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Professores defendem união contra reformas

Texto e fotos: Kelvin Melo
Enviado especial a Cuiabá

A hora é de unidade. Este foi o mantra repetido em todos os momentos do 36° Congresso do Andes, realizado em Cuiabá (MT). Uma das mais importantes resoluções do encontro foi a indicação de 15 de março como um Dia Nacional de greves, paralisações e mobilizações contra as medidas do governo Temer que retiram direitos da categoria, em especial a reforma da previdência. Aproximadamente 500 professores participaram do encontro, 16 somente da delegação da Adufrj.

A expectativa dos congressistas é articular uma greve geral com as diversas centrais sindicais e movimentos sociais. “Vamos esperar que haja a unidade que não encontramos frente à PEC do teto de gastos. Com serenidade para procurar aliados da forma mais ampla possível. Se não trouxermos os setores não estatais para o enfrentamento, teremos poucas possibilidades de barrar a reforma da previdência ou negociá-la”, afirmou Carlos Frederico Leão Rocha, 1º vice-presidente da Adufrj.

Nos debates de Cuiabá, duas posições apareceram mais consolidadas: um grupo entende que o protesto só deve ir adiante, se todos os setores produtivos aderiram à greve; outro avalia que uma greve da área da educação pode “puxar” os demais setores. As assembleias de base vão definir se os professores vão participar das atividades do dia 15 e de qual forma.

A indicação do congresso do Andes tomou como base a paralisação, nesta mesma data, apontada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Um encontro da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, realizado em Fortaleza (CE), nos últimos dias, também definiu adesão a uma jornada de lutas entre 8 e 15 de março. 

delegacao
Delegação da UFRJ em Cuiabá: Carlos Frederico Rocha; Angélica Nakamura; Regina Pugliese; Luciana Boiteux; Cristina Miranda;Mariana Trotta; Walcyr de Oliveira; Glaucia Elis; Claudia Piccinini ; José Henrique Sanglard; Renata Flores; Sara Granemann;Luciano Coutinho; Tatiana Rappoport. Gilberto Zanetti e Elidio Borges (não estão na foto, mas foram ao evento).


eblin site



Nosso horizonte deve ser a construção da greve geral. E isso não deve ser tarefa só do Andes — Sindicato Nacional.

Eblin Farage

Presidente do Andes


 

boulos site


A PEC 55 foi o maior ataque à Constituição de 88 desde que ela foi promulgada. Foi uma desconstituinte. Inviabiliza os serviços públicos.

Guilherme Boulos
Líder do MTST



sara site


Austeridade é dirigida só aos trabalhadores. Não existe isso contra os capitais. Por isso, este ataque (à previdência) não é localizado só no Brasil.

Sara Granemann
Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ


Vigilante é roubada no Hospital Universitário

Dois assaltantes levaram a arma e o rádio de comunicação de uma vigilante do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. A assessoria da unidade divulgou hoje uma nota sobre o incidente, que ocorreu nesta terça (31), por volta de meio-dia e meia. Não se trata de caso isolado. Na sexta, de manhã, um professor teve o carro roubado. A direção do hospital cobra providências para “garantir a integridade de profissionais e pacientes”.

                    
Confira a nota da direção abaixo:

"O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) informa que, nesta terça-feira (dia 31), por volta de meio-dia e meia, dois homens renderam a vigilante do Serviço de Radioterapia do hospital e levaram sua arma e o rádio de comunicação. O setor fica na parte externa da unidade e, para ser acessado, não é necessário passar pela portaria do hospital. Os homens atraíram a vigilante para fora do setor com o pretexto de pedir informações. Reforçamos que nenhum outro bem do HUCFF foi roubado e que os bandidos não entraram no HUCFF. Não houve contato com ninguém além da vigilante, muito menos com pacientes ou outros funcionários da instituição.

Aproveitamos ainda para ressaltar que esse não é um caso isolado. Pacientes e profissionais do hospital vêm sofrendo com a insegurança no entorno da instituição, em função de frequentes assaltos praticados nos acessos à unidade. Na última sexta-feira, dia 27 de janeiro, às 8h da manhã, três homens armados renderam um professor do HUCFF enquanto ele se dirigia ao hospital e levaram o carro e todos os demais pertences.

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho pede às autoridades que sejam tomadas com urgência providências para garantir a integridade de profissionais e pacientes da unidade."


#Machistasnaopassarão

Kelvin Melo
Enviado especial

CUIABÁ (MT) - A partir de agora, todos os eventos nacionais do Andes contarão com uma comissão permanente para coibir casos de assédio e outros tipos de violência. A decisão foi anunciada em ato político realizado neste sábado (28), no início de uma das plenárias do 36º Congresso dos professores universitários, em Cuiabá (MT).

A iniciativa teve origem em denúncias de assédio no encontro da capital mato-grossense. A presidente do Andes, Eblin Farage, declarou que serão tomadas “todas as medidas necessárias” para lutar contra estas opressões: “Certamente, não é a primeira vez que, em algum espaço deste sindicato ou das nossas universidades, ocorrem casos de assédio sexual e moral. Mas esta é a primeira vez que, em um espaço nacional do Andes, as mulheres têm coragem de dizer não a isso, de forma coletiva. Esta não é uma questão só das mulheres. Deve ser de todo o sindicato”, observou.

Cinco mulheres vão compor a comissão permanente: três da seção sindical que sediar o evento e mais duas indicadas pelo Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Étnico-Raciais, Etnia, Gênero e Diversidade Sexual do Sindicato Nacional.

Sobre Cuiabá

 

A comissão, caráter provisório, que avaliou as situações ocorridas na capital mato-grossense ainda estudava – até o fechamento desta matéria -, em conjunto com a diretoria do Andes, as possíveis sanções aos assediadores identificados. A suspensão dos próximos congressos do Sindicato não está descartada. 

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Jurídico antecipa plantões das sextas-feiras


Diante da grande demanda de docentes sobre processos que envolvem prazos próximos, o plantão jurídico da Adufrj das sextas-feiras, em fevereiro, será antecipado para os dias 3 e 10, sempre de 10h ao meio-dia. Os plantões de todas as quartas-feiras, de 13h às 16h, prosseguem sem alteração. Para marcar um horário, basta ligar para a secretaria: 2260-6368 e 3884-0701.  

Kelvin Melo
Enviado especial

CUIABÁ (MT) – Devem ser suspensos dos próximos congressos do Andes alguns  professores denunciados por assédio sexual a monitoras que ajudam a organizar o encontro da categoria, em Cuiabá (MT). A proposta surgiu na comissão especial criada para tratar do tema e já conta com o apoio da diretoria do Sindicato Nacional, informa Lélica Lacerda, professora da Universidade Federal de Mato Grosso que faz parte da organização do evento. Os assediadores ainda estão sendo identificados.

Segundo ela, em reunião ocorrida nesta sexta (27) para ouvir os relatos, algumas das meninas chegaram a chorar. “Foi uma reunião tensa. (O que ocorreu aqui) é muito decepcionante para elas, militantes do movimento estudantil, que acreditam na construção do congresso”, disse. Pior: depois da denúncia do machismo, alguns assediadores passaram a usar de sarcasmo com as estudantes. “Ah, ia elogiar seu cabelo, mas agora você vai chamar de assédio”, dizem, de acordo com um dos relatos ouvidos pela docente. Ela avisa: “Vamos tentar coibir isso”.

Ainda em função do ocorrido, há a proposta de tornar permanente uma comissão para avaliar casos de assédio em todos os congressos e conads do Andes. Assim como preparar futuros monitores para situações similares. “Houve, também, denúncia de assédio moral”, afirmou Lélica.

Sobre a divisão de funções

A professora também explicou a divisão de funções que causou certo estranhamento a alguns delegados, com muitas jovens na recepção aos professores. “Depende muito da dinâmica do dia. Há alunos na recepção também. Mas, em geral, os meninos ficaram encarregados de tarefas mais pesadas, como carregar galões de água”, afirmou. “Ninguém da organização imaginou que isso fosse acontecer. E dois meninos homossexuais também sofreram assédio”, completou. 

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