, Luís Inácio Lula da Silva, possuem uma série de defeitos e seus governos deixaram a desejar por vários motivos, mas não por serem extremistas.
A derrota de Jair Bolsonaro, no entanto, será apenas o primeiro passo, pois os efeitos do processo consolidado por seu governo o transcendem, posto que estão amparados pela disseminação de valores antidemocráticos na sociedade. Por esse motivo, a vitória de um candidato progressista precisará ser sucedida por um esforço de reconstrução das instituições políticas e, sobretudo, educacionais, para que elas sejam fortalecidas nas suas capacidades de promover o diálogo e a reflexão sobre valores efetivamente compatíveis com a democracia liberal.
A universidade pública exercerá um papel primordial nessa reconstrução. Por um lado, pelo seu trabalho de base, na medida em que os alunos que por ela passam atuam como formadores de opinião, caixas de ressonância destes valores. Não apenas os professores da educação básica que atuarão na linha de frente junto às crianças e adolescentes, mas também dos demais profissionais e jovens capazes de se comprometer com uma mensagem humanística de solidariedade, empatia e sensibilidade para com as clivagens sociais e econômicas. Por outro, pela sua atuação na criação, comprovação, demonstração e aplicação desses valores através do fazer científico, enquanto práxis dialógica e aberta ao dissenso por definição e, por este motivo, incompatíveis com o obscurantismo reacionário que alimenta o autoritarismo da extrema direita atual.
O papel da ADUFRJ é atuar junto às demais forças progressistas na luta para vencer esta ameaça, somando esforços com partidos e movimentos sociais engajados na derrota do bolsonarismo: (i) nas urnas, mediante o apoio ao candidato com viabilidade eleitoral que melhor represente seus ideais; (ii) nas ruas, participando das manifestações e atos contra o atual governo; (iii) nas mídias, mobilizando seus filiados para que se mantenham engajados nessa luta.
Ademais, ao agir em defesa da Universidade e de seus docentes, o sindicato contribui para que ela seja este espaço de reconstrução. Antes disso, todavia, é preciso que a ADUFRJ siga atuando para conter os avanços do bolsonarismo contra os docentes e os demais servidores públicos, tratados pelo governo como “parasitas” a serem combatidos pelos cortes de verbas destinados à manutenção das instituições públicas, ao financiamento da pesquisa e ao pagamento do salário de professores. Nesse sentido, precisamos mobilizar a categoria e a sociedade contra a PEC 32 da Reforma Administrativa através de campanhas que reforcem a importância do serviço público, em geral, e dos docentes, em particular.

 

A ELEIÇÃO DE 2022 DEVE SER GARANTIDA EM 2021 NAS RUAS

WhatsApp Image 2021 09 13 at 12.53.28A Adufrj-SSind deve ter
protagonismo na construção da frente em defesa da
democracia e dos direitos
sociais


A crença de que o atual governo Bolsonaro/Mourão, apesar de extrema direita, segue as regras do jogo republicano, preservando os fundamentos do Estado de Direito Democrático, é um posicionamento perigoso para a democracia no país. A preparação de um “novo tipo de golpe” está em curso; por isso, é temerário e irresponsável aguardarmos uma suave e já dada alternância de governo em 2022. Vale reiterar: nada indica que seguiremos até lá em um ambiente republicano. A construção do 07/09 pelo bolsonarismo é parte do movimento de desestabilização da frágil democracia brasileira. Segmentos das forças militares se constituíram em braços armados desse projeto autocrático, ao qual se somam frações vinculadas às polícias militares, milicianos e adeptos do bolsonarismo armamentista. Por isso, a Chapa 2 ESPERANÇAR não comunga da avaliação de que é possível negociar a cessão de patrimônio e pessoal com o governo Bolsonaro, como tampouco de que em 2022 haverá uma mágica força redentora que nos livrará de todo mal.

A eleição de 2022 terá de
ser garantida em 2021.
Isso significa não apenas a realização do pleito eleitoral, mas a garantia de que nenhum candidato será vetado pela extrema-direita e pelos setores dominantes. Somente alcançaremos esse objetivo com a construção de uma unidade na ação dos trabalhadores, por meio de uma frente democrática e em defesa dos direitos sociais. É a partir desse agir coletivo, como conjunto organizado de trabalhadores, que poderemos compor as frentes amplas em defesa do Estado de Direito Democrático.

A Chapa 2 entende que é um erro diluir a participação das entidades sindicais, dos movimentos sociais e da sociedade civil democrática em geral, convertendo trabalhadores em figurantes. Não é prudente esquecer que os setores dominantes apoiaram, de modo uníssono, o golpe em 2016; do mesmo modo, nada indica que irão abandonar a agenda das contrarreformas – EC 95, EC 109, Administrativa, Previdenciária e Trabalhista –, assim como a venda do patrimônio público – entrega fatiada da Petrobras, Correios, Eletrobrás.
A constituição da frente de esquerda, democrática e cidadã deverá compor o eixo da ação da Adufrj-SSind no próximo biênio. A Frente objetiva o “Esperançar”! Não há universidade pública sem serviço público, sem orçamento, sem sistema de ciência e tecnologia, sem educação básica e saúde públicas, políticas ambientais virtuosas e assim por diante. E muito menos sem liberdade de cátedra e democracia balizada nos princípios do Art. 5 da CF.

Entretanto, a constituição da Frente requer autonomia da Adufrj-SSind frente à reitoria, ao governo (vide negociação Ebserh) e aos partidos. Somente uma Adufrj-SSind que represente o conjunto da categoria preenche os requisitos para tornar a Frente uma realidade pujante!

É, portanto, a partir da defesa da democracia e dos direitos sociais que a Frente ampliada da classe trabalhadora, atuando para que outros setores democráticos estejam inseridos nessas lutas, irá garantir a livre realização do pleito eleitoral de 2022. Somente mobilizados, fortalecendo os fundamentos da democracia e da igualdade social, será possível varrer o neofascismo de nossa história. Reiteramos que somente lutando por outro projeto de nação, capaz de propiciar a todas, todos, todes, o bem-viver, livre de racismo, de políticas de ódio, de irracionalismo, de negacionismos, lograremos fortalecer a universidade pública, a ciência e a cultura, assegurando financiamento justo, carreira digna, assistência estudantil universal e um lugar estratégico para as instituições de fomento à ciência e tecnologia.

Frente ao movimento golpista, é preciso que cada um de nós esteja irmanado nas lutas com os movimentos democráticos e que a Adufrj–SSind tenha real protagonismo na construção dessa Frente em defesa da democracia e dos direitos sociais!

Convidamos todas as professoras e professores a ler o programa e os pronunciamentos da Chapa 2 ESPERANÇAR: UNIVERSIDADE PÚBLICA E SINDICATO AUTÔNOMO, SIM! #EleNão.

É com o melhor esperançar que
contamos com seu voto!

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