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WhatsApp Image 2021 08 20 at 13.11.25 1Uma reunião do prefeito Eduardo Paes com a Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (AMAB), na semana passada, ainda rende polêmica. O encontro ocorreu alguns dias depois de o governo municipal enviar para a Câmara de Vereadores um projeto de lei para a revitalização do Canecão.
O texto estabelece as condições para a reconstrução do equipamento cultural, restringindo a altura do imóvel a 20 metros, proibindo que haja um estacionamento para o público e delimitando a área de construção do novo prédio – sem incluir os terrenos hoje ocupados pelo Instituto de Psiquiatria (IPUB), pelo Instituto de Neurologia Deolindo Couto e pela Casa da Ciência.
Na avaliação da presidente da AMAB, Regina Chiaradia, a reunião com Eduardo Paes foi muito produtiva. “Ele disse que aceitaria (a revitalização do Canecão), desde que ela não trouxesse prejuízo para nenhuma das outras construções. E disse que é absolutamente contra o Viva UFRJ (projeto da universidade de exploração dos ativos imobiliários, em parceria com o BNDES), e que não ajudaria em nada para o projeto sair do papel”, contou.
Ainda de acordo com a presidente da associação, o prefeito ligou na mesma hora para o secretário de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, para avisar que o projeto municipal deveria ser retirado da pauta, caso permitisse a demolição dos hospitais. A AMAB é a favor da revitalização do Canecão, mas “não a qualquer preço”, como resumiu a sua presidente.
O vice-reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão Rocha, deixou claro que a discussão neste momento está limitada à revitalização do Canecão, e não ao Viva UFRJ. O dirigente afirmou que a defesa dos hospitais está sendo usada pela AMAB de maneira política, e que desde antes da entrega do projeto de lei a UFRJ conversou com a prefeitura e esclareceu que a área dos hospitais não faz parte do plano.
“Não nos incomodamos que o projeto de lei envolva somente a área onde entendemos que deve ficar o novo equipamento cultural. Estamos inclusive conversando com vereadores para delimitar ainda mais essa área, para evitar qualquer especulação a respeito”, disse o vice-reitor. Carlos Frederico ressaltou ainda que o projeto do novo Canecão não interfere na Casa da Ciência. “A única coisa que pode afetar é que, no nosso projeto básico do equipamento cultural, há um espaço reservado para a Casa da Ciência”, explicou.
As assessorias do prefeito e do secretário de Planejamento Urbano foram procuradas pela reportagem, mas não responderam até o fechamento da edição do jornal.

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