facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2021 07 02 at 22.33.31Divulgação/MTST“Está havendo uma piora muito grande das condições de vida das famílias que participam do MLB. A quantidade de famílias que está à beira de ir para a rua aumentou muito”, contou Paula Guedes, coordenadora do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) no Rio. Desde março do ano passado, o MBL tem procurado ajudar famílias em situação de maior vulnerabilidade, através de redes de solidariedade.
As redes recolhem doações em dinheiro ou alimentos, e distribuem para as famílias assistidas. “O número flutua mês a mês, mas nunca atendemos menos de 60 famílias. Varia de acordo com o quanto arrecadamos. Chegamos a atender 200 famílias em um mês”, relatou. As redes do MBL do Rio atuam na capital, em Macaé, Duque de Caxias, Niterói e São Gonçalo. “A divulgação dessas redes de solidariedade é importante. A situação das famílias é grave, e muitas contavam com um auxílio emergencial que não veio em 2021”.

COZINHA SOLIDÁRIA
Outra iniciativa que tenta mitigar os efeitos socioeconômicos da pandemia são as cozinhas solidárias do MTST. Uma delas funciona em São Gonçalo. O projeto já existia nas ocupações do MTST, com algumas experiências pontuais. A cozinha de São Gonçalo funciona desde 2017 e, em março deste ano, ela foi reformulada como uma cozinha solidária. “Começamos a fazer cozinhas solidárias em 2020, oferecendo pelo menos uma refeição por dia, cinco dias na semana”, explicou Danilo Pereira, coordenador do MTST no Rio de Janeiro. “Tentamos fazer deste trabalho de combate à fome uma linha de atuação política do MTST”.
A cozinha serve entre 300 e 350 almoços por domingo, e 120 cafés da manhã por dia, de segunda a sexta. “Quando começa a pandemia, e o auxílio emergencial ainda não existia, a demanda por refeições dobrou”, contou Danilo. O objetivo agora é fazer a cozinha crescer. “O principal desafio é consolidar uma rede de abastecimento segura e estável para as cozinhas”, explicou o coordenador. O próximo passo é a inauguração de uma cozinha solidária na Lapa, construída e mantida em parceria com o Movimento Unido dos Camelôs (MUCA).
A cozinha funciona com doações e trabalho voluntário — a AdUFRJ fez uma doação para a iniciativa em março. Nas duas últimas assembleias da AdUFRJ, os professores aprovaram doações para o movimento e no último encontro foi aprovado por unanimidade que a proposta seja abraçada também pelo Andes. Para o diretor da AdUFRJ, Josué Medeiros, a doação deveria ser acompanhada do trabalho voluntário dos professores na cozinha. “Eles também precisam de mão de obra, e é nossa intenção mobilizar a nossa categoria, quando a pandemia estiver melhor. Acho que muita gente vai se interessar em participar”, contou. Na opinião de Josué, o trabalho voluntário dos professores aprofunda a ajuda à iniciativa. “É um jeito de criar uma dinâmica militante. O sindicato tem um papel de representação, mas pode ter também um papel mobilizador”.

Leia mais: Vacina começa a chegar no braço; comida não chega ao prato

Topo