facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

"A UFRJ DEVE FAZER BEM E RÁPIDO ESSES CONCURSOS"

WEBPROFESSORAProfessora Mônica Moreira - Foto: Fernando SouzaEm entrevista ao Jornal da Adufrj, a professora Mônica Moreira fez uma avaliação do processo de distribuição das vagas docentes até o momento. Para ela, a novidade de solicitar às unidades quantos professores seriam necessários para uma expansão elevou bastante a demanda. Mônica cobra pressa da universidade para a realização dos próximos concursos, diante da atual conjuntura política.

Jornal da Adufrj - Qual é o balanço da Cotav 2019?
Mônica Moreira - A Cotav foi feita de emergência. A reitora enviou os questionários para as unidades, recolheu em um tempo bem rápido e instalou a Comissão. Ela tinha receio de que as vagas fossem recolhidas (pelo governo). O que ficou acordado no CEG e no CEPG foi usar os mesmos critérios da Cotav de 2017 para acelerar o processo. Mas cobrimos boa parte da demanda.

Por que tanta discrepância entre os pedidos e vagas oferecidas?
Essa foi a primeira Cotav em que pedimos às unidades para onde querem expandir seu campo de conhecimento tanto em termos de graduação, quanto pós e extensão. Isso elevou um pouco o número. Também tem aquela coisa de pedir 20 vagas para receber dez. E o número fica superestimado. Há também o problema do déficit histórico por vagas. Ele é sempre muito difícil de recuperar, porque a cada Cotav é como se morressem todas as vagas anteriores. E começa do zero. As unidades têm muito bem registrado se perdeu ou ganhou professor na Cotav, ainda mais nessa que foi realizada muito em cima da anterior, em 2017.

Por que Coppe e Medicina receberam tão menos vagas?
Algumas unidades, apesar de trabalharem muito, acabaram prejudicadas pela fórmula. A fórmula prevê um número de turma ideal, com 28 alunos. E o que acontece é que unidades como a Medicina ou o Instituto de Química tem uma realidade de relação muito menor, com 6 ou 12 estudantes. Então, quando faz a divisão por esse padrão, a equação fica um pouco desequilibrada.

Por que a distribuição ficou dividida em duas etapas?
Inicialmente, a reitora só disponibilizou 100 vagas. Mas quando verificamos a situação das aposentadorias na UFRJ – 337 vacâncias – passamos de 100 vagas para 120. A universidade registrou mais ou menos 12 aposentadorias, por mês, nos últimos dois anos. Então essas 106 vagas virão de novas aposentadorias. As 120 vagas estão garantidas e as outras 106 virão a partir de novas aposentadorias.

Qual a expectativa de calendário?
A ideia é publicar esse edital em março. E disparar os concursos em seguida. A minha avaliação é que a universidade deveria correr e se empenhar muito para fazer bem e rápido esses concursos para suprir o quadro antes que mais alguma coisa aconteça nesse país.

Topo