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WhatsApp Image 2023 06 07 at 18.04.27 2Processo eleitoral do Andes, projeto de lei que acaba com a lista tríplice para reitores e Campanha Salarial 2024. Esses foram os principais temas do encontro do setor das instituições federais de ensino do sindicato nacional, ocorrido nos dias 3 e 4 de junho, em Brasília. A professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, representou a seção sindical.
No primeiro dia de debates, a dirigente parabenizou a participação dos professores nas eleições do Andes e enalteceu o engajamento dos docentes da UFRJ. “A participação dos professores é um importante sinal em termos de avaliação do processo de condução do movimento sindical”, disse a professora.
Mayra destacou, no entanto, que, enquanto na UFRJ houve participação recorde, o movimento nacional não acompanhou a tendência de crescimento nas urnas. “Tenho orgulho de fazer parte de um movimento docente que encontra eco na categoria, que se entende como um movimento responsável por representar todos os professores, sem sectarismo”, analisou Mayra.
A conjuntura nacional também fez parte da análise de Mayra Goulart. “No tocante ao setor público, o diálogo leva em conta o fato de que estamos diante de um governo que apoiamos desde os primeiros momentos de sua candidatura e com o qual temos orgulho de dialogar”, defendeu. “Isso não significa que nós apoiaremos todas as decisões do governo. Pretendemos manter a crítica e o tensionamento sempre que necessário”, afirmou a professora, que sugeriu realizar um amplo debate sobre o Marco Temporal.
Quem também criticou o processo eleitoral do Andes foi a professora Andrea Stinghen, presidente da APUFPR, a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná. “A eleição nacional não conseguiu mobilizar a base por ter sido totalmente presencial. Mais de 50% dos associados são idosos, a locomoção é complicada”, justificou.
Na UFPR, assim como na UFRJ, houve votação recorde para a escolha da última diretoria, com eleição remota. “Eles defendem eleição presencial como mais democrática. Isso é uma falácia”, afirmou à reportagem da AdUFRJ. “Há um paradoxo nesse argumento: como há mais democracia, se há menos participação? Se atinge menos pessoas?”, questionou a professora. “Não queremos representar a todos os docentes? Eu quero ser representante de todos os professores da minha base”.
A escolha de reitores fez parte das discussões do segundo dia. A proposta do Andes estende a discussão também para instituições de educação básica que têm reitorias, como é o caso, por exemplo, do Colégio Pedro II e de muitos institutos federais.
A professora Mayra Goulart apresentou a proposta do Observatório do Conhecimento. “Já conquistamos consenso entre Andifes (associação de reitores), SESu e MEC. Nossa proposta encerra a lista tríplice, sem indicar o processo de escolha por cada universidade”, explicou Mayra, coordenadora da rede. “A ideia é não incorrer nos erros anteriores e perder mais uma janela de oportunidade de fechar a porta das intervenções por parte de eventuais presidentes de extrema-direita que possam chegar ao poder”, afirmou a professora. Neste mês de junho, o Observatório prepara, em parceria com parlamentares ligados à Educação, uma audiência pública para discutir o projeto.
Em relação à Campanha Salarial 2024, os professores discutiram critérios para a mesa de negociação permanente e a criação de uma mesa setorial, para tratar especificamente de questões relativas à carreira do magistério superior.
Também houve acordo para que as seções sindicais façam pressão junto aos parlamentares de seus estados em apoio a um novo reajuste para o ano que vem, já que os 9% conquistados em 2023 são insuficientes para dar conta da inflação dos últimos anos.

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