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WEB menor 1123 p6Foto: Fernando SouzaO grupo mais vulnerável da UFRJ nesta pandemia é o de trabalhadores terceirizados. Eles respondem por todo o serviço de limpeza, manutenção dos campi e segurança patrimonial na universidade e garantem, ao fim, as atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência. Parte desses profissionais está com salários atrasados ou foi demitida por conta da quarentena. Por isso, não conseguem garantir o básico para suas famílias: alimento. Sensibilizada com a situação, a diretoria da AdUFRJ resolveu doar 80 cestas básicas. As 30 primeiras foram distribuídas na semana passada. Outras 50 foram entregues na terça-feira (7).
A Associação de Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj) é a responsável pela distribuição. Além dos funcionários de limpeza que estão com vencimentos e benefícios atrasados, a Attufrj incluiu no grupo profissionais que atuavam nos bandejões da universidade e que foram demitidos após a proibição do funcionamento de restaurantes em todo o Rio de Janeiro.
“Sem dúvidas é um alívio. Nossas contas estão atrasadas, mas, pelo menos, a gente vai ter comida na mesa”, diz uma funcionária da limpeza que prefere não ter o nome revelado por medo de retaliações.
Os profissionais reconhecem o esforço da administração central em solucionar o problema dos pagamentos, mas acreditam que as ações ainda são insuficientes dada a urgência da situação.“É muito injusto você trabalhar e não receber o fruto do seu suor. O trabalho é pesado e não somos respeitados”, desabafa.
Depois de recorrentes atrasos nos pagamentos aos trabalhadores e de fornecer equipamentos de proteção individual e materiais de limpeza de baixa qualidade, a ProServiços – empresa de limpeza que atuava no CCMN e no Ladetec – teve seu contrato rescindido pela UFRJ. O processo de contratação da nova empresa está em curso, mas ainda não foi concluído.
Diante do desfecho, a preocupação sobre como será daqui para frente é inevitável. A maior parte desses profissionais não tem casa própria. O despejo é um fantasma constante. “A imensa maioria mora de aluguel. Com a troca da empresa, não sabemos qual vai assumir, mas as escalas de limpeza continuam funcionando. Muitos estão vindo pagando a passagem do próprio bolso, pedindo emprestado até para vizinhos, na esperança de serem aproveitados”, disse outro profissional em anonimato.
Além das cestas, uma vaquinha acontece para destinar os recursos também à compra de mantimentos para os terceirizados. O funcionário Robson de Carvalho é diretor da Attufrj e disponibilizou sua conta para a arrecadação dos fundos. Até o momento, foram doados R$ 2 mil. Quem quiser ajudar, pode fazer uma transferência ou depósito para: Banco do Brasil, AG 1517-2, conta poupança 22784-6, variação 51.

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