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WhatsApp Image 2024 06 21 at 20.45.10Foto: Silvana SáA AdUFRJ participou na terça-feira, dia 18, de uma reunião convocada pelo reitor, com as demais entidades representativas dos segmentos da UFRJ (Sintufrj, DCE e APG). Na pauta, informações sobre a recomposição orçamentária (publicadas na edição passada do Jornal da AdUFRJ) e sobre as greves dos técnicos e estudantes. Na ocasião, a diretoria da AdUFRJ entregou um ofício ao reitor. Veja a íntegra do documento ao lado.
A carta da AdUFRJ expressa preocupação com conflitos ocorridos nas dependências de algumas unidades cujos estudantes aderiram à greve. Barricadas têm impedido a livre circulação dos professores, acesso a salas, laboratórios e materiais de trabalho. “Nós trouxemos o problema ao conhecimento da reitoria para que fique registrado que há uma indignação dos docentes”, frisou a professora Nedir do Espirito Santo, vice-presidenta da seção sindical. “Em vários lugares estão se repetindo agressões verbais, constrangimentos a professores. É preciso que a administração central saiba o que está acontecendo”, criticou.
A professora explicou que a AdUFRJ respeita o direito de greve dos estudantes e frisou que a intenção não é de intervir na movimentação política dos alunos. “Nós estamos falando de respeito, de uma atitude cidadã, de diálogo”. A diretora relatou, no encontro, a denúncia do Instituto de História de que um docente do IFCS teria agido contra uma professora substituta que estava dando aula. “Um professor deve respeitar sua categoria”, disse Nedir. Veja detalhes do caso na página 7.
A professora Veronica Damasceno, também diretora da AdUFRJ, relatou outras situações de agressão na Escola de Belas Artes. “Há uma falta de respeito muito grande dos estudantes com os professores, um clima de muito constrangimento e ânimos muito acirrados. Está muito difícil”.
O reitor Roberto Medronho recebeu o ofício e disse estar triste com o embate entre professores e estudantes. “Eu fico muito preocupado com essas posturas mais agressivas que, infelizmente, não se diferenciam de quem quer implantar a ditadura nesse país”, disse o dirigente. “Defendo o direito de ir e vir de qualquer servidor e estudante nesta universidade. Há o direito de greve, mas há o direito de ir e vir”, completou.
A entrega do documento gerou reação da representação do DCE Mário Prata. “Nós temos direito de nos manifestar, porque estamos em greve pelo direito de ter aula com dignidade. Eu me sinto muito incomodada com essas colocações nesse espaço”, criticou a estudante Camila Paiva. Ainda segundo a estudante, o Centro Acadêmico da EBA emitiu um pedido de desculpas público por ações, segundo o DCE, isoladas de desrespeito aos docentes.
O Sintufrj defendeu o diálogo, mas apoiou os estudantes. “As entidades têm pontos comuns. Repudiamos a agressão física e oral, mas impedir de ir e vir é relativo. Os estudantes impediram a aula. Não agrediram ninguém.”, justificou o coordenador Esteban Crescente.

Dinheiro ainda
não entrou
Nos informes sobre o orçamento da UFRJ, o reitor contou aos representantes que os recursos previstos para integrar o orçamento de custeio, os investimentos e as obras do PAC ainda não chegaram ao caixa da universidade. Dos R$ 400 milhões anunciados para o custeio das instituições, a reitoria espera receber de R$ 8 a R$ 10 milhões, além dos R$ 110 milhões para os hospitais que aderiram à Ebserh. Há, ainda, uma solicitação de mais R$ 80 milhões para a segunda fase da obra do “paliteiro”, para o término do alojamento estudantil ao lado do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), e para o término das estruturas modulares para assistência estudantil ao lado do Cenpes. “São todas previsões. A única coisa certa são os R$ 110 milhões, mas nada disso chegou ainda”, destacou o reitor. Pró-reitorias de todas as áreas participaram do encontro.

Veja a íntegra da carta
entregue ao Reitor

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