facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

bandeira adufrjDiretoria da AdUFRJ

O governo Bolsonaro tem uma única e velha política para a universidade e a Ciência: cortar recursos. Fazia isso nas temporadas da panaceia ideológica de Weintraub e repete a mesma toada em tempos de pandemia. Claro que tirar recursos agora é mais grave do que nunca. As universidades são espaços estratégicos para combater a covid-19 e preparar o país para evitar novas investidas do coronavírus. Mas para um governo que flertou com o vírus, foi leniente na compra de vacinas e debochou da morte de quase um milhão de cidadãos, valorizar o conhecimento jamais seria prioridade. Isso fica claro na última maldade orçamentária dos bolsonaristas. No dia 6, a Comissão Mista de Orçamento aprovou parecer com corte de 6% de todas as universidades. O relator foi o deputado Hugo Leal, do PSD-RJ. A tesourada significa, na prática, menos R$ 16 milhões para a UFRJ. Car@ colega, como podemos planejar um retorno presencial ainda mais sucateados?
Estamos nos desdobrando para voltar aos campi, mas a situação está longe de ser razoável. A Faculdade de Farmácia já tornou com atividades presenciais práticas, mas as salas do subsolo não possuem ventilação nem exaustão e, por isso mesmo, as aulas teóricas precisam seguir remotas.
Esses e outros “detalhes” que ameaçam a saúde de professores, estudantes e técnicos não aparecem nas laudas do desembargador Marcelo Pereira da Silva, que decidiu pelo retorno das atividades presenciais na UFRJ e outras instituições federais de ensino do Rio de Janeiro. Muito pelo contrário. O magistrado assinou sua sentença sem sequer ouvir a universidade. Se tivesse visitado uma única vez o edifício Jorge Machado Moreira, que abriga o gabinete da reitoria, no Fundão, perceberia a imprudência de sua sentença e, quem sabe, cerraria fileiras conosco para evitar mais cortes e pedir mais recursos.
O prédio era a casa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Escola de Belas Artes e do Instituto de Pesquisas em Planejamento Urbano e Regional. Era. Desde 2016, quando oitavo andar foi destruído por um incêndio, a situação do prédio – tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade – só se deteriorou. Em abril deste ano, um novo incêndio, desta vez no segundo andar, tornou ainda mais dramática a crise de infraestrutura do local. A administração central corre para recuperar as instalações nos andares superiores.
Mas as salas de aula, prontas para receber novos alunos, esbarram num problema: falta energia elétrica. Além disso,
há pilares de sustentação do prédio condenados pela Defesa Civil. As áreas interditadas no térreo impedem que os andares superiores sejam amplamente ocupados.
WhatsApp Image 2021 12 10 at 20.21.47CESTAS RECHEADAS DE SOLIDARIEDADE A AdUFRJ doou 100 kits de alimentação para trabalhadores terceirizados da universidade - Foto: Alessandro CostaNossas fragilidades, no entanto, não fazem os recursos chegarem mas nos fortalecem naquilo que temos de melhor: a solidariedade. Foi com empatia que a AdUFRJ doou 100 kits com 22 itens alimentícios para trabalhadores terceirizados da universidade. A entrega das cestas ocorreu na última quarta-feira, 8, no Centro de Tecnologia, no Fundão, e atendeu a pedido da ATTUFRJ, a associação de terceirizados da UFRJ.
Seguiremos assim, lutando por mais recursos e menos injustiças.
Boa leitura!

 

Topo