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Instalações elétricas em mau estado, rotas de fuga inadequadas e falta de para-raios. Um estudo elaborado pelo Escritório Técnico da UFRJ, ligado ao gabinete da reitoria, mostra diversos riscos relacionados a incêndios nos campi e em prédios isolados da instituição. O trabalho tenta evitar a repetição de tragédias como a do Museu Nacional, destruído pelo fogo em 2018.
O Corpo de Bombeiros, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho têm cobrado da universidade a realização de obras e, ainda, a emissão dos certificados de SCIP (Segurança Contra Incêndio e Pânico) e de SPDA (Sistema de Proteção contra Descarga Atmosférica).
“Estamos recebendo pressão do Corpo de Bombeiros. Foram 23 notificações. Em alguns prédios, nós não conseguimos responder a notificações e recebemos multa”, disse o coordenador de projetos contra incêndio da ETU e professor de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Roberto Machado Corrêa. “Para a certificação do Corpo de Bombeiros, é necessária a execução de obras e precisamos de projetos. Um bom exemplo é o do Hospital Universitário. Um prédio alto daqueles, sem nada ao redor, que não tem para-raios”, afirmou.
No Centro de Tecnologia, tanques que armazenam o combustível utilizado por geradores de energia estão localizados na cobertura do bloco A, o que é considerado extremamente arriscado. “É uma bomba-relógio. Estamos fazendo um projeto para descer esses geradores e fazer uma casa de geradores em lugar seguro”, acrescentou Corrêa.
No prédio da reitoria, a principal rota de fuga em caso de incêndio torna-se uma chaminé em caso de incêndio. “Se eu apontar a rota de fuga para aquela escada, estarei apontando para a morte”, alertou.
Para o professor, o caso mais grave é o da Escola de Música, na instalação da entrada de energia. “É uma joia de prédio público onde há muitas apresentações, eventos que lotam o teatro. São vidas e a gente quer priorizar onde há mais vidas”, afirmou. Outro caso crítico é o IFCS, que sofre com a sobrecarga de energia na instalação antiga.
SEM DINHEIRO
De acordo com o levantamento, seriam necessários R$ 40 milhões em obras para conseguir os certificados exigidos pelo Corpo de Bombeiros em todos os centros da UFRJ. A manutenção predial anual, também cobrada pelos órgãos de fiscalização, corresponde a um gasto de R$ 6 milhões. Para acabar com todos os problemas acumulados em anos, seriam mais R$ 317,4 milhões, incluindo obras em todos os campi e prédios isolados. Os números foram apresentados ao Conselho Universitário, na sessão de 12 de dezembro.
A manutenção anual está prevista na proposta da reitoria para o ano que vem. Para o resto, não há dinheiro. “Daria um orçamento anual discricionário nosso. Não depende da gente. Teremos de negociar com o MEC e Ministério da Economia”, afirmou o pró-reitor de Planejamento e Finanças, professor Eduardo Raupp.
No inventário da ETU, está listada a situação do andamento das obras, com a indicação de quanto falta reparar em cada centro. Os percentuais vão de 5% a 85%. Os imóveis tombados, por exemplo, têm 85% de reparos a fazer com base na área, em metros quadrados. O mesmo percentual foi estimado para o Hospital Universitário.
Para agilizar os projetos de segurança e de obras, a reitoria começou a descentralizar o trabalho feito por engenheiros e arquitetos na ETU. Estes profissionais passarão a trabalhar dentro dos centros, a partir do Escritório de Planejamento (EPlan). A nova política já foi implementada no CCS e no CT. “Serão os braços da ETU, com uma gestão compartilhada, assessorando a decania de cada centro”, disse o professor Corrêa.
Escola de Música
Problema:
Entrada de energia na instalação elétrica com
risco de curto-circuito e incêndio.
Situação atual:
O projeto está pronto e falta fazer a obra.
HUCFF
Problema:
A parte elétrica tem diversos problemas.
Prédio mais alto da região da Ilha do Fundão,
o HU não possui para-raios.
Situação atual:
Existe um projeto para fazer a
substituição do plano de energia atual.
Prédio da Reitoria
Problema:
Escada que é a principal rota de fuga em caso de incêndio
é inadequada e pode levar a mortes em caso de incêndio.
Solução
é a construção de duas escadas enclausuradas,
com intervenções na laje de cima a baixo,
com a necessidade de mexer em parte da estrutura interna do prédio, como salas de aula e gabinetes de professores.
Situação atual:
Depende de decisão do Instituto Rio do Patrimônio Histórico, da Prefeitura do Rio, responsável pelo seu tombamento após o incêndio de 2016.
Palácio Universitário
Problema:
Fiação elétrica é revestida por tecido.
Grande parte do prédio está interditada.
Situação atual:
Projeto está pronto e completo para restauração. Aguarda obras.
Prédios do CCS
Problema:
Riscos na circulação em caso de incêndio por
conta de obstrução por objetos, como geladeiras, e construções.
Situação atual:
Necessidade de plano diretor e
plano quinquenal de prevenção a incêndio.
CT Laboratórios
do IQ e do IF
no Bloco A
Problema:
Combustível dos geradores fica armazenado em tanques na cobertura, elevando o risco de incêndio. Construção de mezaninos dos primeiro e segundo andares.
Situação atual:
Projeto de instalação de uma casa
de geradores está em elaboração.
HESFA
Problema:
Necessidade de restauração
geral do prédio.
Situação atual:
Em fase de contratação de empresa
especializada em restauração.
IFCS
Problema:
Instalações elétricas comprometidas devido à expansão do uso da rede de energia, sem aumento de carga ou
redimensionamento do circuito.
Situação atual:
Projeto de sinalização de rota de fuga está em andamento.
Outros projetos que envolvem reformas e reparação
também estão em elaboração.

Solenidade dos 50 anos do ICB - Foto: CoordCOM/UFRJO Instituto de Ciências Biomédicas nasceu nos anos de chumbo. Fruto da reforma universitária de 1968, a unidade foi fundada no ano seguinte para atender ao ciclo básico dos cursos da área de saúde. A medida foi obrigatória para todas as universidades federais do país e a UFRJ também não escapou.
Inicialmente instalado no antigo prédio da Faculdade de Medicina, na Praia Vermelha, o ICB passou a reunir docentes de toda a área biomédica da universidade, do Instituto de Biofísica e do então departamento de Bioquímica Médica – transformado em instituto em 2004.
Em 1972, o ICB passou a funcionar no Centro de Ciências da Saúde, no Fundão. A mudança gerou fragmentação. “Hoje, boa parte dos professores, técnicos, alunos e pesquisadores do instituto está distribuída em 37 laboratórios de pesquisa e sete salas multiusuárias espalhadas pelos blocos K, J, E, B e F”, contou o diretor, professor José Garcia Abreu.
O corpo social atual é formado por 79 docentes, 54 técnicos, 300 alunos de graduação e 100 de pós-graduação. O ICB abriga três cursos de Pós-graduação: de Farmacologia e Química Medicinal, de Neurociência Translacional e Ciências Morfológicas, este último com conceito 7, na Capes.
A excelência é uma marca do instituto. A unidade tem docentes reconhecidos no mundo por atuarem no que há de mais moderno em neurociência. Na lista estão, por exemplo, Stevens Rehen, pesquisador 1B do CNPq, especialista em células-tronco e Roberto Lent, pesquisador 1A do CNPq e especialista em reorganização das conexões cerebrais.
Garcia Abreu trabalha com células-tronco e acredita que o Instituto tem a missão de voltar seu olhar para o futuro. “Nos últimos anos, o ICB teve uma atuação de aproximar a clínica à ciência básica”, explica. Ele atua no instituto desde 1994. É ex-aluno da UFRJ, professor Titular desde 2012 e cientista 1B do CNPq.
Agora, segundo o docente, a unidade deve focar sua pesquisa no envelhecimento da população. “Esta é uma questão para os próximos anos em todo o mundo. O envelhecimento traz consigo a aquisição de novas doenças. Podemos trabalhar com tecidos para órgãos”, diz. “Hoje, já desenvolvemos nanomateriais para recuperar tecidos não funcionais, temos forte atuação na neurociência, no desenvolvimento de fármacos”, relata. “Planejamos fortalecer a genômica funcional para estudar e mapear os genes a fim de prever doenças antes que elas se instalem no indivíduo”.
O giro no foco de pesquisa, para o docente, fará com que o ICB siga na vanguarda da área de saúde. “Queremos continuar trabalhando na fronteira do conhecimento”.
Para conseguir lidar com os desafios futuros, o instituto precisa ocupar o novo prédio, pronto desde 2017. A única coisa que falta é a ligação da energia elétrica, mas, dívidas da UFRJ com a Light impediam a conclusão do processo. “A reitoria negociou e saiu da inadimplência. Com as negociações, acreditamos que esta etapa será finalizada nas festas de final de ano. Tendo luz, nos mudamos em um mês”, comemora o diretor.
Outro importante nome do instituto é o da professora Tatiana Sampaio. A docente trabalha no programa de pesquisa de Bioengenharia e Terapia Celular. A relação com a UFRJ vem desde 1983, quando ingressou como aluna. Desde 1994 é docente da universidade e passou ao quadro do Instituto a partir dos anos 2000.
Uma das pesquisas lideradas pela docente é de regeneração celular de pessoas com graves lesões na coluna. “O ICB tem uma força grande em neurociência. E, claro, na área de bioengenharia, medicina regenerativa e pesquisa com células-tronco”, destaca a professora, ex-diretora da AdUFRJ.
Como pesquisadora, Tatiana Sampaio acredita que seu principal desafio, hoje, é aliar o financiamento das pesquisas à produção de inovação. “A maneira como a qualidade do seu trabalho é avaliada é através das publicações científicas. Em algum momento dessa trajetória eu percebi que as publicações poderiam prejudicar o trabalho, porque a gente precisava de algum sigilo se quisesse ter um desenvolvimento industrial futuro”, conta. “Isso dificulta um pouco. Se você não publica, você não tem financiamento, se você publica, não tem possibilidade de patenteamento e licenciamento mais tarde. A gente fica no fio da navalha”, resume.
FORÇA NO ENSINO
Apesar da impressionante vocação para a pesqusia básica e aplicada, Tatiana Sampaio acredita que a função primeira do instituto é o ensino. A unidade atende a cinco mil alunos da graduação a cada semestre, de todo o ciclo básico da saúde. A docente foi diretora adjunta de graduação e coordenadora do curso de biomedicina. “É no ICB que estão as disciplinas de histologia, anatomia, farmacologia, embriologia, embriologia celular que são ministradas para todos os cursos da área biomédica da UFRJ”, afirma.
Além de atender aos cursos do Centro de Ciências da Saúde, o instituto possui sua graduação em Biomedicina. A missão é formar jovens pesquisadores para a área biomédica.
Para o próximo período, o diretor tem um desafio pessoal: “Queremos elevar para o nível 5 do MEC o curso de graduação e passar para 6 os programas de pós-graduação que atualmente têm conceito 5”.
O CNPq anunciou que vai recolher as bolsas com vigência expirada dos programas de pós-graduação e que não devolverá as que foram suspensas anteriormente. Avisou também que a plataforma Carlos Chagas permanece fechada para indicação de novos bolsistas. A notícia pegou pesquisadores de surpresa.
A comunicação se deu por meio de ofício. A partir de janeiro, segundo o documento, será realizado um novo sistema de seleção de bolsas com lançamento de chamadas públicas diretamente pela agência de fomento. Sem dar explicações, o órgão apenas recomenda “acompanhar maiores informações” pelo seu site.
A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, professora Denise Freire, critica a medida. “Esses editais costumam indicar áreas temáticas e linhas de pesquisa prioritárias que não necessariamente estarão em consonância com determinados programas de pós-graduação”, explica. “De certa forma, isto retira a autonomia de cada um dos programas”, avalia.
Denise Freire ainda vê outros riscos: “Pode acentuar uma assimetria de financiamento entre áreas – já que, diante do histórico deste governo, as Humanidades são preteridas – e gerar concentração de bolsas em determinados núcleos”.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física, o professor Nelson Braga também tem mais perguntas que respostas. “Não sabemos o que dizer para nossos alunos selecionados. Não há como informar quem receberá bolsa”, lamenta.
Seu programa perdeu quatro bolsas de doutorado do CNPq em setembro e há mais sete a serem liberadas até fevereiro. “Serão 11 bolsas a menos de doutorado e uma a menos de mestrado. É um enorme prejuízo para nosso programa”, reclama o pesquisador.
O corte coloca em risco a continuidade dos processos seletivos e a qualidade da formação dos jovens pesquisadores, para o professor Rodrigo Santos, coordenador do Programa de Sociologia e Antropologia do IFCS. “Vamos perder nove bolsas em fevereiro. São elas que garantem a dedicação integral de nossos estudantes. O impacto será muito negativo”, afirma.
Santos levanta preocupações adicionais. “Seleção por edital vai inevitavelmente aumentar a competição entre áreas. Além disso, é possível que estas chamadas incorporem critérios que penalizem as humanidades”.
José Garcia Abreu, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas - Foto: Silvana SáUm dos grandes desafios do ICB é sua fragmentação geográfica, com laboratórios e alas espalhadas pelos vários blocos do CCS. Isso dificulta as interações internas, o convívio e a consolidação de sua identidade espacial que é de um instituto moderno, transversalizado e sem as barreiras e feudos departamentais. Outro desafio é sua assimetria no corpo docente, onde 51% são professores adjuntos buscando consolidar suas carreiras, 37% professores associados em fase de consolidação e 12% professores titulares, alguns podendo se aposentar em curto tempo. O ICB tem três professores eméritos – Radovan Borojevic, Vivaldo Moura Neto e Roberto Lent. Temos um elevado percentual de docentes que não tem espaço para trabalhar ou ampliar seus laboratórios, escassos financiamentos e muitos ainda não estão inseridos no sistema de Pós-graduação. Um caminho para resolver estes dois desafios reside na ocupação e término de nosso novo prédio, cujo projeto foi idealizado na gestão do então diretor, professor Roberto Lent (2007-2014). Desde 2012, tentamos finalizar a construção. Ela tem cerca de sete mil metros quadrados, dividida em três pavimentos e três módulos. Até aqui, conseguimos recursos do Ministério da Saúde, da Finep, de emendas parlamentares e do orçamento da UFRJ. Desde 2017, estamos em vias de ocupar e inaugurar 3 mil m2 equivalentes ao primeiro módulo, que já tem prontos e mobiliados nove laboratórios, seis salas multiusuárias, uma área administrativa e dois andares com dez salas de experimentação animal e dois biotérios. Com a ligação da subestação do CCS que alimenta a subestação do novo prédio do ICB, poderemos testar o pavilhão técnico, toda a infraestrutura de TI, e um potente gerador que ainda não puderam ser ligados. Após a ocupação do primeiro módulo, que será utilizado por cerca de 200 pessoas entre docentes, técnicos e alunos, teremos o desafio de buscar recursos, na ordem de milhões, para concluir os outros dois terços do edifício (que contempla mais 27 laboratórios, 4 auditórios e 4 salas de aula) e integrá-lo com as outras áreas do ICB. Com isso, vamos propiciar um ambiente moderno para o desenvolvimento de pesquisas e a formação de novas gerações. Mas este não será um desafio trivial, ainda mais na conjuntura política e econômica atual. Necessitará de envolvimento de todo o ICB, da administração central da UFRJ e a busca de parcerias para um projeto do instituto futurista alinhado com as necessidades do país e avanços tecnológicos voltados à saúde.
José Garcia Abreu
Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas
foto: Fernando Frazão/Agência BrasilDentre os personagens mais peculiares do governo Bolsonaro – alguns pitorescos, outros nefastos – saltam aos olhos as novas escolhas para as presidências da Funarte e da Fundação Palmares: o maestro Dante Mantovani e o jornalista Sérgio Nascimento. Felizmente (a que ponto chegamos), tamanha foi a reação diante das atrocidades ditas por Sergio acerca da escravidão no Brasil que o governo desistiu de sua nomeação na quarta-feira (dia 11) e, com alguma sorte, ele irá para o ostracismo que merece. Já Dante deve prosseguir no comando dessa importante entidade de fomento à cultura e às artes, apesar de suas declarações absolutemente patéticas.
Não temos capacidade para julgar o maestro pelas suas virtudes musicais, mas talento para conjurar bobagens pueris, ele tem de sobra. Sua frase mais popular é “o rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto. E a indústria do aborto… alimenta… o satanismo.” Claro que tal pérola já seria suficiente para colocá-lo no panteão de nossos grandes beócios, mas estamos longe de esgotar sua “criatividade”. Em mensagem recente numa rede social, Dante afirma que “os terrabolistas (sic) são ótimos em fazer piadinhas acerca da auto-evidente planicidade da superfície terrestre, mas são incapazes de apresentar um único argumento ou prova da delirante esfericidade da Terra”. Ou seja, depois de meses nos referindo figuradamente ao governo Bolsonaro como terraplanista, surge alguém que o é explícita e orgulhosamente. De todas as tendências retrógradas e anticientíficas que se alastraram recentemente, o terraplanismo ocupa um lugar especial. Não por ser a mais perigosa (esse posto talvez seja do movimento antivacina), mas por ser intelectualmente a mais violenta: o volume de evidências a favor da Terra esférica é tão avassalador que negá-las perfaz um trauma agudo à propria inteligência. Imaginem ter que conciliar o terraplanismo com o pôr-do-sol, com as estações do ano, com os eclipses, com os barcos no horizonte, etc, etc, etc… isso para não falar dos milhares de imagens da Terra vista do espaço (todas a apenas um clique de distância) e o fato de que hoje há testemunhas oculares da esfericidade. É praticamente impossível sobreviver a isso sem sequelas.
O “brilho” de Dante ofuscou uma outra nomeação do governo, a de Rafael Nogueira para a presidência da Biblioteca Nacional. Apesar de não ser terraplanista (pelo menos não abertamente), Rafael se junta à lamentável companhia do ministro Abraham Weintraub ao se revoltar contra o “golpe” republicano. Dono de pouquíssimas credenciais além do olavismo exacerbado, Rafael também está sendo muito contestado pelos servidores da biblioteca, mas por enquanto o governo faz ouvidos moucos. Assim como no caso de Dante, é possivel que tenhamos de aturá-lo por um desconfortável período de tempo.
Enfim, é mais uma semana que passa no governo Bolsonaro. Após quase 50 delas, está bastante claro o compromisso com o obscurantismo e a ignorância, disfarçado caricaturalmente de caça aos “comunistas”. Jamais achamos que fosse necessário afirmar algo tão óbvio, mas aí vai: a insciência e a incultura não são o caminho do desenvolvimento. Nem mesmo sob o disfarce de Chicago boy. E, sobretudo, sob a égide de um presidente que além de profundamente ignorante, é antibrasileiro.
N. E.: não apenas a esfericidade mas o tamanho da Terra remontam a pelo menos 2.300 anos atrás, quando o (este sim!) polímata Eratóstenes estimou com considerável precisão a circunferência terrestre. Não se recua mais de dois milênios no conhecimento humano sem sequelas.
Diretoria da Adufrj