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WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.41.02Fotos: Fernando SouzaA última quarta-feira (16) foi o Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Manifestações do funcionalismo público federal, parte da campanha salarial da categoria. Foram organizados atos em diversas cidades em dez estados e no Distrito Federal, segundo um levantamento feito pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). No Rio, a manifestação aconteceu na Praça 15, no Centro, e reuniu principalmente entidades ligadas à área de Educação. A AdUFRJ esteve no ato do Rio, representada pelo presidente João Torres e pelos diretores Karine Verdoorn, Nedir do Espirito Santo e Ricardo Medronho.
Embora pequeno em tamanho, a manifestação mostrou que o funcionalismo público está empenhado em enfrentar a gestão Bolsonaro e reivindicar o reajuste de 19,99%, o equivalente às perdas inflacionárias nos três anos do atual governo. Representantes das entidades ligadas à Educação também lembraram a política econômica que vem asfixiando o ensino superior com cortes orçamentários, e as propostas de desmonte do Estado que fazem parte do cardápio do ministro da Economia, Paulo Guedes, como a reforma administrativa.
Na avaliação do professor João Torres, a luta é mais do que justa, mas é preciso tomar cuidado com a estratégia adotada. “Temos perdas acumuladas nos nossos salários. Acho que é importante ir às ruas mostrar isso para a sociedade”, defendeu o dirigente. Mas ele observou que este é o pior momento para uma greve unificada do funcionalismo. “Eu adoraria fazer greve contra o governo Bolsonaro, mas não nessas circunstâncias. Estamos voltando de dois anos de trabalho remoto, e o tempo para a negociação do reajuste este ano é exíguo”, explicou João. Segundo a lei eleitoral, nenhum reajuste pode ser concedido ao funcionalismo público menos de seis meses antes de uma eleição majoritária.WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.41.02 1
João reafirmou que a direção da AdUFRJ é contrária à greve. “É importante ir para às ruas falar, se conectar com a sociedade, mas sem perder de vista que o apoio da sociedade é fundamental”, observou. O que está em jogo, para o professor, é a capacidade de angariar o apoio da população à causa dos professores. “Não somos a favor da greve por tempo indeterminado agora. Precisamos do apoio das pessoas e, entrando em greve agora, nós dificilmente conseguiríamos este apoio”, explicou.
WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.41.02 2A presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Adur – RJ), Elisa Guaraná, também exaltou a união diante do cenário tão complicado em que vive a educação superior no Brasil. “Essa união é fundamental. Estamos sofrendo vários ataques, que acontecem de várias formas”, disse. Segundo ela, o desmonte do Serviço Público Federal é parte da política neoliberal do atual governo. “O ataque ao funcionalismo federal o torna praticamente inviável. Seguimos com salários rebaixados, com o trabalho sucateado e atendendo mal a população”, disse.

ATOS PELO BRASIL
Em Brasília, os servidores públicos foram em passeata até o Ministério da Economia, com a intenção de levar ao ministro Paulo Guedes o recado da categoria. Além da capital federal, os servidores se reuniram em cidades de Alagoas, Pará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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