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WhatsApp Image 2023 04 20 at 20.27.27Roberto Medronho e Vantuil Pereira - Fotos: Zô GuimarãesFoi uma semana agitada na universidade. As duas chapas que concorrem à reitoria da UFRJ participaram dos últimos debates oficiais organizados pela comissão eleitoral.
No dia 17, a comunidade acadêmica se reuniu no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, “casa” da professora Cássia Turci, candidata a vice-reitora pela Chapa 10 “UFRJ para Todos”.
No dia seguinte (18), o campus Geraldo Cidade, em Duque de Caxias, ouviu atentamente as propostas das chapas para a universidade. O último debate aconteceu no Centro de Ciências da Saúde, “casa” do professor Roberto Medronho, candidato a reitor pela Chapa 10, e da professora Katya Gualter, candidata a vice-reitora pela Chapa 20 “Redesenhando a UFRJ”.
Em cada debate, foram sorteados quatro temas para as chapas apresentarem suas propostas. Assistência estudantil foi um dos assuntos que atravessou boa parte dos debates.
Podem votar professores, técnicos-administrativos e estudantes de graduação e pós-graduação presencial e a distância. Professores eméritos também votam nas eleições para a reitoria da universidade. O sistema Helios, de eleição virtual, será utilizado no pleito pela primeira vez. As eleições estão marcadas para os dias 25, 26 e 27 de abril. A apuração dos votos é no dia 28.
Veja a seguir, a posição que cada candidato apresentou nos debates sobre os propostos pela Comissão Eleitoral.

ORÇAMENTO

Vamos buscar orçamento público em todas as esferas, não apenas do MEC, mas no nível federal, estadual e municipais. Entretanto, não apenas. Precisamos estar junto com o governo na reconstrução nacional, ter parcerias público-privadas que alavanquem a UFRJ e o desenvolvimento social do país, a exemplo do Museu Nacional. Precisamos terminar as obras paradas. Compraram por alguns milhões de reais contêineres para o alojamento e depois foi feito um teste e eles pegavam fogo. Isso é incompetência. Retomaremos essas obras e já temos planos.
Roberto Medronho - 19/4, debate CCS

A gente tem três eixos centrais no nosso orçamento: União, emendas parlamentares e receita própria. É preciso buscar a reposição do orçamento. Foi anunciada pelo governo a reposição aos patamares de 2019. Isso vai permitir pagar as contas e redimensionar os contratos de segurança e limpeza. Além de começar reformas nos prédios. Mas é preciso também buscar diálogo com a Faperj, UniRio, Uerj, Rural, além das parcerias com a Petrobras, por exemplo. Nossa tarefa junto à Andifes e ao MEC será que a gente tenha um orçamento pleno para 2024.
Vantuil Pereira - 19/4, debate CCS

INFRAESTRUTURA

Precisamos investir na infraestrutura física. Existem várias obras que precisam ser finalizadas e, para isso, há duas questões fundamentais: uma reitoria itinerante e a revisão do nosso orçamento participativo. O orçamento participativo muitas vezes não atende às demandas das diferentes unidades e setores da UFRJ. Precisamos também pensar na infraestrutura de comunicação e gestão de informação institucional porque nossos sistemas hoje não conversam. Isso é fundamental para uma boa gestão e governança. Precisamos integrar a rede de comunicação intercampi.
Cássia Turci – 18/4, debate Caxias

É preciso completar o processo do Reuni – que nós não fomos contrários, nós somos filhos do Reuni. A gente entende que é preciso completar o processo na etapa de infraestrutura, que não chegou de forma completa. É preciso, portanto, dizer que os colegas que foram contrários em parte tinham razão. Onde estão os prédios de Caxias? Onde estão os prédios do Fundão? A gente entende que a questão da segurança deve ser abordada no âmbito interno, com redimensionamento do contrato de segurança patrimonial. Hoje são 800 trabalhadores nessas funções.
Vantuil Pereira – 18/4, debate Caxias

GRADUAÇÃO

Precisamos rever a nossa metodologia e a pedagogia do nosso ensino das diferentes graduações da nossa universidade. Precisamos nos preocupar com a assistência estudantil. Vamos ampliar o café da manhã do bandejão, aumentar o número de refeições, lutar por um PNAES maior. Precisamos unir, de fato, graduação e a pós-graduação como se faz no ensino superior em vários lugares do mundo. Vamos ampliar a moradia estudantil. Temos uma proposta de ocupação dos prédios federais que foram fechados na pandemia e vamos transformá-los em residência estudantil.
Roberto Medronho - 19/4, debate CCS

É preciso ir ao encontro de políticas contemporâneas, como as leis para o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena. Precisamos criar uma política de COAAS (Comissões de Orientação e Acompanhamento Acadêmico) coordenadas, que atuem junto à Pró-reitoria de Graduação e com interação com as pró-reitorias de Políticas Estudantis e de Pós-graduação. Precisamos falar também de assistência estudantil, de transporte público intercampi, bilhete único intermunicipal – já aprovado na Alerj – e ampliação do PNAES para nossos estudantes.
Katya Gualter – 19/4, debate CCS

RAÇA E GÊNERO

“A atual gestão foi quem criou o NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) e a Câmara de Políticas Raciais, que se transformará na Superintendência de Políticas Raciais. Quando eu entrei na direção da Faculdade de Medicina, tínhamos 87 alunos denunciados pelo Coletivo Negrex como supostos fraudadores das cotas, porque a gestão anterior à atual não criou a Comissão de Heteroidentificação, porque eram contra. Ela só foi criada lá no final da gestão. Nós vamos ampliar, institucionalizar e fortalecer essa comissão.
Roberto Medronho - 18/4, debate Caxias

Faz mais sentido a gente defender uma política antirracista que seja integrada e transversalizada, ou seja, uma política que impacte os técnico-administrativos, os docentes e os estudantes. Uma política antirracista que incorpore e amplie as cotas raciais para pessoas com deficiência, para travestis e trans, de forma que a gente enfrente um conjunto de violências a que a população brasileira está submetida. Precisamos completar a política de cotas na pós-graduação, para bolsas de iniciação científica, para a população travesti, trans e quilombolas.
Vantuil Pereira – 18/4, debate Caxias

INTERIORIZAÇÃO

Conseguimos regulamentar Macaé como um centro multidisciplinar. Isso foi um grande ganho. Precisamos agora regularizar todos os espaços que são ocupados pela UFRJ. Isso é um trabalho que precisa ser feito entre a UFRJ e as prefeituras. Infelizmente, muitos docentes que iniciaram esses projetos desistiram e as vagas foram perdidas. Precisamos devolver essas vagas tanto para Macaé quanto para Caxias. Precisamos aumentar o número de cursos noturnos nesses campi para que aí aumente a segurança e seja viabilizado o bandejão noturno em Caxias e Macaé.
Cássia Turci – 19/4, debate CCS

Macaé e Caxias são construções institucionais, a gente precisa fortalecê-las. Esses espaços precisam ter presença plena no CEG, Consuni, CEPG e CEU. Em que pese termos ampliado vagas e criado cursos, o Reuni é incompleto em relação a Caxias. Também é preciso ter uma política que garanta a Macaé laboratórios. Que Macaé resolva a questão do espaço. É preciso que garanta, no caso de Caxias, um conjunto de ações que vá no sentido de ter um bandejão noturno e ampliar, se possível, a presença de cursos noturnos nesses dois campi.
Vantuil Pereira – 19/4, debate CCS

PÓS-GRADUAÇÃO

Precisamos fortalecer a nossa pós-graduação em todos os campos do saber e integrá-la. Temos uma proposta de realizar um Procad (Programa de Cooperação Acadêmica) interno à UFRJ. Também precisamos criar ações afirmativas na nossa pós-graduação. Recebemos pós-graduandos de todo o Brasil e a bolsa, mesmo com o reajuste, ainda é muito pequena. A atual reitoria já alocou R$ 1 milhão para essa ação afirmativa, mas ainda é muito pouco. Precisamos criar programas de internacionalização. Também pensamos em subsidiar o TOEFL.
Roberto Medronho – 17/4, debate CCMN

A pós-graduação é um espaço de enfrentamento às violências e de potencial empoderamento dos grupos vulneráveis. Precisamos completar as cotas para quilombolas e trans. Precisamos mudar os critérios do PIBIC que hoje favorecem mais os pesquisadores mais antigos. Os novos acabam não conseguindo bolsa e, portanto, têm dificuldade no desenvolvimento das suas pesquisas e na progressão da carreira. Segundo: é preciso ampliar as bolsas acadêmicas. Em terceiro lugar, é preciso desenvolver novas políticas que incluam, por exemplo, os tutores de EaD.
Vantuil Pereira – 17/4, debate CCMN

COLÉGIO DE APLICAÇÃO

“A Chapa 10 é a favor da revogação do Novo Ensino Médio, que vai trazer graves prejuízos para a sociedade e para as nossas licenciaturas. Nosso Colégio de Aplicação é absolutamente fundamental. A Escola de Educação Infantil teve recentemente que sair do espaço onde estava – e ela é de responsabilidade do CFCH – por conta de infiltração. Não podemos permitir que esses espaços, vinculados ao CFCH, não tenham a prioridade necessária para o ensino de qualidade. Vamos fortalecer o Complexo de Formação de Professores e valorizar os docentes EBTT, 
Roberto Medronho – 18/4 debate Caxias

“Temos que solucionar alguns problemas em relação ao CAp, por exemplo, a questão do professor substituto. Todo ano o colégio fica na dúvida se terá ou não professor para as turmas. O prédio da Escola de Educação Infantil foi interditado. É importante dizer que é preciso uma política institucional que incorpore o CAp na estrutura da universidade de forma plena, participando, por exemplo, do CEPG. É preciso ter uma política também de assistência estudantil. E que o CAp possa ter cursos de pós-graduação, o que completaria sua maturidade acadêmica.
Vantuil Pereira – 18/4 debate Caxias

EXTENSÃO

Temos propostas como, por exemplo, ampliar as ações de extensão com previsão de recursos para custeio e ampliação das bolsas de extensão; desenvolver política de inovação social com ações de extensão; ampliar ações de extensão com parceiros externos à UFRJ; estimular a mobilidade acadêmica da extensão; estabelecer parcerias para internacionalização. Também temos como meta aprovar a prestação de serviços como projeto extensão e vamos fortalecer o Festival do Conhecimento, o Conhecendo a UFRJ e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Cássia Turci – 17/4, debate CCMN

O Conselho de Extensão precisa ser reconhecido pela universidade no mesmo grau de importância do CEG e do CEPG. Então, todas as decisões, como por exemplo a Cotav (Comissão Temporária de Alocação de Vagas), precisariam da participação do Conselho de Extensão no processo decisório. Até porque 10% da carga horária dos nossos currículos têm que ser de atividades de extensão. É um contrassenso que o CEU não participe da Cotav. Entendemos, ainda, que a prestação de serviços com fins lucrativos não deve ser compreendida como atividade de extensão.
Katya Gualter – 17/4, debate CCMN

 

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