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354219385 651797726993986 8061371471565940322 nRoberto Medronho e Cássia Turci - Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)A reitoria eleita da UFRJ acaba de divulgar os nomes dos próximos pró-reitores. Atual presidente da AdUFRJ, o professor João Torres, do Instituto de Física, será o novo pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2). A professora Ivana Bentes, atual pró-reitora de Extensão (PR-5), permanece no cargo. Veja todos os nomes:
Pró-reitoria de graduação (PR-1) – Professora Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes
Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2) – Professor João Torres de Mello Neto
Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3) – Professor Helios Malebranche
Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) – Técnica Administrativo em Educação Neuza Luzia Pinto
Pró-Reitoria de Extensão (PR-5) – Professora Ivana Bentes Oliveira
Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6) – Professora Cláudia Ferreira da Cruz
Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7) – Professor Eduardo Mach Queiroz

WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.50.05Fotos: Alessandro CostaPrepare-se para uma viagem no tempo, na qual todos os seus sentidos serão transportados para séculos atrás. A experiência será vivenciada por 25 professores filiados à AdUFRJ, no dia 30 de junho. A terceira edição de visitas histórico-culturais – projeto promovido pela AdUFRJ – vai conhecer o Real Gabinete Português de Leitura, instituição fundada em 1837 e que, há 136 anos, funciona no mesmo edifício. O prédio de estilo neomanuelino abriga a biblioteca mais antiga em atividade contínua do continente, eleita entre as dez mais belas do mundo.
As inscrições se encerraram em apenas 12 horas desde que a AdUFRJ fez o anúncio do passeio, por e-mail, aos sindicalizados. O sucesso foi tão grande que a diretoria abriu mais uma data para outra turma também de 25 pessoas: dia 7 de julho, às 14h30.
A visita não se limitará às áreas abertas ao grande público. Outros espaços e salas reservados serão apresentados aos docentes sindicalizados. Um deles é a Sala dos Brasões, um auditório que retrata brasões das cidades que existiam quando o Real Gabinete foi inaugurado.
A guia dessa viagem no tempo é a professora Gilda Santos. Doutora em Letras Vernáculas, especialista em Literatura Portuguesa, a docente é aposentada da Faculdade de Letras e vice-presidente cultural e do Centro de Estudos do Real Gabinete. A ideia de fazer a visitação ao espaço partiu dela mesma, quando teve oportunidade de conhecer a “Pequena África”, em 29 de abril. “Lá surgiu a ideia de poder apresentar o Gabinete aos colegas. Há um acervo muito grande. São livros, esculturas, pinturas, mobiliário”, descreve a professora. “Além do átrio central, os professores da UFRJ vão conhecer outras quatro salas”, adianta a professora.WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.50.05 4Professora Gilda Santos
Além de biblioteca, o Real Gabinete funciona como instituição acadêmica. Em 1969, foi criado o Centro de Estudos. Em 2001, a professora Gilda Santos fundou o Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras. “Não conheço nenhuma outra biblioteca no mundo que tenha um centro de estudos funcionando”, afirma. “Sempre houve um diálogo muito intenso entre o Gabinete e a Academia”, destaca a professora. “Funcionamos também como lugar de pesquisa”.
O acervo é formado por 350 mil volumes. Congrega bibliotecas de nomes conhecidos da cultura nacional, como Paulo Barreto, o João do Rio. “Em sua morte, em 1921, seu acervo foi todo doado ao Real Gabinete. Todos os livros que ele escreveu e sua biblioteca particular”, explica a professora. Estão em guarda da instituição, ainda, o diploma de membro da Academia Brasileira de Letras, datado de 1918, a capa, espada e chapéu da ABL, uma pena de ouro, recebida como homenagem dias antes de sua morte, em abril de 1921, e comendas outorgadas pelo Estado Português ao escritor, em 1920.

OBRAS RARAS
Uma das preciosidades expostas ao grande público é um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas, de Luis de Camões. A obra, de 1572, fica protegida por um vidro na grande sala de leituras.
Outras obras de destaque são os manuscritos de “Dicionário da Língua Tupi”, de Gonçalves Dias (1858), “Ordenações de Dom Manuel”, de Jacob Cromberger (edição de 1521), “Sermões do Padre Antônio Vieira” (1689) e o manuscrito do romance “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco (1861).
Alguns exemplares de obras raras ou manuscritos podem ser consultados por pesquisadores, desde que haja autorização especial. Já a consulta ao acervo geral pode ser feita por todos os leitores no salão da biblioteca. Sócios têm o privilégio de pegar livros emprestados por até 15 dias, desde que sejam de edições posteriores a 1950.

PONTO DE TURISMO
WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.41.15Desde que entrou no rol das bibliotecas mais bonitas do mundo, o Real Gabinete passou a ser procurado por turistas brasileiros e estrangeiros. A visitação saltou para uma média de mil pessoas por dia. “Na sexta-feira, após o feriado (de Corpus Christi), a fila para conhecer o Gabinete ia da porta ao Largo do São Francisco de Paula”, espanta-se a professora Gilda Santos. Uma distância de quase 200 metros.
A reportagem esteve no espaço último dia 13 e encontrou Mayara dos Santos, com o marido Thierre e a filha do casal, a pequena Lídia. Todos encantados com o edifício. “Achamos lindo! Parece um cenário de filme antigo, daqueles bem clássicos”, disse Mayara, que é estudante de Letras da Uerj. “É aconchegante. Parece que estamos entrando em outra dimensão. É incrível que um espaço desse esteja tão pertinho e muita gente ainda não conheça”.
Para conhecer, os professores filiados à AdUFRJ que desejarem fazer a visitação do dia 7 de julho devem se inscrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O Real Gabinete Português de Leitura fica na Rua Luís de Camões, 30 – Centro.

História
Fundado em 14 de maio de 1837, o Real Gabinete Português de Leitura é a mais antiga associação criada por portugueses no Brasil após a independência do país, em 1822.
A primeira sede foi na antiga rua de São Pedro, 83 – incorporada à Av. Presidente Vargas em 1943. Anos depois, transferiu-se para a Rua da Quitanda e para a Rua dos Beneditinos. A sede atual foi erguida em 1887, pela Princesa Isabel.
A fachada do prédio apresenta estátuas de Pedro Álvares Cabral, Luis de Camões, Infante Dom Henrique e Vasco da Gama.

WhatsApp Image 2023 06 07 at 18.04.27 2Processo eleitoral do Andes, projeto de lei que acaba com a lista tríplice para reitores e Campanha Salarial 2024. Esses foram os principais temas do encontro do setor das instituições federais de ensino do sindicato nacional, ocorrido nos dias 3 e 4 de junho, em Brasília. A professora Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, representou a seção sindical.
No primeiro dia de debates, a dirigente parabenizou a participação dos professores nas eleições do Andes e enalteceu o engajamento dos docentes da UFRJ. “A participação dos professores é um importante sinal em termos de avaliação do processo de condução do movimento sindical”, disse a professora.
Mayra destacou, no entanto, que, enquanto na UFRJ houve participação recorde, o movimento nacional não acompanhou a tendência de crescimento nas urnas. “Tenho orgulho de fazer parte de um movimento docente que encontra eco na categoria, que se entende como um movimento responsável por representar todos os professores, sem sectarismo”, analisou Mayra.
A conjuntura nacional também fez parte da análise de Mayra Goulart. “No tocante ao setor público, o diálogo leva em conta o fato de que estamos diante de um governo que apoiamos desde os primeiros momentos de sua candidatura e com o qual temos orgulho de dialogar”, defendeu. “Isso não significa que nós apoiaremos todas as decisões do governo. Pretendemos manter a crítica e o tensionamento sempre que necessário”, afirmou a professora, que sugeriu realizar um amplo debate sobre o Marco Temporal.
Quem também criticou o processo eleitoral do Andes foi a professora Andrea Stinghen, presidente da APUFPR, a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná. “A eleição nacional não conseguiu mobilizar a base por ter sido totalmente presencial. Mais de 50% dos associados são idosos, a locomoção é complicada”, justificou.
Na UFPR, assim como na UFRJ, houve votação recorde para a escolha da última diretoria, com eleição remota. “Eles defendem eleição presencial como mais democrática. Isso é uma falácia”, afirmou à reportagem da AdUFRJ. “Há um paradoxo nesse argumento: como há mais democracia, se há menos participação? Se atinge menos pessoas?”, questionou a professora. “Não queremos representar a todos os docentes? Eu quero ser representante de todos os professores da minha base”.
A escolha de reitores fez parte das discussões do segundo dia. A proposta do Andes estende a discussão também para instituições de educação básica que têm reitorias, como é o caso, por exemplo, do Colégio Pedro II e de muitos institutos federais.
A professora Mayra Goulart apresentou a proposta do Observatório do Conhecimento. “Já conquistamos consenso entre Andifes (associação de reitores), SESu e MEC. Nossa proposta encerra a lista tríplice, sem indicar o processo de escolha por cada universidade”, explicou Mayra, coordenadora da rede. “A ideia é não incorrer nos erros anteriores e perder mais uma janela de oportunidade de fechar a porta das intervenções por parte de eventuais presidentes de extrema-direita que possam chegar ao poder”, afirmou a professora. Neste mês de junho, o Observatório prepara, em parceria com parlamentares ligados à Educação, uma audiência pública para discutir o projeto.
Em relação à Campanha Salarial 2024, os professores discutiram critérios para a mesa de negociação permanente e a criação de uma mesa setorial, para tratar especificamente de questões relativas à carreira do magistério superior.
Também houve acordo para que as seções sindicais façam pressão junto aos parlamentares de seus estados em apoio a um novo reajuste para o ano que vem, já que os 9% conquistados em 2023 são insuficientes para dar conta da inflação dos últimos anos.

WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.50.06 2CNEN Odair durante reunião da Comissão de Minas e Energia, em março de 2011 - Foto: Leonardo Prado/Câmara dos DeputadosProfessor devotado à universidade pública, profissional rigoroso, homem culto e elegante. Essas são as características que colegas, ex-alunos e familiares vão guardar do professor titular Odair Dias Gonçalves, falecido no último dia 11. Ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e fundador do curso de Física Médica, o mestre deixa uma legião de admiradores.
“Sinto que perdi um membro da minha família”, lamenta a vice-diretora do Instituto de Física, professora Simone Cardoso. “O Odair era como um pai. Eu o considerava como meu pai acadêmico, o pai da profissão. Eu o tinha como referência”.
Simone fala com propriedade por tê-lo conhecido logo no primeiro dia da graduação, há 30 anos. E de ter contado com sua orientação até o doutorado. “Os alunos que não trabalhavam com ele tinham um medo inicial, porque era uma pessoa muito séria e exigente. Mas, depois de transposta essa barreira, você pode ver como era a relação pelas postagens de homenagem nas redes sociais”.
A vice-diretora cita uma publicação do Centro Acadêmico de Física. “Odair, coordenador da Física Médica, era aquele professor que a maioria tinha um certo medo de entrar em contato. Mas depois de conhecê-lo de perto, mudávamos totalmente de opinião”, escreveram os estudantes, no dia seguinte ao falecimento. “Por diversas vezes, ele demonstrou admiração e respeito pelo CAFís e por tudo que um centro acadêmico representa. Sempre nos foi muito solícito, conselheiro e amigo”.WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.42.39CONGRESSO de Física Médica em Porto Alegre, em 2018, rodeado de alunos - acervo pessoal/Felipe Marques

PIONEIRISMO
O curso de Física Médica, criado em 2000 — um dos primeiros do país — era um dos “xodós” do docente. “Ele se dedicou muito à criação do curso de Física Médica. Preparou tudo para a abertura e até os últimos dias, mesmo doente, quis se manter como coordenador do curso”, conta Simone. O bacharelado forma físicos capazes de atuar com especialistas da área médica, fornecendo os requisitos mínimos para o exercício da profissão na radiologia, radioterapia e medicina nuclear.
A professora titular Ginette Jalbert também elogia o pioneirismo de Odair. “Pude observar o prestígio que ele tinha entre seus colegas de departamento e os alunos, suas atividades acadêmicas e políticas. Principalmente a “coragem” e a persistência de criar a especialidade em física aplicada (Física Médica) num instituto com forte tendência à Física Teórica”, diz. “Essa criação foi um salto enorme do instituto, abrindo novas possibilidades não só em Física Médica como em outras áreas aplicadas”.
Ex-alunos, como Felipe Marques, são só agradecimentos. “Ele foi muito importante nas minhas decisões acadêmicas e profissionais”, diz o jovem, que começou a graduação na Engenharia, mas, cativado, decidiu migrar para a Física Médica. “Ele desafiava a gente. Conseguia fazer a gente se interessar de uma forma que não encontrei em nenhum outro professor da UFRJ”.
Da convivência, Felipe destaca ainda o lado culto do antigo mestre. “Era um leitor ávido. Tinha um biblioteca em casa da qual tinha muito orgulho”. E revela. “Uma vez, me disse que tinha vontade de escrever um livro. Perguntei sobre o quê, já imaginando que seria um livro didático e ele me surpreendeu dizendo que seria um romance policial”.
WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.42.16FAMÍLIA UFRJ Karín; Thiago; Hebe e Odair, em 2006, na Califórnia - acervo pessoal/Thiago SignoriniA generosidade com os alunos ainda é registrada pela professora Regina Cely, da Uerj. “Odair foi uma pessoa importante porque me aceitou orientar no doutorado nos anos 90. Ele me deu oportunidade de fazer a ligação entre a engenharia nuclear e a física, o que era uma coisa muito nova”.
Foi com Odair e outros colegas que Regina publicou seu primeiro artigo científico em 1998. “Escrevi e levei para ele ler (a primeira versão). Achei que estava arrasando”, brinca. Depois ele retornou. “Olha, você escreve bem, mas cientificamente, você vai aprender. Foi me dando as dicas. Escrever em inglês “cientifico” é mais técnico, mais direto. E, a partir desse artigo, muitos outros vieram”, relembra.

O DANÇARINO
Já a professora Ana Maria Senra conheceu Odair no final de 1978, no mestrado. “O IF estava crescendo. Havia muitos professores auxiliares de ensino e colaboradores entre os alunos da pós-graduação”. Era um tempo de ebulição política. No ano seguinte, surgiu a AdUFRJ. “Na época, o movimento dos docentes universitários estava nascendo e participamos juntos das assembleias de professores, das passeatas, das greves e das suas atividades”.
Da amizade de mais de 40 anos, a docente conta uma curiosidade que talvez poucos imaginassem do professor sempre muito sério. “O Odair gostava muito de dançar. Costumávamos fazer festas para dançar e não perdíamos um Docente Dançante, os famosos bailes da AdUFRJ”, revela. “Ele tinha uma expressão corporal muito forte, impossível não percebê-lo em um ambiente. Inclusive, foi professor de Expressão Corporal na Escola de Dança da Angel Vianna”.
O filho, Thiago Signorini Gonçalves, confirma. “Ele tinha muitas facetas que as pessoas não conheciam. Meus pais nasceram no mesmo ano (1952) e quando fizeram 50, eles decidiram fazer a ‘festa dos 100 anos’. Acho que muita gente na festa se surpreendeu porque meu pai tinha essa experiência toda de dança. E era bonito de ver os dois dançando”.WhatsApp Image 2023 06 15 at 18.42.16 1EM VIENA: professor visitou muito a cidade, sede da Agência Atômica Internacional - acervo pessoal/Thiago Signorini

FAMÍLIA UFRJ
Thiago, que é professor do Observatório do Valongo, atribui muito da escolha profissional aos pais. A mãe, Hebe Signorini, que faleceu ano passado, também era docente do Instituto de Psicologia. “Eu consegui viver muito o ambiente acadêmico. Tive muito apoio. Da Física em particular, tenho uma influência muito grande. Falava muito de física com meu pai”.
A situação das universidades era tema recorrente dos almoços de família, ainda mais quando Thiago e a esposa Karín Menéndez-Delmestre se tornaram docentes da Astronomia da UFRJ. “A gente falava muito da UFRJ o tempo todo. Meu pai era um defensor da universidade pública. Sempre valorizou isso”.
O tempo em que o pai ficou à frente da Comissão Nacional de Energia Nuclear era outro tópico das conversas. “Foi muito interessante ele ter sido chamado, porque ele não tinha nenhum envolvimento com qualquer partido político, nenhum apadrinhamento. Ele simplesmente participou do grupo de transição. Foi claramente uma indicação técnica. Tinha muito orgulho disso”.
E não só disso. No memorial para o concurso de Titular, em 2019, o professor Odair escreveu que os resultados do trabalho de toda uma vida, não só na pesquisa básica, mas na aplicada, na educação, e não menos importante, no IF e na CNEN, “fizeram e ainda fazem diferença, principalmente para os alunos que ajudei a formar e ainda estou formando”. O texto é encerrado com convicção: “Tenho orgulho de minha carreira e não me arrependo de minhas opções”.

WhatsApp Image 2023 06 07 at 18.04.27 5Fotos: Fernando SouzaPor Francisco Procópio

‘Vim para este passeio para conhecer um pouco mais da história do lugar em que moro”, contou Irina Nasteva, professora de Física de Partículas da UFRJ, que participou da segunda edição do Passeio Histórico e Cultural pela Pequena África, atividade promovida pela AdUFRJ, na manhã de sábado, 3 de junho. Foram mais de três horas de visita guiada no Centro do Rio.
O guia foi o professor Gabriel Siqueira que, de berimbau na mão e muito zelo por nossas raízes africanas, contou detalhes de uma das páginas mais tristes da história brasileira, o tráfico de negros.
O passeio começou na orla da Baía de Guanabara e terminou no Cais do Valongo — ali passaram mais de mais de um milhão de pessoas, negociadas como objetos entre os anos de 1811 a 1831. O lugar foi o maior porto receptor de africanos escravizados do mundo naquele período e hoje é uma espécie de museu a céu aberto em que o público revive a dor dessa enorme ferida brasileira. “A cidade era um grande cativeiro”, resumiu o guia Gabriel Siqueira.
A aula de Gabriel encantou os 24 docentes da UFRJ que participaram do passeio. “Gostei muito. Ele parte da ótica de afrodescendente”, elogiou a professora de Direito Administrativo, Carmen Lúcia Macedo. “Eu já conhecia um pouco da região, mas a curadoria de assuntos que o Gabriel fez é ótima”, emendou o professor de Biologia, Rodrigo Martins . “Eu achei fantástico, estou supersatisfeita”, comemorou Milena Bodmer, professora aposentada da Coppe.
O passeio foi idealizado por Ana Lúcia Fernandes, diretora da AdUFRJ e professora da Faculdade de Educação. “Eu já tinha feito esse passeio com oWhatsApp Image 2023 06 07 at 18.04.27 6Ana Lúcia e Gabriel Siqueira Gabriel e o indiquei porque conta a história de outro ponto de vista, com base em um reconhecimento histórico da cultura africana”, explica. “Iniciativas assim retratam nosso jeito de fazer sindicalismo e que busca novas formas de atividade política”.
A diretoria da AdUFRJ planeja outras atividades histórico-culturais e, em breve, divulgará as datas e a forma de inscrição.

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