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WhatsApp Image 2022 07 30 at 15.03.48A UFRJ vai resistir unida ao estrangulamento financeiro imposto pelo governo Bolsonaro. Em sessão do Consuni do dia 28, reitoria e representantes dos professores, técnicos e estudantes traçaram estratégias conjuntas para enfrentar os cortes que ameaçam o funcionamento da universidade até o fim do ano. “A ideia é estarmos juntos. A ideia é que a universidade caminhe numa só direção”, disse o reitor em exercício, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
A administração central decidiu adotar três princípios para a condução da universidade pelos próximos meses: permanecer presencial; fazer o possível para chegar ao fim do ano; e, no limite, não fechar parcialmente. “Não pararemos parcialmente a universidade. Se tiver que ser fechada, será fechada integralmente”, acrescentou o dirigente.
O decano substituto do Centro de Tecnologia e diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, concordou com as diretrizes. “Discutimos este assunto no CT na segunda-feira (25). Todas as unidades se posicionaram na mesma direção. Não podemos fechar, não podemos parar”, disse. Romildo também sugeriu a formação de um gabinete de crise, proposta que recebeu apoio de outros conselheiros e da própria reitoria. “É importante que as pessoas saibam que há uma comissão pensando em soluções. Acho que vamos ter sacrifício de todo mundo”, completou.
A administração central promete ampliar a denúncia dos problemas de financiamento em uma sessão do Conselho Universitário de 11 de agosto, Dia do Estudante. A imprensa e representantes de outras instituições serão convidados para a reunião. A atividade será um “esquenta” da UFRJ para as manifestações nacionais contra Bolsonaro (leia mais abaixo), agendadas para a mesma data. O Consuni aprovou uma moção de apoio à mobilização em defesa da democracia, do orçamento da Universidade, pelo Fora Bolsonaro e por eleições livres. “Todos os segmentos da Universidade e todos os setores da sociedade brasileira comprometidos com a democracia e com a luta por direitos sociais, com a educação, contra violência, a destruição do meio ambiente, o desemprego e a fome tem o dever de não silenciar”, diz um trecho do documento.

UNIVERSIDADE NÃO
VOLTARÁ AO REMOTO
A pró-reitora de Graduação, professora Gisele Pires, reforçou na plenária de decanos e diretores realizada dois dias antes do Consuni a diretriz de manutenção dos cursos presenciais: “Eu quero ratificar que o segundo semestre letivo de 2022 irá iniciar no dia 29 de agosto e não iremos passar da modalidade presencial para a modalidade remota. Ou nós vamos conseguir chegar ao final do ano ou vamos suspender as nossas atividades acadêmicas”, disse. “A gestão está se empenhando totalmente para que a gente consiga chegar ao final do ano civil de 2022 e ao final do ano letivo, no dia de 14 de janeiro”.
Já a política de assistência estudantil será preservada, dentro do possível. “A administração optou por não suspender qualquer auxílio financeiro aos nossos estudantes. Portanto, os cerca de oito mil auxílios que são pagos continuarão ser honrados”, informou o pró-reitor de Políticas Estudantis, Roberto Vieira, na mesma reunião.

UFRJ MOBILIZADA PARA O DIA 11

Movimentos sociais que integram a Campanha Fora Bolsonaro escolheram o 11 de agosto, Dia do Estudante, para a realização de um protesto nacional contra o presidente, com o tema “Em defesa da democracia e por eleições livres”. A UNE faz parte da organização. “Enquanto o presidente e seus apoiadores a todo momento dão indícios de que não aceitarão o resultado das urnas, os estudantes estão prontos para enfrentar os retrocessos nas ruas. Lutaremos até o fim contra o desmonte na educação”, diz o texto de convocação da entidade para o ato, em seu perfil no Instagram. “O movimento estudantil mais uma vez que vai mostrar pra Bolsonaro que não aceitará seu projeto.
As entidades da UFRJ também estão mobilizadas para a data. Na quarta-feira, 27, houve uma reunião do Fórum de Mobilização e Ação Solidária — que congrega AdUFRJ, DCE, APG, SINTUFRJ e ATTUFRJ (associação dos terceirizados) — para a construção unificada do ato no dia dos Estudantes. “Os detalhes organizacionais serão discutidos na segunda. Esperamos uma participação maciça de todo o corpo docente”, afirma o presidente da AdUFRJ, professor João Torres.
A Campanha Fora Bolsonaro também convocou protestos para 10 de setembro. O objetivo é fazer o contraponto às manifestações que forças de apoio a Bolsonaro pretendem fazer no feriado da Independência, três dias antes.

DEZ ANOS SEM O EX-REITOR
ALOISIO TEIXEIRA

WhatsApp Image 2022 07 30 at 15.03.49O Conselho Universitário aprovou uma moção de homenagem ao ex-reitor Aloisio Teixeira, que faleceu em 2012, aos 67 anos. O professor esteve à frente da UFRJ, por dois mandatos, entre 2003 e 2011. “Entusiasta da Reforma Universitária, da expansão com qualidade e estrutura, da democratização do acesso ao ensino superior, do fim do vestibular, foi na gestão de Aloísio na UFRJ que surgiram os cursos noturnos, os bacharelados interdisciplinares; que políticas públicas como o REUNI e SISU/ENEM foram implementadas, e que o primeiro passo rumo às políticas de cotas foi dado na UFRJ”, diz um trecho do documento.

CONCURSOS HÍBRIDOS AUTORIZADOS

O Consuni do dia 28 aprovou uma resolução que permite a realização de concursos híbridos para docentes. A medida, além da economia de recursos em tempos de crise, reflete a experiência bem-sucedida de muitas unidades durante o período em que a universidade não estava amplamente presencial. Um concurso com muitos candidatos pode exigir que uma banca trabalhe por vários dias, o que dificulta a participação presencial dos representantes externos à universidade.

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