Que bom que me foi passada a palavra, às vezes a democracia funciona, é bom a gente ver que às vezes isso acontece. Eu só posso dizer, em nome de todos os professores e professoras que estiveram junto conosco ao longo de toda essa campanha, da alegria que a gente sentiu em todos esses poucos dias. A gente precisa também marcar isso, foi um período muitíssimo curto para começar a instaurar algum debate de novo nessa universidade. Mas a gente fez isso com muita alegria, e agradecemos não só os 430 votos que a gente recebeu, mas os 1.177 votos dos que foram às urnas, porque, sem dúvida nenhuma, cada um desses votos está, ao fim e ao cabo, celebrando e fazendo acontecer a democracia nessa universidade. E me parece, ao menos nos discursos, que é o que todos nós buscamos para a nossa universidade. Que a gente tenha aí dois anos de mandato com muito debate democrático, de compromisso de que as instâncias de atuação do sindicato, não só, mas principalmente dentro da universidade, de fato sejam exercitadas nesses dois anos. E que a gente tenha espaço para seguir, como ao longo dessa campanha, colocando e expondo as nossas diferenças. A gente aprendeu nesses 30 dias corridos de campanha que a gente tem uma universidade com muito pouca mobilização, pouco acúmulo de debate sobre as questões que nos assolam, e não são poucas. A gente está numa conjuntura que logrou a justiça mínima com a condenação de Bolsonaro no dia 11 de setembro, mas que mostra uma universidade descrente nos movimentos políticos internos, e a gente precisa muito resgatar isso. A maior do Brasil precisa resgatar esse movimento de debate político interno, e a gente vai seguir soprando os nossos dentes-de-leão porque a nossa universidade precisa florescer.