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WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.16.45 2Mais de 160 experimentos e exposições coloriram a Quinta da Boa Vista com muita ciência no último domingo (16). Professores, pesquisadores e estudantes de várias universidades e institutos de pesquisa tomaram conta da alameda aos pés do Museu Nacional para divertir e ensinar um público que, estimam os organizadores, chegou a 15 mil visitantes. O evento fez parte das comemorações pelo Dia Nacional da Ciência.
A AdUFRJ, claro, não podia faltar. “Estamos aqui para mostrar que o professor atua em relação à ciência de três formas: fazendo a pesquisa; formando novos cientistas e divulgando a produção acadêmica. Por isso, estamos dando apoio ao evento”, disse a presidente da AdUFRJ, professora Nedir do Espirito Santo.
O sindicato levou quatro atividades da universidade (veja abaixo), instalou banners com matérias sobre pesquisas publicadas no Jornal da AdUFRJ e distribuiu para a criançada balões com mensagens de apoio à ciência. “A gente está vindo de uma fase em que a ciência estava desvalorizada. Agora estamos vendo um renascimento. Mas ainda temos muito a fazer”, completou Nedir.
Pelos olhos fascinados de jovens e adultos percorrendo cada estande, um passo importante foi dado na direção de valorizar a ciência junto à população. Só a maior federal do país levou aproximadamente 50 iniciativas para o parque. “É uma alegria ver crianças, jovens e adultos presentes nesse movimento tão bonito em prol da ciência, que ficou esquecida nesses últimos anos”, observou a vice-reitora da UFRJ, professora Cássia Turci.
No evento organizado pela SBPC, Fiocruz e a Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia na América Latina e no Caribe, a volta de um governo federal que apoia a ciência era um ponto comum entre as falas. “Semana passada, no Palácio do Planalto, na instalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, o mote foi ‘a ciência voltou’. Aqui, nós temos o Museu Nacional voltando”, disse o presidente da SBPC, professor Renato Janine Ribeiro.
“O Museu Nacional quer todo mundo com a gente para fazer esse trabalho fundamental de dialogar com a sociedade. Eventos como estamos fazendo aqui trabalham neste sentido”, reforçou o diretor do Museu, professor Alexander Kellner.
Professora da UFRJ e secretária municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque lembrou que o Rio é uma cidade com uma enorme concentração de instituições de ensino e de pesquisa. “Aqui vemos uma expressão de como essa comunidade está desejosa de ir para rua, de combater o negacionismo. A secretaria está à disposição de vocês para transformar o Rio de Janeiro na capital da ciência”, afirmou.
Pelos bilhetinhos deixados por crianças em um painel montado pela Fiocruz, não vai faltar disposição para fazer essa transformação. Os pequeninos eram estimulados a escrever o que fariam quando se tornassem cientistas: “Eu não vou mais ter medo de vermes e aprender muitas ciências”, anotou Manu. “Eu vou descobrir milhares de curas para manter a saúde do mundo”, registrou Maria Eduarda.
Boa sorte, meninas! A ciência agradece.
(Colaborou Igor Vieira)

Confira abaixo uma amostra do que rolou na Quinta da Boa Vista.

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.16.46Divirta-se! É Matemática
Presidente da AdUFRJ e professora do Instituto de Matemática, Nedir do Espirito Santo levou para o parque algumas atividades que o curso de licenciatura utiliza nas escolas e em eventos. O estande ganhou o nome de “Divirta-se! É matemática”. “Através dos jogos, trabalhamos conceitos matemáticos”, afirmou. Um deles, bastante disputado pela criançada, foi o jogo de damas gigante, que ajuda os participantes a desenvolver a ideia de referencial no plano. Já a torre de hanói trabalha com a recorrência. “O objetivo é mudar peças de local com o menor número de movimentos possível e isso ganha uma expressão matemática”, disse Nedir.

 

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.48 2Tem Menina no Circuito
O projeto introduz meninas de regiões periféricas nas ciências, além de acompanhá-las pedagogicamente até a universidade. “Ensinamos a construir um circuito que acende uma lâmpada, e a criança pode levar para casa; isso mostra a ciência do dia a dia, que não é um bicho de sete cabeças”, disse a professora Elis Sinnecker, do Instituto de Física, uma das coordenadoras do projeto. “Para as meninas, não há muito incentivo. Eu enfrentei dificuldades ao entrar na universidade, e graças ao projeto, posso facilitar para outras meninas o caminho até a universidade”, afirmou Brenda Nóbrega, uma das monitoras da iniciativa.

 

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.47ITEC
Grupo de pesquisa e extensão ligado à Faculdade de Educação, o Imagem, Texto e Educação Contemporânea (ITEC) atendeu ao convite da AdUFRJ e levou três oficinas para a Quinta da Boa Vista. Em uma delas, a Legendagem, os participantes eram estimulados a escrever o que percebiam de fotos retiradas de jornais, sem os textos originais que as acompanhavam.”Fazemos uma alfabetização midiática. Temos acesso onipresente à imagem, em diferentes canais e não há uma consciência dos processos que estão implicados. A ideia é tentar entender o que está por trás de cada formato de divulgação”, explicou a professora Angela Santi.

 

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.47 2Girotec
Também houve fila para andar no Girotec,
ou giroscópio humano, que faz o corpo
girar em todas as direções.

 

 

 

Instituto Vital Brazil
Cobras, aranhas e escorpiões eram as “estrelas” do estande do Instituto Vital Brazil, laboratório do governo do Rio que produz soros e medicamentos — desde 2001, o instituto é o único do país a produzir soro contra picadas da aranha viúva negra.

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.48 3Labiom e Scientificarte
O Laboratório de Biologia Integrativa de Organismos Marinhos pesquisa diversos tipos de animais marinhos. “Precisamos dar um retorno ao público do que fazemos na UFRJ. Divulgar ciência é imprescindível nos tempos atuais de negacionismo”, disse a professora Christine Ruta, do Instituto de Biologia, que também é coordenadora do Labiom. Junto com a extensão Scientificarte, o Labiom levou jogos e brincadeiras educativas para a Quinta, além de alguns animais para o público ver e tocar, como arraia e estrela-do-mar. Para o doutorando Victor Hugo Marques, a exposição ajuda a superar o “medo do desconhecido”. “Quanto mais sabemos da vida marinha, mais respeitamos e preservamos”.

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.48 1Gerador Eletrostático
Monitora do projeto Trilha da Ciência, Gabriela Laís conduziu um dos experimentos mais curiosos do domingo. A estudante do Instituto Federal de Volta Redonda mostrou os efeitos do gerador de Van de Graaff no cabelo das pessoas. Ele se arrepiava quando a esfera era tocada, com a carga eletrostática transferida para o corpo.

 

 WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.47 1Vacinação
No meio da feira, a secretaria municipal de Saúde montou um posto de vacinação que distribuiu 703 doses ao longo das sete horas de evento: Influenza (368), Bivalente (265) e Hepatite B (70).

  

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.47 4O museu itinerante Ciência Móvel,
da Fiocruz, foi um dos pontos altos da feira. Desde sua fundação em 2006, a exposição já viajou 104 mil quilômetros e visitou 127 municípios. Entre as atrações, as pessoas podiam sentar em uma réplica da tartaruga gigante do arquipélago de Galápagos.

 

 WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.18.48“Praça dos
telescópios”

O Planetário do Rio levou uma das atrações mais procurados pelos frequentadores do parque. Através de um telescópio com filtro, era possível observar o sol. Já outro equipamento estava voltado para a estátua do Cristo, no morro do Corcovado. “O interessante aqui é que fazemos a pessoa sair da teoria, de simplesmente ver uma figura num livro, e levamos o conhecimento para outro nível. É transcendente”, disse o astrônomo Leandro Guedes.

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