facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2023 06 07 at 18.04.27 5Fotos: Fernando SouzaPor Francisco Procópio

‘Vim para este passeio para conhecer um pouco mais da história do lugar em que moro”, contou Irina Nasteva, professora de Física de Partículas da UFRJ, que participou da segunda edição do Passeio Histórico e Cultural pela Pequena África, atividade promovida pela AdUFRJ, na manhã de sábado, 3 de junho. Foram mais de três horas de visita guiada no Centro do Rio.
O guia foi o professor Gabriel Siqueira que, de berimbau na mão e muito zelo por nossas raízes africanas, contou detalhes de uma das páginas mais tristes da história brasileira, o tráfico de negros.
O passeio começou na orla da Baía de Guanabara e terminou no Cais do Valongo — ali passaram mais de mais de um milhão de pessoas, negociadas como objetos entre os anos de 1811 a 1831. O lugar foi o maior porto receptor de africanos escravizados do mundo naquele período e hoje é uma espécie de museu a céu aberto em que o público revive a dor dessa enorme ferida brasileira. “A cidade era um grande cativeiro”, resumiu o guia Gabriel Siqueira.
A aula de Gabriel encantou os 24 docentes da UFRJ que participaram do passeio. “Gostei muito. Ele parte da ótica de afrodescendente”, elogiou a professora de Direito Administrativo, Carmen Lúcia Macedo. “Eu já conhecia um pouco da região, mas a curadoria de assuntos que o Gabriel fez é ótima”, emendou o professor de Biologia, Rodrigo Martins . “Eu achei fantástico, estou supersatisfeita”, comemorou Milena Bodmer, professora aposentada da Coppe.
O passeio foi idealizado por Ana Lúcia Fernandes, diretora da AdUFRJ e professora da Faculdade de Educação. “Eu já tinha feito esse passeio com oWhatsApp Image 2023 06 07 at 18.04.27 6Ana Lúcia e Gabriel Siqueira Gabriel e o indiquei porque conta a história de outro ponto de vista, com base em um reconhecimento histórico da cultura africana”, explica. “Iniciativas assim retratam nosso jeito de fazer sindicalismo e que busca novas formas de atividade política”.
A diretoria da AdUFRJ planeja outras atividades histórico-culturais e, em breve, divulgará as datas e a forma de inscrição.

Topo