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Possibilitar o estudo de técnicas para extrair mais óleo do pré-sal. Este é um dos objetivos do Laboratório de Recuperação Avançada de Petróleo (LRAP), inaugurado pela Coppe no dia 29. As modernas instalações possuem equipamentos capazes de reproduzir as mesmas condições de pressão e temperatura dos reservatórios localizados em grandes profundidades. Maquinário similar só existe na Universidade Heriot-Watt, da Escócia, parceira na implantação. “O problema é extremamente complicado. Precisamos entender como o óleo se move nas rochas”, explicou o diretor da Coppe, Edson Watanabe. As rochas que compõem o reservatório da costa brasileira são únicas no mundo, e o fator de recuperação de óleo no país é de 21%. Na Noruega, por exemplo, há casos em que o fator de recuperação chega a 70%.

A iniciativa comprova a máxima da comunidade acadêmica de que os recursos aplicados em ciência não são gastos, mas investimentos. Segundo o professor Paulo Couto, coordenador do laboratório, um aumento de apenas um ponto percentual na taxa de recuperação das rochas brasileiras poderá representar US$ 11 bilhões em royalties, gerando um incremento das reservas brasileiras de 22 bilhões de barris. O projeto é resultado do compromisso de investimentos com pesquisa e desenvolvimento (P&D), que é gerenciado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com 230 m², a estrutura passa a fazer parte do Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica de Fluidos (Nidf) da Coppe.

A parceria entre universidade, operador e fornecedor resultou em um investimento no laboratório de R$ 117 milhões, sendo R$ 107 milhões oriundos da Shell Brasil, e R$ 10 milhões da Petrobras. Apesar de grande parte do investimento vir do setor privado, “o laboratório pertence à UFRJ”, afirmou André Araújo, presidente da Shell Brasil e ex-aluno da instituição.

O projeto começou em 2013 com a BG Brasil, que acabou sendo adquirida pela Shell três anos depois. Mesmo assim, a empresa anglo-holandesa decidiu continuar apoiando a construção do laboratório. Diretor de Tecnologia e Inovação, o professor Fernando Rochinha comemorou o novo laboratório: “Ele integra ciência básica com aplicação. É um laboratório que consegue nos colocar na fronteira do conhecimento e na fronteira da tecnologia”, disse.

A cerimônia de inauguração também contou com a presença do diretor da ANP, Felipe Kury; do Gerente Executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Orlando Ribeiro; e do Pró-reitor de Planejamento, Roberto Gambine

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