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E deliberam uma lista de reivindicações que será levada para a próxima sessão do Consuni, dia 8

DCE cria GT para acompanhar cursos novos

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Um desabafo coletivo foi o que se viu no encontro de alunos dos cursos da UFRJ aprovados no marco do Programa de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni), criado em abril de 2007. O evento ocorreu na Faculdade de Letras na noite de 29 de abril. Na mesa de abertura, os professores Luciano Coutinho (Adufrj-SSind), Maria Malta (IE) e Miguel Borba de Sá (ex-substituto da UFRJ) deram seus depoimentos sobre suas vivências em sala de aula. Além disso, avaliaram os impactos do Reuni na universidade.

Os estudantes dos cursos novos aprovaram uma agenda de atividades, incluindo a participação em ato do Conselho Universitário, dia 8 de maio. As principais reivindicações são: conclusão das obras atrasadas, qualidade de estrutura, concursos para professores efetivos, revisão das grades curriculares, construção de restaurantes universitários em todos os campi, construção de bibliotecas que atendam a esses cursos e por assistência estudantil. Além disso, passará a se reunir regularmente, via DCE, o Grupo de Trabalho dos Cursos Novos, aberto à participação de todos e responsável por traçar os novos passos da luta. A primeira reunião será nesta terça-feira (6), às 16h, na Faculdade de Letras.

O Diretório Central organizou a atividade em conjunto com os centros acadêmicos e estudantes dos cursos novos. Taís Lara, diretora de Políticas Educacionais da entidade, explicou razão do encontro: “A UFRJ é a maior universidade do Brasil. O objetivo é unificar as demandas para que tenhamos melhores condições de ensino nesses cursos”.

Luã Braga, do Centro Acadêmico de Defesa e Gestão Estratégica Internacional (Cadgei), observou que há um formulário para avaliação dos cursos. “Até o momento, 75% dos estudantes que responderam à pesquisa disseram que a grade curricular é insuficiente ou não é satisfatória. Também é maioria os que disseram que faltam professores em seus cursos: 67%”. 

Dificuldades

O primeiro a falar foi o professor Luciano Coutinho, que dá aula para o curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação. “Vivemos uma situação constrangedora de brigar por salas de aula”. O curso noturno  funciona na Faculdade de Letras por falta de espaço próprio. “A primeira turma do curso vai se formar e o prédio que nos prometeram ainda não foi construído”, afirmou o docente. O curso funciona também no turno da tarde, na Praia Vermelha.

Além de recente na universidade, o curso é noturno, o que traz outras dificuldades: “Toda aula é uma guerra, porque ninguém quer sair do Fundão às 21h30 com todos os problemas de mobilidade e segurança que conhecemos. A situação da UFRJ é extremamente complicada. Não somos contra a expansão. É importante que a universidade se abra, mas essa expansão não pode se dar de qualquer jeito. Queremos expansão com qualidade do ensino, de infraestrutura, com maior número de ingressantes e de concursos”.

Politização

Miguel Borba de Sá foi professor temporário do curso de Defesa e Gestão por um ano, mas ingressou na universidade como aluno em 2001: “Acho que não há resposta fácil para a UFRJ. O que posso afirmar é que, se hoje há graves problemas, em 2001 era bem pior a realidade. Estudei no IFCS que tinha a metade do prédio fechada porque estava caindo. Mas hoje, a conjuntura política é mais complicada”.

Justamente pela conjuntura desfavorável, o professor solicitou dos estudantes a organização política necessária para lutar por melhores condições de estudo e defendeu a universidade pública: “Os alunos precisam se mobilizar, precisam se politizar. Caso contrário, não conseguirão nada. É especial lutar pela universidade pública, porque aqui podemos ter uma vida mais plena, construir algo no qual a gente acredita”, destacou.

As prioridades

Maria Malta esclareceu que, para o governo, o investimento em educação não é fundamental e baseou sua afirmação em números: “Apenas 3,4% do orçamento público da União são destinados para Educação. Enquanto 43% do orçamento estão comprometidos com amortização da dívida pública. E o que é dívida pública? É um negócio financeiro no qual o governo decide o percentual de juros que ele deve pagar para um número muito restrito de empresários. E o pior é que ele resolve pagar muito”.

A decisão da UFRJ pelo Reuni, para Maria, foi errada porque “não respeita a concepção didático-pedagógica” da universidade: “Não dá para aprender da mesma forma sem sala, em turmas superlotadas, ficando duas horas sentada num transporte até chegar ao local de trabalho e estudo. É preciso lutar por um ensino público, gratuito e de qualidade”.

 

Valor baixo das bolsas não acompanha custo de vida no Rio

O DCE da UFRJ empreende uma luta histórica para aumentar o número e o valor das bolsas. Durante a greve de 2012, o diretório central conseguiu reverter, junto à reitoria, a norma que não permitia a conciliação da bolsa-auxílio com a bolsa de iniciação científica. Porém, o cenário está longe de ser favorável aos interessados em desenvolver a vocação para a pesquisa, uma vez que a UFRJ, atualmente, oferece apenas R$ 400 para esta modalidade de benefício. 

De acordo com Luiza Foltran, integrante do DCE, a situação é ainda mais complicada, porque algumas bolsas costumam vir sem explicação exata sobre o que o graduando irá fazer: “Em algumas bolsas, o aluno, na prática, quebra o galho do professor e faz coisas que não estão no acordo”. Sem falar que o custo de vida no Rio de Janeiro atinge cifras astronômicas, sobretudo com moradia e alimentação.

Em função do baixo valor das bolsas, graduandos costumam conciliar a iniciação científica com estágio remunerado. A prática, no entanto, é proibida, de acordo com o regulamento da universidade. (Guilherme Karakida)

Nova regulamentação será apenas para os Titulares? 

Articulação de decanos e professores da Coppe não inclui as demais classes da carreira

Definição sobre o tema é dia 22 no Consuni 

Os decanos incluíram nas pautas das reuniões de Centro dos últimos dias o tema da regulamentação interna na UFRJ sobre promoção de professores Titulares, indicando que as propostas anteriores da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) e da Comissão de Legislação e Normas (CLN) do Consuni/PR-2 não mais seriam apreciadas pelo Conselho Universitário de 22 de maio. 
Essa nova proposta ignora por completo os trabalhos da CPPD, que tem atribuição institucional prevista no Regimento da UFRJ e na Lei de Carreira (nº 12.772/12). Ainda segundo o texto, passaria a haver uma regra de transição que reduz a pontuação exigida nos dois primeiros anos, dificultando o acesso à classe dos Titulares depois desse período. 
Segundo informações públicas dadas pelos Decanos nas reuniões dos Centros, o documento é oriundo de um grupo de professores da Coppe, com adesão posterior do Conselho Deliberativo daquela unidade, que está sendo debatido nos Centros para posteriormente ser pautado no Consuni.

A Adufrj-SSind solicitou ao reitor Carlos Levi audiência para tratar desse tema do debate da carreira na UFRJ e também das condições de trabalho.

Debates realizados
O Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) realizou sua discussão no dia 25, enquanto o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) promoveu uma apresentação de propostas em 28 de abril. No dia 30, foi a vez do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) e do Centro de Letras e Artes (CLA) cumprirem o roteiro de debates sobre o tema. Já o Conselho de Ensino de Graduação (CEG), no dia 30, debateu a proposta da CPPD e irá apresentar sugestões a partir desta.
 
 
Para o GT-Carreira da Adufrj-SSind, CPPD deve ser ponto de partida
A proposta da Comissão Permanente de Pessoal Docente, embora não corresponda a todas as demandas do movimento docente, pode ser considerada como ponto de partida. De acordo com o presidente da Seção Sindical, Cláudio Ribeiro: “A Adufrj-SSind reconhece a legitimidade institucional da CPPD, o que não significa que concordemos com sua proposta de carreira integralmente. Mas é partir dela que deve vir o debate. Vale ressaltar que as regulamentações anteriores se amparam no PUCRCE, que foi substituído pela nova lei de Carreiras. Portanto, a urgência é de todos. Aprovar regras ‘pela metade’ pode travar a pauta da UFRJ”, destacou o dirigente. 
Outro problema está na discriminação entre gerações embutida na proposta que versa exclusivamente sobre os Titulares. Luciana Boiteux, 1ª vice-presidente da Seção Sindical, alerta para a importância de se discutir a carreira docente como um todo, inserir os Titulares na regulamentação geral e de atualizar as resoluções internas para as demais classes: “Tanto os professores novos como os mais antigos devem ser contemplados”, diz.
 
Por contrabando
Integrante do Grupo de Trabalho sobre Carreira da Adufrj-SSind (GT-Carrreira), Maria Malta destaca que a outra proposta “rompe com o consenso de que a regulamentação da progressão da carreira tenha de ser realizada para todas as classes”. Além disso, “mistura atividades de pesquisa com as de extensão, separando a produção intelectual da pesquisa e incluindo atividades não públicas e gratuitas (como consultorias e atuação em projeto com empresas parceiras) entre atividades de extensão”. E, por fim, impede que vários perfis de professores possam coexistir em atuação na universidade. “Há uma série de exigências de atividades que não são abertas a todos”, disse, destacando a obrigatoriedade de distinções, prêmios e honrarias para ascensão funcional.
 
Atenção, professor!
A decisão sobre seu futuro é dia 22 no Consuni. Há duas propostas na mesa:
 
 
 

Há 35 anos, em 26 de abril de 1979, era fundada a Associação (hoje Seção Sindical) dos Docentes da UFRJ

Militantes serão ouvidos sobre as lutas da entidade

14042881Em 1984, a Adufrj também levou faixa para as passeatas que cobravam as Diretas Já. Foto: Arquivo da Adufrj - abril de 1984A moeda era o cruzeiro. O ministro da Educação era Eduardo Portella. E quem mandava no país, substituindo Ernesto Geisel desde março, era o general João Figueiredo.  A ditadura brasileira começava a viver sua fase final. Fervilhavam as greves na região do ABC paulista. 

Neste contexto, foi fundada em 26 de abril de 1979 a então Associação de Docentes da UFRJ (Adufrj) – naquela época, não era permitida a sindicalização de servidores públicos (a transformação em Seção Sindical ocorreu em 1997). Reintegração automática e imediata dos professores afastados pelo regime, formação de uma entidade nacional da categoria (que viria a ser a Andes e, posteriormente, o Andes-SN) e, assim como hoje, a reestruturação da carreira eram algumas das demandas da recém-criada entidade.

De lá para cá, o caráter combativo da Adufrj-SSind não diminuiu. É até difícil selecionar alguns embates (vários ainda são atuais) nesses anos. Mas não podem deixar de ser mencionadas, de modo mais amplo: a Campanha pelas Diretas Já (em 1984); as ações contra a Reforma de Estado do ex-ministro Bresser Pereira (1995); o movimento contra a privatização da Companhia Vale do Rio Doce (1997) e a defesa do Plano Nacional de Educação – proposta da Sociedade Brasileira (1997). Pelo respeito à autonomia universitária, foram muitas iniciativas: a mais recente está representada no enfrentamento com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Internamente, a Seção Sindical sempre se engajou pela ampliação da democracia interna, pelo redesenho da universidade por meio de uma Estatuinte, pela retomada do espaço do ex-Canecão e do ex-bingo. O que falar então sobre a resistência à maior intervenção de um governo no comando de uma universidade, em 1998, quando o candidato (José Vilhena) menos votado tanto na consulta à comunidade, quanto no colégio eleitoral foi nomeado reitor da UFRJ pelo MEC? 

Em defesa da categoria, a Adufrj-SSind cobra melhores salários e condições de trabalho. Prega a isonomia entre colegas que exercem a mesma função e a paridade entre ativos e aposentados. Nesse sentido, muitas foram as ações judiciais, paralisações e participações em greves nacionais.

Claro que esse movimento nunca se fez sozinho. “Democrática, sem caráter religioso ou político-partidário, autônoma e independente em relação ao Estado e às administrações da UFRJ” (trecho do regimento), a Adufrj-SSind cerrou fileiras com estudantes, técnico-administrativos, demais servidores e movimentos sociais (como o MST), em diversos momentos.

No sábado (26), após o fechamento desta edição, a Seção Sindical completa 35 anos. E, para celebrar a efeméride (até o próximo aniversário), haverá diversas ações comemorativas. Entre elas, a Comunicação da Adufrj-SSind irá entrevistar personagens que foram marcantes na construção do movimento docente dentro da UFRJ. 

Que a divulgação desses depoimentos inspire novos e antigos militantes para mais 35, 50, 100 anos em defesa dos professores, da educação pública e por um Brasil mais justo.

14042883Em 1998, o então presidente da Adufrj-SSind (de pé), professor Roberto Leher, fala durante uma das várias manifestações contra o reitor-interventor José Vilhena. Foto: Arquivo da Adufrj - julho de 1998

Juca Kfouri é o inventor do jornalismo investigativo na cobertura esportiva. Seu blog é campeão de audiência e, há poucos dias, publicou artigo de Jorge Luiz Souto Maior, professor livre docente de direito do trabalho brasileiro na USP. O texto pode ser achado na internet (http://blogdojuca.uol.com.br/2014/04/a-copa-ja-era/). O Painel destaca alguns trechos.

“O debate entre os que defendem a causa “não vai ter copa” e os que afirmam “vai ter copa” está superado”. Afinal, haja o que houver, o evento não vai acontecer, ao menos no sentido originariamente imaginado (...), pois não é mais possível apagar os efeitos deletérios que a Copa já produziu para a classe trabalhadora brasileira.” 

“(...) a Copa já não tem o menor valor para mais de 8.350 famílias que foram removidas de suas casas no Rio de Janeiro. Procedimento que, como adverte o jornalista Juca Kfouri, ‘lembra práticas nazistas de casas que são marcadas num dia para serem demolidas no dia seguinte, gente passando com tratores por cima das casas’.” 

“(...) cerca de 170 mil famílias foram removidas em todo o Brasil.”

“(...) Se o Brasil queria se mostrar, como de fato não é, para mais de dois bilhões de telespectadores, pode estar certo de que a estratégia já não deu certo. (...) a própria FIFA, a quem se concederam benefícios inéditos na história das Copas, tem difundido pelo mundo uma imagem extremamente negativa do Brasil (...) pois faz parecer que o Brasil é uma terra de gente preguiçosa e descomprometida.”

 

Revolução dos Cravos: 40 anos

Chico Buarque fez esta canção sob o impacto do movimento que derrubou 45 anos de ditadura em Portugal. Os versos foram proibidos pela ditadura brasileira e a segunda versão, que foi gravada, já trazia um pouco do desapontamento com os rumos do movimento (... já murcharam a sua festa, pá..)

14042872Imagem: InternetTanto mar

Sei que estás em festa, pá

Fico contente

Enquanto estou ausente

Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá

Com a tua gente

E colher pessoalmente 

uma flor no teu jardim

Sei que há léguas a nos separar

Tanto mar, tanto mar,

Sei também quanto é preciso, pá

Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá

Cá estou doente

Manda urgentemente 

Algum cheirinho de alecrim.

 

Técnicos

A abertura das negociações e a imediata mudança de postura por parte do governo federal, que tem ignorado a greve dos técnicos-administrativos em todo o país, foi ressaltada durante a audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, realizada dia 24, na Câmara dos Deputados.

Educação Física

Os problemas com o diretor da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), Leandro Nogueira, voltam à baila no Conselho Universitário. 

Segundo o vice-reitor, Antonio José Ledo, ações do dirigente estão pautadas para próxima sessão. 

 

14042873Foto: InternetGabriel García Márquez* 

“Não sei quando tudo aconteceu. Só sei que, desde os 17 anos de idade até hoje, não fiz outra coisa a não ser me levantar cedo todos os dias, me sentar diante de um teclado para preencher uma página em branco ou uma tela vazia de computador, com a única missão de escrever uma história ainda não contada por ninguém, e que fizesse mais feliz a vida de um leitor inexistente.” 

* Palavras ditas no IV Congresso da Língua Espanhola, em Cartagena (Colômbia). Março de 2007.

 

CAp de cara nova

Comemorando 66 anos no dia 20 de maio, o Colégio de Aplicação repaginará as estampas dos muros do colégio com um “grafitaço”, uma oficina de grafite, aberto a professores, técnico-administrativos, estudantes e responsáveis. A atividade cultural será realizada nos dias 17 e 18. 


Conad

O 59º Conad do Andes-SN será no final de agosto em Aracaju.

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