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Por Renan Fernandes

Eles chegaram com alegria, compromisso público e esperança de contribuir para a formação de seus futuros alunos: 37 novos professores das mais variadas áreas, todos aprovados em concursos, vão reforçar o quadro docente da universidade. Eles já começam a dar a aulas a partir do dia 17, no início do primeiro semestre de 2025. Os servidores assinaram o termo de posse na segunda-feira (10), e passaram a semana em um curso de formação.

A AdUFRJ esteve presente nas atividades de integração na Escola do Trabalho, no IFCS e no CT para estreitar os laços com os novos professores. Eles foram presenteados com um kit de boas-vindas — com um planner especialmente elaborado em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres —, e puderam tirar dúvidas sobre o sindicato.

Rejane Hoeveler, nova docente da Escola de Serviço Social, aproveitou a ocasião para preencher a ficha de filiação à AdUFRJ. “Confio no trabalho do sindicato para defender nossos interesses como professores, mas, além disso, defender a concepção pedagógica de uma universidade que sirva aos interesses da sociedade”, observou.

A professora Mayra Goulart, presidenta da AdUFRJ, saudou os novos docentes e comentou sobre a importância da organização sindical. “Nesse contexto em que as universidades estão sofrendo um processo de desmoralização, nunca foi tão importante a estrutura do sindicato”, disse. A docente completou com um convite de filiação para os novos servidores. “Temos um sindicato forte e preocupado em conciliar a luta com o acolhimento. Os novos professores estão no centro da preocupação da nossa diretoria. Entendemos que eles ingressam com salários mais baixos e têm menos acesso ao financiamento de pesquisas”, acenou Mayra.

O curso promovido pela pró-reitoria de Pessoal (PR-4) durou três dias e tratou da história da UFRJ, ética, integridade pública e carreira docente. “A ideia é apresentar a universidade”, explicou Joana de Angelis, diretora da Divisão de Capacitação e Formação Continuada da PR-4. “Qual a responsabilidade do servidor com a função pública? Qual o compromisso dele nesse momento de resgate da democracia e do Estado de Direito?”, completou.

O Jornal da AdUFRJ ouviu os novos professores sobre suas trajetórias e expectativas sobre o início de jornada como docentes na maior universidade federal do Brasil. A seguir, alguns depoimentos.

 

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"É uma experiência muito desafiadora. Sou de Petrópolis e, para nós do interior, a UFRJ sempre foi uma referência. Mas fiz minha graduação na PUC, sou de uma das primeiras gerações das cotas, ex-aluna do ProUni. Ainda estou muito surpresa com tudo isso. Ao longo dessa semana de integração e desse curso da PR-4, a ficha está caindo. Estou com muitas expectativas, acho que vai ser um lugar muito bom de trabalhar. Quero conhecer os alunos, pessoas como eu, alunos pretos periféricos. Acho que essa interação será muito boa e espero somar muito para a universidade." (Juliana Pereira - Instituto de História)

 

 

WhatsApp Image 2025 03 14 at 15.41.21 "É uma grande realização. Sou do Rio Grande do Sul, vivi muito tempo em Brasília e fiz meus mestrado e doutorado na UFRJ. Fui professor substituto aqui durante dois semestres e me apaixonei pela carreira. Por isso, agora assumo como efetivo com a maior felicidade. Vou trabalhar no curso de graduação em Design de Interiores e a expectativa é grande em contribuir com a formação de jovens profissionais da área. Já fiz minha filiação à AdUFRJ porque o sindicato ajuda a fortalecer nossa categoria na luta por direitos e garantias. Penso que é uma alternativa de proteção ao trabalhador e de acesso a informações importantes relativas ao trabalho." (Cláudio Brandão - Escola de Belas Artes)

 

WhatsApp Image 2025 03 14 at 15.41.20"Espero, sobretudo, contribuir com a sociedade brasileira. É um grande privilégio estar nessa posição porque temos a chance de ajudar na consolidação da democracia, do sistema educacional brasileiro e tantas outras bandeiras que foram conquistadas com muita luta e estão consagradas na Constituição Federal de 1988. A sensação é de estar no início de uma jornada. Como professor, terei que almejar o melhor para os alunos, fazer o melhor trabalho possível para atender à sociedade brasileira porque sou um servidor público. Tive a oportunidade de fazer duas graduações, mestrado e doutorado na UFRJ. Agora, tenho a oportunidade de devolver para a sociedade o que foi investido na minha formação." (Alexandre Leitão - Instituto de História)

 

 

 

WhatsApp Image 2025 03 14 at 15.41.21 1"Ser professor universitário foi um projeto que tracei ainda na graduação. Quando entrei na iniciação científica e fui conhecendo o universo acadêmico, percebi que era isso que queria. Sou cria da casa, minha relação com a UFRJ é antiga. Fui aluno de graduação, mestrado, doutorado e professor substituto por duas vezes. Reflito muito sobre a questão do ensino e espero conseguir equilibrar melhor um conteúdo acadêmico denso que os alunos precisam sem desconexão com a realidade escolar. Quero fazer essa ponte É uma autoavaliação que faço do meu trabalho como substituto. Agora, espero conseguir estabelecer projetos de extensão que vão me ajudar a atingir esse objetivo." (João Carlos Tavares - Faculdade de Letras)

 

WhatsApp Image 2025 03 14 at 15.41.21 3"Estou voltando para a casa em que me formei. Sou graduada em História aqui na UFRJ, mas sempre tive relação com o Serviço Social. Estou chegando de Maceió, estava fazendo um pós-doutorado na UFAL, e é um orgulho muito grande regressar. Agora, como professora, quero retribuir o trabalho sério e profissional que essa universidade me proporcionou. Entendo que a universidade pública precisa ser defendida e sempre fiz parte dos movimentos sociais de defesa da educação gratuita, socialmente referenciada, laica. E a UFRJ, como a maior do Brasil, historicamente é uma referência nesse aspecto, desde os tempos sombrios da ditadura militar. A luta continua até hoje e espero somar nessa batalha coletiva contra o processo de precarização do ensino." (Rejane Hoeveler - Escola de Serviço Social)

 

efaff835 b623 49e9 8a51 290cc83253ab"Começo agora minha relação com a UFRJ. Fiz toda minha formação na Unicamp, da graduação ao doutorado, e fui professor da Federal Rural do Rio de Janeiro por três anos. Agora, chego aqui para realizar um objetivo, é um sonho profissional estar numa universidade com a dimensão da UFRJ. Estou com muita vontade de trabalhar e me entregar às atividades de docência, pesquisa e extensão. Já me filiei ao sindicato porque isso é fundamental para dar uma dimensão coletiva às demandas da classe que sofre com direitos restringidos pelas políticas dos últimos governos." (Leandro Pereira - Instituto de Economia)

 

 

 

 

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