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Marcha cobra valorização dos servidores públicos

Plenária dos SPF marca mobilizações nos estados em 15 de maio, Dia Internacional de Luta Contra as Remoções promovidas pela Copa do Mundo, e 12 de junho – data do primeiro jogo do campeonato mundial de futebol

Fasubra e Sinasefe arrancam reunião com MPOG e SESu/MEC

Mais de cinco mil trabalhadores marcaram presença no coração de Brasília na Marcha dos Servidores Públicos Federais (SPF) dia 7. A luta por serviços públicos de qualidade, contra as privatizações e pela valorização do funcionalismo federal foram as principais pautas que levaram os manifestantes a enfrentar o forte sol. Eles ocuparam a Esplanada dos Ministérios por toda a manhã.

A concentração para o ato teve início às 9h, em frente à Catedral de Brasília. Aos poucos, chegavam ônibus de todo o país, trazendo servidores das diversas categorias representadas no Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, para exigir seus direitos e protestar contra o descaso do governo federal. Às 11h, começou a Marcha, que fechou pistas da Esplanada e partiu em direção ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Lá, os manifestantes encontraram-se com as delegações de Fasubra e Sinasefe, que, desde a madrugada, trancavam as entradas do ministério, cobrando do governo a abertura de negociação sobre as reivindicações de suas greves. 

Marinalva Oliveira, presidente do Andes-SN, falou aos demais servidores sobre os ataques que o governo promove contra o serviço público. Ela lembrou que hoje há uma inversão de prioridades e que o governo investe cada vez mais dinheiro público em esferas privadas. Marinalva ainda apontou que a Marcha era vitoriosa pela mobilização das categorias e que a hora é de intensificar a luta nos locais de trabalho para conseguir pressionar ainda mais o governo federal para que negocie com os SPF. 

Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, também se dirigiu aos manifestantes. O dirigente afirmou que o governo federal investiu R$ 34 bilhões na Copa do Mundo, enquanto deixa o serviço público de lado, o que demonstra que “nesse governo, quem ganha são os empresários e a Fifa”. Barela ainda lembrou que o governo tem realizado políticas de isenção fiscal para setores do empresariado, mas segue sem investir nos serviços públicos de qualidade para a população. “É hora de pegarmos o exemplo dos garis do Rio de Janeiro, dos rodoviários de Porto Alegre, e de muitas outras categorias em luta pelo país para unificar nossas lutas e avançar na conquista de direitos”, destacou.

O representante da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Marizar Mansiglia, saudou os militantes que resistem contra os ataques do governo federal do serviço público. “Esse ato simboliza a nossa arrancada para combater o entreguismo do serviço público por parte da Dilma” afirmou. 
 
Entidades pressionam e são recebidas
Na madrugada de 7 de maio, Fasubra e Sinasefe bloquearam as entradas do bloco C da Esplanada, onde funcionam algumas secretarias do Ministério do Planejamento, entre elas a Secretaria de Relações do Trabalho. A ação serviu para pressionar o governo federal a se reunir com as entidades, que continuam paralisadas: uma comissão formada por coordenadores e representantes dos Comandos Nacionais de Greve foi recebida pelo secretário da SRT/MPOG, Sérgio Mendonça, e pelo secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller.
Depois de muita conversa, os trabalhadores conseguiram dos representantes do Executivo o compromisso de uma resposta às pautas das categorias num prazo de 15 dias. Uma nova reunião foi agendada para o dia 22 de maio.
 
De acordo com o informe das entidades, o governo sinalizou que há pouca ‘margem de manobra’ para negociar com os trabalhadores da educação federal, mas que buscaria dar retorno até a próxima reunião.

“A vitória de hoje foi um sinal claro de que só a mobilização e o fortalecimento da greve vai fazer com que sejamos atendidos. Vamos ampliar a nossa luta e assim conseguir com que o governo aumente também sua margem de manobra”, ressaltou Alexandre Fleming, coordenador geral do Sinasefe. 

Terminada a ocupação do ministério, Fasubra e Sinasefe juntaram-se à Marcha, que seguiu em direção ao acampamento da Fasubra, na no gramado central da Esplanada em frente ao Museu da República, onde o ato foi encerrado. 

Plenária dos SPF
À tarde, os trabalhadores das entidades do Fórum dos SPF se reuniram em plenária, na tenda do acampamento da Fasubra, para avaliar o ato e tirar encaminhamentos para as próximas ações.

Foi aprovado incorporar no calendário dos servidores federais mobilizações nos estados em 15 de maio, Dia Internacional de Luta Contra as Remoções promovidas pela Copa do Mundo, e 12 de junho – data do primeiro jogo do campeonato mundial de futebol. Uma nova reunião do Fórum dos SPF foi agendada para 20 de maio, em Brasília. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

Análise sobre a evolução salarial dos docentes doutores em regime de dedicação exclusiva ilustra isso

Proposta do Andes-SN, por sua vez, reconhece trabalho do professor

O governo não escreve isso em lugar algum, mas todos os seus movimentos em relação à carreira dos professores visam à diminuição dos recursos para a educação pública. A tática é promover aumentos (nem tão significativos) para os poucos que estão no topo da carreira e “rifar” os demais segmentos. Se puder dificultar o acesso aos níveis mais altos, melhor ainda, no ponto de vista dos burocratas do Ministério do Planejamento.

Foi assim em 2006, quando da criação da classe dos Associados: automaticamente, todos os aposentados represados como Adjuntos foram jogados para escanteio. E quem estava (está) na ativa precisa galgar, desde então, mais quatro “degraus” para chegar a Titular. 

Veja a tabela de COMPARAÇÃO CARREIRA ÚNICA ANDES-SN COM PISO ATUAL X CARREIRA ATUAL

Ao final da greve de 2012, o governo novamente ignorou as reivindicações do movimento docente. Embora tenha acatado uma demanda importante, a dos 13 níveis com a classe de Titular incorporada à carreira, e tendo recuado da proposta de criar mais quatro degraus de “professor sênior”, fez o descarte de alguns níveis nas classes mais baixas, precarizou o estágio probatório e criou uma tabela de remuneração aparentemente caótica, mas com uma lógica específica de redução de custos. Também obrigou ao ingresso de todos os professores novos pelo nível inicial, mesmo aqueles portadores do título de mestrado ou doutorado.

Por exemplo, passou a economizar a diferença de vencimento básico entre um Adjunto 1, nível no qual entrava anteriormente um doutor (hoje em R$ 4.484,99), e um Adjunto-A (denominação dada aos doutores ingressantes), de R$ 3.804,29. Ou seja, quase R$ 700 por mês, enquanto durar o estágio probatório, de cada novo efetivo. Em todas as federais.

Disparidades visíveis

Mas não para por aí. O governo criou uma carreira completamente desestruturada. Uma forma de demonstrar a falta de lógica da atual carreira é calcular os percentuais entre cada nível. Como exemplo, a tabela desta página mostra a evolução salarial dos professores com doutorado em regime de dedicação exclusiva.

Há disparidades visíveis na promoção (entre classes). De Adjunto 4/D III 4 para Associado 1/D IV 1, há um salto de 31,15%. De Assistente 2/D II 2 para Adjunto 1/D III 1, o aumento é de apenas 8,02%. Já de Associado 4/D IV 4 para Titular, o percentual é ainda menor: 5,96%.

A progressão dentro das próprias classes, embora não apresente nenhum absurdo como na promoção, também não segue nenhuma linha clara. Não há sequer um único percentual coincidente. E diversas diferenças entre os níveis são irrisórias: algumas são inferiores a 2%.

Proposta do Andes-SN segue a lógica de reconhecimento do trabalho docente

Para efeito de comparação, nas colunas à direita, demonstramos como os salários ficariam caso a progressão e promoção seguissem a lógica da carreira construída e defendida pelo Andes-SN, de 13 níveis, simplesmente numerados. Mesmo com o piso atual imposto pelo governo federal (professor em regime de 20 horas, cujo vencimento básico corresponde a R$ 1.966,67), a distribuição uniforme dos aumentos percentuais (sempre 5%) da carreira corrige diversas distorções e melhora o salário em todas as situações: que ficam de 15,87% a 44,27% superiores aos atuais. Vale destacar que o piso defendido pelo Andes-SN é o do salário mínimo necessário calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ou seja, R$ 2.992,19, em março deste ano.

Nos Adjuntos, segmento mais numeroso dentro da carreira do magistério superior, concentram-se quatro das cinco maiores defasagens entre a proposta de carreira única do Andes-SN e os salários em vigor, mesmo considerando o piso atual do governo: os já referidos 44,27% (para Adjuntos 4); 42,12% (Adjuntos 3); 39,51% (Adjuntos 2); 35,98% (Adjuntos 1). Apenas para Assistentes 2, haveria uma defasagem semelhante (39,90%).

 

Regulamentação restritiva para alcançar “topo”: coincidência ou não?

Como se não bastasse o projeto de governo que não privilegia a educação pública destruindo a carreira docente, na UFRJ há setores dançando conforme a mesma música. Senão, como explicar propostas que impediriam ou dificultariam bastante a ascensão funcional dos professores? Por exemplo, à classe dos Associados (no qual ocorre o disparatado salto de 31,15%). Será que o trabalho da categoria não deve ser valorizado de forma plena? Será que o conjunto dos docentes não deve perceber maiores salários?  

A reportagem da Adufrj-SSind tentou conseguir junto à Pró-reitoria de Pessoal números atualizados da distribuição dos professores entre as classes, mas não obteve sucesso. Mas em outubro de 2011, os Associados e Titulares da UFRJ não chegavam a somar nem 30% de toda a categoria, contando ativos e aposentados. 

Hoje, com os novos concursos (lembrando: com todos ingressando no nível inicial), tudo leva a crer que o grupo fora das classes superiores deve ter aumentado, proporcionalmente.

 

Nota da Redação: Anunciamos que seria divulgada nesta edição como ficariam os salários dos professores, conforme a proposta de carreira única do Andes-SN. Mas preferimos mostrar esta comparação entre a carreira atual e a carreira Andes-SN (utilizando o piso da lei em vigor). No site da Adufrj-SSind, os interessados podem conferir como seriam os salários da carreira única proposta pelo Sindicato em todos os regimes de trabalho e com todas as titulações, que utiliza como piso o salário mínimo do Dieese.

Adufrj-SSind reúne-se com reitor e pede informações sobre a infraestrutura da UFRJ

Expansão desordenada da universidade preocupa

No dia 6, a diretoria da Adufrj-SSind reuniu-se com o reitor Carlos Levi. A expansão da UFRJ pós-Reuni sem a devida infraestrutura física e de pessoal foi um dos principais temas do encontro. Os diretores solicitaram informações sobre as condições de trabalho na universidade, com destaque para obras em andamento. Além do número de ingressantes pós-Reune em relação à quantidade de novos professores.  A reitoria comprometeu-se a responder ao pedido. Na mesma audiência, Carlos Levi reforçou que a Comissão Permenante de Pessoal Docente (CPPD) não retirou sua proposta de regulamentação interna da carreira docente, como chegou a ser alardeado em alguns Centros, nos últimos dias.



Novo outdoor da Adufrj-SSind trata do tema

Coincidentemente, a audiência com o reitor ocorreu poucos dias após a instalação do novo outdoor da Adufrj-SSind, em homenagem ao Dia do Trabalhador, que cobra uma melhor infraestrutura dentro da UFRJ para que professores, técnicos-administrativos e estudantes desempenhem suas atividades.

A novidade deste painel é a existência de um código QR que, após escaneado pelo aplicativo apropriado do celular, remete para um perfil criado pela Seção Sindical, no facebook. O objetivo da página eletrônica (https://www.facebook.com/condicoesdetrabalhoufrj) é estimular a comunidade acadêmica a compartilhar imagens e breves descrições de problemas encontrados no cotidiano da universidade.

Instalado na lateral do ex-Canecão, zona sul do Rio, o outdoor foi elaborado pelo GT Comunicação e Artes da Adufrj-SSind.

12051222Código CR é a grande novidade deste outdoor. Foto: Kelvin Melo - 05/05/2014


Anúncio foi feito em reunião no Rio, dia 8 

Da Redação

Um encontro nacional no segundo semestre será realizado pela Comissão da Verdade do Andes-SN. O objetivo da reunião – que será precedida de encontros regionais – é reunir o resultado das investigações sobre o impacto da ditadura na vida dos docentes. O anúncio do evento foi feito na quinta-feira 8, durante reunião da Comissão realizada na Faculdade Nacional de Direito, aqui na UFRJ.

Esse encontro nacional também servirá para consolidar posições na defesa da revisão da Lei da Anistia e da responsabilização criminal de torturadores e dos envolvidos no desaparecimento de perseguidos políticos. Como se sabe, a Lei da Anistia aprovada pelo Congresso em 1979 livra os agentes da repressão política de punições. Essa lei foi considerada constitucional pelo STF em decisão polêmica. 

As conclusões do encontro nacional da Comissão da Verdade do Andes-SN serão encaminhadas à Comissão Nacional da Verdade que deverá fechar o seu relatório no início de 2015, segundo explicou o coordenador da Comissão, Márcio Antônio de Oliveira.

A reunião de quinta-feira decidiu, ainda, tomar algumas providências para acelerar os seus trabalhos. Uma delas, proposta pelo professor Elídio Borges Marques, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH)/UFRJ e membro da Comissão, foi a da criação de um espaço virtual que permita o compartilhamento de informações. Dados sobre prisões, mortes e expulsão de professores e funcionamento do aparelho repressivo nas universidades serão direcionados para o arquivo na rede. 

A Comissão da Verdade do Andes-SN procura se articular com comissões da verdade de outras entidades. Na reunião de quinta, por exemplo, estavam lá uma representante do Conselho Federal de Serviço Social (Juliana Iglesias) e dois pesquisadores do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Antônio Brunheira e Amanda Menconi).

As marcas da ditadura na UFRJ

A professora Luciana Boiteux, 1ª vice-presidente da Adufrj-SSind, participou da reunião. Luciana representa a Seção Sindical na Comissão da Verdade da UFRJ. A professora destacou a importância das investigações sobre as ações da ditadura nesta universidade, uma das mais visadas pelo regime militar. Ela defendeu “a ampliação e o aprofundamento das discussões sobre a atuação da ditadura civil-militar na UFRJ e as suas marcas até hoje, e do fortalecimento da nossa Comissão da Verdade”.

 
 
Operário era alvo
ComissaodaverdadePesquisadoresPesquisadores Amanda Menconi e Antônio Brunheira. Foto: Marco Fernandes - 08/05/2014A ditadura mantinha uma estrutura regular de monitoramento dos operários das grandes indústrias do Vale do Paraíba, em São Paulo, com participação direta da direção das empresas. A informação foi obtida por meio de levantamento feito pelos pesquisadores Amanda Menconi e Antônio Brunheira, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Na região, estão (ou estavam) instaladas companhias como a Embraer, GM, Philips, uma unidade da Petrobras, Kodak.
 
De acordo com as pesquisas de Amanda e Brunheira, a repressão criou o Centro Comunitário de Segurança (Cecose) que reunia representantes das polícias militar e civil vinculados à repressão política, do Centro de Informação da Aeronáutica, segurança e, em alguns casos, chefes de recursos humanos das empresas que mantinham uma espécie de índex com a lista de trabalhadores visados pela polícia.

Juliana Iglesias, representando o Conselho Federal de Serviço Social, fez um relato sobre o projeto “Memória e resistência contra a ditadura” desenvolvido pelo órgão. Participaram, ainda, da reunião Antônio Lisboa e Edson Teixeira, da Comissão do Andes-SN, e Lucia Helena, da Seção Sindical da Universidade Federal de Uberlândia.
 
 
 
Contra os resquícios de autoritarismo na UFRJ
CLN do Consuni indica que os estudantes são livres para elegerem suas representações nos colegiados
A ditadura acabou há cerca de 30 anos, mas a comunidade acadêmica luta contra seus vestígios na universidade até hoje. A Comissão de Legislação e Normas do Conselho Universitário apresentou, no último dia 8, parecer segundo o qual os estudantes devem ser eleitos pelos seus pares nas diversas instâncias e colegiados da UFRJ. O documento foi provocado pela Comissão de Sindicância de um dos processos instalados contra o diretor da Faculdade de Educação Física e Desportos, Leandro Nogueira. O diretor organizou eleições paralelas e cassou o direito à livre representação e organização autônoma dos alunos daquela Unidade.

Houve intensas manifestações de solidariedade aos estudantes da EEFD. O reitor esclareceu que se tratava de reconhecer a “resolução do CEG que estabelece o princípio de que as representações discentes são de responsabilidade privativa do seu segmento”. Gabryel Henrici, da bancada estudantil, alertou para o comportamento autoritário e antidemocrático do diretor: “Todas as medidas realizadas pelo Leandro lembram a ditadura militar, que também cassou a voz dos estudantes. A UFRJ não pode, de maneira alguma, ser conivente com suas ações”.

O professor Felipe Acker (Associados do CCMN), porém, pediu vistas ao parecer da CLN, alegando que o documento (que trata de representação estudantil) abre precedente para a Adufrj-SSind “amanhã querer indicar seus representantes” no Conselho Universitário.

Ato no dia 6 criticou diretor da EEFD
Diante do bandejão central, dezenas de estudantes da UFRJ foram alertados para a ameaça do autoritarismo no campus universitário, dia 6. O ato foi convocado por dirigentes do DCE Mário Prata que acusam o diretor da Unidade, Leandro Nogueira, de perseguição política ao centro acadêmico daquela Unidade. A manifestação teve a participação da Adufrj-SSind e de um representante dos estudantes que moram no alojamento.

Na ocasião, o presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro, manifestou sua solidariedade aos estudantes da Educação Física. Segundo ele, é essencial a ampliação dos espaços de participação dos alunos e técnicos-administrativos nas instâncias de decisão da universidade.

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