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Sistema deve entrar em operação no primeiro semestre de 2014
Guilherme Karakida. Estagiário e Redação
Chama atenção de quem passa pela Cidade Universitária, nas proximidades do alojamento, um enorme canteiro de obras do consórcio da TransCarioca: via de 39 quilômetros que deverá ligar o aeroporto internacional à Barra da Tijuca. Existe a expectativa que o novo corredor expresso, que contará com uma estação dentro do campus, beneficie 320 mil passageiros diariamente. Ele deverá entrar em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2014.
De acordo com o prefeito da UFRJ, Ivan Carmo, o BRT (Bus Rapid Transit) vai oferecer a conexão mais rápida entre a Cidade Universitária e os 14 bairros (Barra da Tijuca, Curicica, Ilha do Governador, Taquara, Tanque, Praça Seca, Campinho, Madureira, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha, Penha, Olaria e Ramos) atendidos pelo novo sistema. Também irá facilitar a integração com outros transportes.
No projeto original, a universidade abrigaria duas estações pequenas: uma nos fundos do Hospital Universitário e outra no terminal existente. No entanto, ambas foram substituídas por um terminal de integração que ficará nas proximidades do atual. Quando isso ocorrer, o uso do espaço desativado ficará a cargo da Prefeitura Universitária.
Danos ao meio ambiente
Em relação aos danos ambientais provocados no Fundão pela construção da TransCarioca, Ivan observa que todos eles serão revertidos. “Fizemos um compromisso formal de recuperação da área com o consórcio responsável pela obra e com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Foram cadastradas as espécies vegetais e será garantida sua preservação”, completou.
BRT é o melhor caminho?
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2012), do IBGE, a população carioca perde em média 47,3 minutos para ir de casa ao trabalho. Diante do evidente fracasso do modelo de transporte rodoviário, Ivan Carmo foi questionado sobre a opção pelo BRT. Ele respondeu que a política de mobilidade urbana é responsabilidade do poder municipal. “À Universidade cabe a proposição de estudos científicos, avaliações de planejamento e desenvolvimento de novas tecnologias”.
A UFRJ, no entanto, já encaminhou proposta à prefeitura municipal de uma linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que conecte os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim. Em relação ao sistema Maglev (trem de levitação magnética), desenvolvido pela Coppe, o plano permanece em avaliação. “Temos um protótipo em construção, que conectará o Centro de Tecnologia (CT) ao CT2. O Maglev terá espaço de circulação garantido no Plano Diretor”, contou.
Preocupação com acidentes
O início do funcionamento do BRT TransOeste no Rio de Janeiro foi conturbado: acidentes provocaram sete vítimas fatais desde a sua inauguração, em junho de 2012. Para impedir que isso se repita na Cidade Universitária, a Secretaria Municipal de Transportes implantará sinalização específica no campus.
Campanhas educativas também serão promovidas para sensibilizar a comunidade universitária quanto ao comportamento seguro ao longo do BRT. O foco delas estará na travessia de pedestres e na conversão irregular, práticas que geram atropelamentos e colisões.
Segundo o prefeito universitário Ivan Carmo, a operação do transporte, porém, não é de responsabilidade da UFRJ, e sim da prefeitura do município. “Nossa ação consiste no acompanhamento do projeto com o objetivo de garantir todas as ações para evitar futuros transtornos”, explicou.
Leia mais: BRT Transcarioca terá uma estação dentro da Cidade Universitária
Escravidão, fome, miséria, guerra, holocausto e exploração. Este é o trágico saldo de séculos de exploração colonial no continente africano e que, com o capitalismo internacional, ganhou novas formas. Um quadro histórico que recupera “a longa jornada de explorações e usurpações” por que tem passado a África desde o século XV é traçado no blog Panorâmica Social. O texto lembra os 300 anos de tráfico negreiro, quando “mais de 11 milhões de pessoas” foram sequestradas e vendidas como mercadorias no comércio internacional. Observa, ainda, que com “o Antigo Sistema Colonial perdendo espaço para o capitalismo industrial, era hora de compensar o fim da escravidão criando e garantindo mercados no combalido continente africano”. O artigo afirma: “Desde 1876, os países capitalistas da Europa traçaram fronteiras temerárias e criaram Estados à revelia dos africanos, colocando tribos e etnias diferentes num mesmo território, separando outras em territórios diferentes, o que certamente provocaria futuras guerras muito bem-vindas. Grandes empresas industriais e bancárias desses países europeus aproveitaram para assegurar o monopólio destes mercados e de suas matérias-primas.”
Veja mais
A Segunda Guerra Mundial desestabilizou os imperialistas europeus e possibilitou o processo de independência de algumas colônias africanas.
Mas isto não significou o fim da exploração capitalista e da influência dos interesses das grandes corporações no continente.
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Tentando eliminar a influência marxista entre os africanos que lutavam pela independência, os europeus e os Estados Unidos financiaram milícias fascistas, grupos separatistas e terroristas que combateram estes nacionalistas.
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As guerras civis resultantes mataram milhões de pessoas no século XX, nos campos de batalha diretamente e indiretamente, quando agricultores que deveriam cultivar os alimentos nas fazendas destruídas pela sabotagem foram transformados em soldados ou milicianos.
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O resultado é até hoje sentido: um endêmico e resistente quadro de fome que nos remete às famosas imagens tristes de crianças famintas e esqueléticas
Mais em: http://migre.me/gO2ci.
Ipea: 60% dos negros não registram queixa porque não acreditam na polícia
Além do dado acima, a pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) conclui que o negro é duplamente discriminado no Brasil.
Pela sua situação sócioeconômica. Pela sua cor de pele.
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Segundo a pesquisa, a taxa de homicídios de negros no Brasil é de 36 para cada 100 mil.
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Para não negros, diz a pesquisa, ela é de 15,2.
Conclusão: para cada homicídio de não negro no país, 2,4 negros são assassinados.
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Os dados do Ipea também mostram que a população carcerária do país é majoritariamente negra: são 252.796 negros e pardos, ante 169.975 não negros, conforme levantamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.
O professor Eduardo Côrtes, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Câncer da Faculdade de Medicina, venceu a eleição para a diretoria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Na apuração, encerrada agora há pouco, Côrtes superou em todos os segmentos seu concorrente, o diretor da Divisão Médica do HU, Luiz Feijó.
Entre os professores, foram 101 votos para Côrtes, 94 para Feijó, além de oito nulos e nenhum branco.
Entre os técnico-administrativos, foram 767 para Côrtes, 250 para Feijó, 25 nulos e dois brancos.
Já entre os estudantes, foram 385 para Côrtes, 70 para Feijó, sete nulos e quatro brancos.
O resultado ainda será homologado pelo Conselho de Administração do hospital amanhã (29 de novembro).
Eduardo Côrtes ganhou a eleição nos três segmentos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Antes e durante a campanha, ele se manifestou contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
Posse está prevista para 19 de dezembro
Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
O professor Eduardo Côrtes, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Câncer, é o novo diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Côrtes, durante sua campanha eleitoral, e mesmo antes, em atividades políticas junto aos movimentos organizados da instituição, sempre defendeu um projeto autônomo para a gestão dos hospitais da UFRJ, especialmente o HUCFF. Agora, o professor terá oportunidade de pôr em prática seus projetos para solucionar a crise que assola aquela Unidade.
Eduardo Côrtes venceu a disputa nos três segmentos. É a primeira vez na história do HU que um diretor é eleito com tamanha representatividade. Entre os docentes, o resultado foi equilibrado: 101 votos para Côrtes contra 94 para o candidato Luiz Augusto Feijó, chefe da Divisão Médica do hospital. No segmento técnico-administrativo, 767 votos para Côrtes, contra 250 destinados ao opositor. Os estudantes, com 385 votos favoráveis a Côrtes (contra 70), coroaram a vitória do professor.
A eleição não foi paritária, ou seja, docentes tinham peso de 70%, técnico-administrativos e estudantes, 15% cada. Considerando este cálculo, Eduardo Côrtes obteve 60,4% dos votos válidos contra 39,6% de Luiz Augusto Feijó. Os números seriam homologados pelo Conselho de Administração do HUCFF no dia do fechamento desta edição (em 29 de novembro).
A posse do novo dirigente está marcada para 19 de dezembro.
Muito trabalho pela frente
O novo diretor do HUCFF disse que todos podem esperar muito trabalho e muito esforço de sua gestão: “Fiquei muito feliz em ter vencido nos três segmentos porque isso dá representatividade e demonstra uma liderança que é necessária para unificar todos em torno da reestruturação desse hospital. O resultado mostra a insatisfação com o quadro atual e a vontade de mudar”, destacou. Para o professor, sua posição contrária à Ebserh ajudou a definir a eleição: “A comunidade acredita que há outras possibilidades além da Ebserh e demonstrou isso nessa eleição”.
Avaliações políticas
Luiz Feijó, em um breve pronunciamento para o Jornal da Adufrj, afirmou que a expressiva vitória de seu opositor deve ser parabenizada e respeitada. Ele, que reconheceu a derrota logo após a contagem de votos da segunda urna (de um total de três), afirmou que o resultado expressa “a vontade da maioria que quer ver o hospital mudar”. “Eu desejo para o novo diretor muito sucesso”, complementou. Feijó abriu mão da contagem dos votos em separado dos dias 26 e 27, ou seja, de pessoas que se apresentaram para a votação, mas cujos nomes não constavam das listagens da eleição e que precisariam ser conferidos.
Francisco de Assis, coordenador geral do Sintufrj, considerou que esta vitória representa o não da comunidade do HUCFF à Ebserh: “A categoria (dos técnico-administrativos) se mobilizou contra o discurso de que os servidores são incompetentes para gerir o hospital. A resposta foi dada nas urnas: nós temos capacidade para administrar o nosso hospital”, disse.
Romildo Bomfim, diretor da Adufrj-SSind, falou que a vitória de Côrtes é extremamente significativa para os movimentos que lutaram contra a Ebserh: “Agora teremos à frente do HUCFF um diretor que nos últimos dois anos atuou frontalmente contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. A empresa não é um assunto encerrado na universidade, então, é muito importante ter um diretor que enfrente o governo federal com uma proposta autônoma da UFRJ”.
Pelo DCE Mário Prata, a estudante Gabriela Celestino observou que a expressiva diferença nos votos dos estudantes significa não só o apoio à plataforma de Eduardo Côrtes, mas, principalmente, demonstra que o segmento não quer a Ebserh na direção dos hospitais universitários. “Além disso, na última gestão, não houve diálogo com os estudantes. Apostamos que nesta gestão conseguiremos mais espaço, afinal, a eleição demonstrou o quanto nós somos importantes na composição da comunidade do HU”.
Leia mais: Opositor da Ebserh será o novo diretor do maior HU da UFRJ
O professor Eduardo Côrtes, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Câncer da Faculdade de Medicina, venceu a eleição para a diretoria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Na apuração, encerrada agora há pouco, Côrtes superou em todos os segmentos seu concorrente, o diretor da Divisão Médica do HU, Luiz Feijó.
Entre os professores, foram 101 votos para Côrtes, 94 para Feijó, além de oito nulos e nenhum branco.
Entre os técnico-administrativos, foram 767 para Côrtes, 250 para Feijó, 25 nulos e dois brancos.
Já entre os estudantes, foram 385 para Côrtes, 70 para Feijó, sete nulos e quatro brancos.
O resultado ainda será homologado pelo Conselho de Administração do hospital amanhã (29 de novembro).