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WEBHADDADLideranças de esquerda nos pilotis da reitoria“Nós, deliberadamente, queríamos que a universidade fosse o local de maior expressão representativa da nossa diversidade social”, disse o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT nas últimas eleições. Ele participou, no dia 4, de um encontro com parlamentares de três partidos políticos de esquerda (PT, PCdoB e PSOL), nos pilotis do prédio da reitoria da UFRJ. A atividade, organizada pelo movimento estudantil, significou um esforço de lideranças nacionais na construção de uma frente democrática ampla e antifascista em defesa da universidade pública.

Haddad afirmou que a universidade pública só incomoda o atual governo federal porque nela estão camadas populares da sociedade. “Eles não gostam do povo brasileiro”, afirmou. “A política de cotas só foi possível porque um homem teve a coragem de implantá-la”, disse, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-ministro criticou o atual mandatário do MEC. Classificou as encenações de Abraham Weintraub nas redes sociais como um “fascismo meio circense”. “São um deboche, um desrespeito com a universidade pública. Nós somos mais de um milhão de pessoas nas universidades federais e é só deboche o que ele tem a oferecer”. Após o ato, Haddad concedeu entrevista para a AdUFRJ e o Sintufrj. O conteúdo pode ser conferido na próxima edição do Jornal da AdUFRJ.

COTAS REVOLUCIONÁRIAS
A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) defendeu as cotas sociais e raciais adotadas no governo Lula, durante o encontro da esquerda. “Não houve uma ação mais revolucionária neste país do que a política de cotas, que abriu as universidades para nossa juventude pobre e negra. Aqui, hoje, estão os filhos das empregadas domésticas”, disse.
Para a deputada, o desmonte da educação, em particular do ensino superior, no atual governo, tem o objetivo de tirar dos mais pobres o direito de cursar uma universidade. “É este sonho coletivo que Bolsonaro quer destruir. Neste momento de desmonte, é fundamental estarmos nas ruas”, afirmou.

A defesa da democracia foi destacada pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB). “A bandeira do Lula Livre não é apenas do PT. Ela é uma bandeira da democracia brasileira”, afirmou a parlamentar. Jandira pediu que o campo progressista não aja com intolerância contra a população que votou no atual governo. “É hora de chamarmos todos. Dizer ‘eu avisei’ não faz o outro nos ouvir. Só os afasta. Temos que estar juntos”, afirmou.

O esforço de ação conjunta no Congresso Nacional foi um dos pontos registrados pela deputada. “Eu sou líder da minoria na Câmara. Juntos, estamos tentando diminuir os prejuízos na Reforma da Previdência. O Freixo está tentando desidratar o pacote do (ministro da Justiça Sérgio) Moro”, explicou.

Para Marcelo Freixo (PSOL), a crise das universidades públicas não resulta de crise fiscal. Ela é um projeto de destruição das liberdades no Brasil. “Os fascistas têm certeza absoluta de que a universidade é o local do pensamento crítico. Eles querem radicalizar as desigualdades deste país. É um projeto de sociedade. Para isto, é necessário desmontar o Estado, destruir a universidade”.

“Temos uma responsabilidade neste momento histórico”, continuou. “Precisamos de uma frente ampla para combater o fascismo. O medo é um instrumento político de controle. Não podemos deixar que ele nos paralise. Precisamos de coragem, que é um ato coletivo”, finalizou o parlamentar.

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