facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2021 09 03 at 22.39.49João Torres (chapa 1) e Cláudia Piccinini (chapa 2)O primeiro debate entre as chapas que disputam a diretoria da AdUFRJ aconteceu nesta sexta-feira, dia 3, de modo remoto. Em duas horas, os grupos apresentaram suas visões de universidade, suas prioridades para o próximo período e explicitaram suas divergências sobre a dinâmica das assembleias, a relação com o Andes e a reitoria, a volta às aulas presenciais e a Ebserh. Os professores João Torres, do Instituto de Física, e Nedir do Espirito Santo, do Instituto de Matemática, representaram a chapa 1. Já as professoras Cláudia Piccinini, da Faculdade de Educação, e Fernanda Vieira, do NEPP-DH, representaram a chapa 2.
O evento foi transmitido pela página da AdUFRJ no Facebook e pelo canal da TV AdUFRJ no Youtube. Até o fechamento desta edição, o debate no Youtube já possuía 357 visualizações. O Jornal da AdUFRJ também apresenta, nesta edição, mais duas páginas sobre a eleição com artigos escritos pelas chapas. O próximo debate será dia 10, às 17h. O pleito será virtual, entre os dias 13 e 15.
Por sorteio, a chapa 2 iniciou o debate. A professora Cláudia Piccinini, associada da Faculdade de Educação e candidata a presidente, destacou na primeira fala a conjuntura de intervenções do governo Bolsonaro nas universidades, cortes de recursos para a Educação e Ciência e Tecnologia e os riscos da PEC 32 (reforma administrativa). Também citou os danos causados pela Emenda Constitucional 95 (teto de gastos) e o posicionamento contrário da chapa ao Viva UFRJ (formulado na gestão do professor Roberto Leher) e à Ebserh. Defendeu, ainda, o combate às desigualdades, a luta por uma carreira única, que não diferencie os docentes do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e a paridade salarial entre ativos e aposentados.
Segundo a se apresentar, o professor João Torres, titular do Instituto de Física, candidato a presidente da chapa 1 destacou a mudança de rumos da AdUFRJ desde a gestão da professora Tatiana Roque, do Instituto de Matemática, em 2015. Ele também sublinhou a tarefa de combater o governo Bolsonaro nas ruas e urnas e a urgência de atuar em defesa dos docentes na retomada do ensino presencial na universidade. Outros destaques foram a atual carreira docente que não atrai jovens professores, a autonomia da chapa frente ao Andes e a escuta mais ampla dos docentes da UFRJ. A professora Nedir do Espirito Santo, candidata a 1ª Tesoureira pela chapa 1, complementou a apresentação citando o compromisso do grupo na luta contra o racismo e pela valorização do trabalho docente.WhatsApp Image 2021 09 03 at 22.55.32
Os blocos intermediários foram dedicados a perguntas enviadas pelos professores sindicalizados. Foram inscritas 40 perguntas, das quais 12 foram sorteadas para respostas das chapas. Veja alguns temas. A íntegra está no canal da AdUFRJ no Youtube.

AULAS PRESENCIAIS
Chapa 1
“A AdUFRJ tem que ser um canal de apoio aos professores e de diálogo permanente com as unidades. Além das questões emocionais, problemas psicológicos, há o problema das instalações da UFRJ. Nós temos atuado em espaços com instalações ruins na universidade e que não são adequadas ao tipo de trabalho [pós-pandemia] que teremos. Precisamos pressionar para que haja recursos para este retorno. É preciso uma ação forte do sindicato para garantir os direitos trabalhistas destes profissionais”.
Chapa 2
“O retorno híbrido deve passar pela garantia das condições de trabalho. Tem que ser um retorno responsável, com diálogo ativo com os técnico-administrativos. É preciso discutir os investimentos necessários para este retorno e as condições que a reitoria pode oferecer para essa volta. Na Praia Vermelha há contêineres com salas que não têm praticamente circulação de ar, poucos banheiros em uso, corredores estreitos. Temos as comissões [na UFRJ] que se debruçam sobre o tema e que precisam dialogar com os sindicatos”.


ASSEMBLEIAS
Chapa 1
“O grupo que liderava a AdUFRJ até 2015 usava algumas estratégias muito complicadas. Por exemplo, uma assembleia feita no auditório do CT começou na hora regulamentar e 15 minutos depois foi votado o ponto principal da assembleia. Não houve sequer informes. Outro fato da história sindical da UFRJ é que muitas assembleias começavam às 14h e se estendiam sem hora para acabar. Nós temos que ter uma regra, uma metodologia, para que esse tipo de coisa não aconteça. Em 2015, a chapa liderada pela professora Tatiana Roque propôs uma nova metodologia, com assembleias multicampi, que foi um esforço de ampliar a participação dos professores, e depois voto em urna, também multicampi, com hora marcada. Há uma transparência no processo que não existia antes. Um ponto central do nosso programa é manter essa estrutura para que os professores da UFRJ sejam bem representados”.

Chapa 2
“Precisamos que a estrutura sindical seja autônoma e viva. Quem delibera ou não é a soberania de uma assembleia e essa soberania é construída não só no dia da assembleia, mas no Conselho de Representantes, nas unidades. É fundamental que a gente tenha atuação política nas nossas unidades e que a gente apareça na assembleia para debater. Nós compreendemos que a democracia só se efetiva quando participamos amplamente e discutimos entre nós. A ideia da possibilidade de eu decidir os rumos da nossa estrutura sindical sem precisar comparecer ao debate não reforça o caráter político da nossa instância e, acima de tudo, não reforça nosso papel político de seres sociais que tanto precisamos construir essa estrutura sindical. A decisão política de uma categoria não é o somatório de decisões individuais. Ela é sempre uma unidade coletiva e é isso que a gente defende”.


EBSERH
Chapa 1
“A Ebserh foi uma proposta de um governo democrático. É uma empresa pública, que contrata via CLT. Essa questão da privatização parece um slogan muito raso. É uma empresa pública. Será que estamos falando realmente de privatização? Vamos discutir com profundidade a questão. Nós não temos uma posição fechada nem contra, nem a favor da empresa. Queremos ouvir os professores da UFRJ, em especial as pessoas que estão na linha de frente dos hospitais. O Andes quer impor sua visão à UFRJ e impedir que a base debata o assunto. Se nós ganharmos a eleição, vamos fazer o contrário: vamos abrir o debate, vamos incentivar o debate. Não vai ter aluguel de ônibus para trazer militantes de outros locais para enfrentar nossos professores. Nós todos sabemos o que é o governo Bolsonaro, mas cabe aos dirigentes negociar sempre que for possível. Se nosso corpo social julgar que a proposta é adequada, nós vamos apoiar. Se nossos professores rejeitarem, a AdUFRJ vai rejeitar”.

Chapa 2
“A posição da chapa 2 é de não adesão ao contrato com a Ebserh. Ao contrário dessa gestão da AdUFRJ, nós reiteramos a posição do Andes que é de romper os contratos. Nós não queremos uma solução empresarial para o Complexo Hospitalar porque temos propostas para os hospitais. É preciso que a universidade aprofunde o debate sobre financiamento público. As empresas privadas estão devendo R$ 2,9 bilhões para o SUS. Nós temos depoimentos de enfermeiros, fisioterapeutas, estudantes que explicitam o que têm sido os assédios morais dentro dos hospitais. A gestão central da Ebserh é de um general. Nós vamos apoiar a militarização da saúde, da universidade? A reitoria vai se alinhar à militarização dos HUs? Quem faz esse papel de ‘garoto-propaganda’ da empresa na UFRJ? Todas essas questões só serão aprofundadas no debate. Sabemos dos problemas que os hospitais enfrentam, mas a gente estranha que esse tema ressurja neste contexto extremamente adverso. É preciso ouvir os profissionais que estão sob o domínio dessa empresa privada”.

Conselho de Representantes tem 85 inscritos

Terminou na última quinta-feira, dia 2, o prazo para a inscrição de candidatos ao Conselho de Representantes. Candidataram-se 85 docentes de 27 unidades da UFRJ. A Comissão Eleitoral fará a homologação dos nomes na próxima semana. O mandato de um conselheiro dura dois anos, tal qual o mandato da diretoria do sindicato. A edição do Jornal da AdUFRJ do dia 10 de setembro trará a lista completa dos inscritos para o CR.

Topo