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WhatsApp Image 2023 06 29 at 21.20.10Foto: Alessandro CostaAmpliar a participação e poder de escolha dos professores da UFRJ, facilitar a integração com os docentes aposentados, democratizar o sindicato. Imbuídos desse espírito, os professores reunidos em Assembleia Geral na quarta-feira, 28, decidiram modernizar o Regimento Eleitoral da AdUFRJ. A partir deste ano, a escolha da diretoria e do Conselho de Representantes será decidida por voto remoto, via sistema Hélios. A decisão aconteceu por ampla maioria: foram 74 votos favoráveis e 24 contrários à mudança do sistema eleitoral.
Desde 2015, quando duas chapas passaram a disputar a direção da AdUFRJ, o número de eleitores se mantém estável. No entanto, em 2021, quando houve a primeira eleição remota da seção sindical, ainda em situação excepcional, por conta da pandemia, houve substantivo crescimento de votantes. Eles passaram de 1.239, em 2019, para 1.643, em 2021.
Presidente da AdUFRJ, o professor João Torres argumentou que o crescimento de votantes alcançou os dois grupos que disputaram a eleição. “Houve grande crescimento de votos, mas, proporcionalmente, esse crescimento foi estável entre situação e oposição. A razão se manteve a mesma, de 1,5”, disse. “Portanto, houve a ampliação de votantes dos dois campos, algo que consideramos muito benéfico para o nosso movimento docente”, afirmou.
A ampliação da participação, para a diretoria da AdUFRJ, expressa o fortalecimento da democracia no movimento docente da UFRJ. “A eleição on line é mais democrática. Nossa base tem uma fração considerável de professores aposentados. São pessoas valiosas para nossa universidade, mas que não têm o hábito de estar nos campi”, explicou o professor. “O voto remoto facilita esse acesso”.
Outros pressupostos também contribuíram para que a diretoria tomasse a iniciativa de propor a mudança do método de eleições. “A logística penosa de transportar urnas que muitas vezes vão conter apenas três votos, mobilizar dezenas de docentes que se revezarão em mesas de eleição, tudo isso é muito custoso”, analisou.
Coube ao professor Ricardo Medronho, também diretor da AdUFRJ, apresentar as mudanças sugeridas pela diretoria e discutidas no Conselho de Representantes do dia 26 de junho. “Nossa ideia foi mexer o mínimo possível no regimento anterior. As mudanças tratam apenas do processo de votação”, garantiu.
Ele defendeu que o voto remoto pelo sistema Hélios não trará dificuldades adicionais aos professores. “Todas as eleições recentes na UFRJ, com a exceção da eleição para reitor, aconteceram pelo sistema Hélios. As pessoas estão familiarizadas”.
A mudança ganhou apoio e foi celebrada por muitos docentes. “Acho que o que todos querem é uma maior participação dos professores no sindicato. E isso está comprovado pelos números apresentados pelo professor João”, pontuou a professora Leda Castilho, titular da Coppe. “O sistema Hélios é conhecido de todos nós da UFRJ. A gente tem uma logística de guerra nas eleições da AdUFRJ, que paga pelo transporte dessas urnas”.
A professora Lígia Bahia, do IESC, também defendeu a adoção de eleições remotas. “Esse momento importante trata da luta pela ampliação da participação dos professores da UFRJ no nosso sindicato”, disse. “Somos um sindicato de aglutinação. Somos de todos os professores e queremos que todos os professores se aproximem da AdUFRJ. Estou muito feliz com esse momento”.
Apesar das manifestações favoráveis, alguns docentes foram contra a substituição das urnas físicas. “Parece correta a preocupação com os aposentados, mas poderia haver uma forma híbrida de eleição”, criticou o professor Luis Acosta, do Serviço Social. “O voto remoto é um mecanismo que transforma a luta política num ato individual. Deixa de ser um ato público, coletivo. Reduzir a capacidade de agir de forma comunitária me parece um passo atrás”, reclamou.
Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, assinalou seu orgulho em construir o movimento docente na UFRJ. “Estou muito feliz em participar deste debate intenso, caloroso, vivo. Tenho muito orgulho de participar de um movimento docente comprometido com a universidade pública, inclusiva”, afirmou. “A eleição remota não é para estreitar, é para ampliar”.

LICENÇA-PRÊMIO
WhatsApp Image 2023 06 29 at 21.18.48A Lindenmeyer Advocacia, nova assessoria jurídica da AdUFRJ, apresentou uma novidade no início da assembleia. O escritório fez um levantamento e descobriu um número razoável de professores que se aposentaram há cinco anos ou menos e que nunca gozaram de licença-prêmio até 1996.
Há casos em que o docente pode receber indenização baseada nos salários da época corrigidos pela inflação. O professor Ricardo Medronho, emérito da Escola de Química, deu seu relato. “Estou aposentado há cinco anos e sete meses. Portanto, por alguns meses, eu perdi esse direito, já que nunca tirei licença-prêmio. Fiz as contas e teria direito a receber um valor de cerca de R$ 300 mil”, revelou.
Até 1996, os professores universitários tinham direito a três meses de licença-prêmio a cada três anos. Muitos professores, no entanto, nunca requereram o benefício. Se este é o seu caso, agende um atendimento. Entre em contato com: (21) 99808-0672 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

MUDANÇAS NA DIRETORIA
WhatsApp Image 2023 06 29 at 21.16.03A professora Nedir do Espirito Santo assumirá a presidência da AdUFRJ até o final do mandato da atual diretoria. O professor João Torres irá se descompatibilizar do sindicato para assumir a pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. A mudança será submetida à assembleia de professores na próxima segunda-feira, dia 3 de julho, às 14h.

 

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