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Muitos professores da UFRJ marcaram presença no ato. Parte da comunidade da UFRJ se concentrou mais cedo no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo de São Francisco, enquanto outros se dirigiram direto à Candelária. “O IFCS é um espaço de referência de defesa de direitos e da democracia”, observou Fernando Santoro, da Adufrj. A Seção Sindical exibiu o documentário “Diretas Já, o grito das ruas” durante o Esquenta da UFRJ. O filme é uma produção da TV Senado e marcou os 30 anos do movimento no Brasil. Com a camiseta da campanha pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Assis Gonçalves, funcionário do Museu de Astronomia, falou seus motivos para estar na manifestação: “Quando o Ministério foi fundido, houve desmonte da sua estrutura. E, na prática, um rebaixamento dos órgãos de fomento. O fim desse governo é a única chance de isso ser revertido”. É preciso envolver as pessoas Desde a concentração, às 15h, havia um clima de tensão em relação à repressão policial. “Parece que quanto mais ilegítimo, mas violento é o governo”, observou Pablo Benetti, docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Para ele, “está claro que o governo tem prazo de validade”, no entanto, “também há muita blindagem política”. “A própria ideia das diretas é correta, mas depende de muita mobilização popular. Para isso, as manifestações precisam crescer”, destacou. Na avaliação de Tatiana Roque, presidente da Adufrj, as manifestações ganham especial importância com a fragilidade do governo. No entanto, a Greve Geral “ainda não alcançou setores fundamentais, como o transporte”. Outra crítica da docente foi quanto ao formato dos atos das centrais. Ela fez um paralelo com as passeatas de massa de 2013: “Junho nos mostrou que não existe separação entre os meios e os fins”, disse. “As pessoas não se mobilizam só por causas, é preciso afeto”, completou. Muitas falas no carro de som fizeram referência à “unidade” e à necessidade de expansão da mobilização. Pelo Andes-SN, Claudio Ribeiro, defendeu o crescimento da paralisação para 48 horas: “Só a população nas ruas será capaz de derrubar esse governo”. A liderança do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Marcelo Durão, deu ênfase ao “trabalho de base”. “Hoje as principais rodovias do país foram paradas contra o golpe e por direitos. E o MST estava lá porque é tempo de retomar o trabalho de base, parar e barrar essas reformas”. O tema da corrupção do governo Temer também apareceu. Dirigentes sindicais, como Sidney Castro (Sindsprev/RJ) criticaram duramente a liberação do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. O ex-assessor de Temer foi flagrado recebendo R$ 500 mil que, de acordo com delação da JBS, era de propina. Carlos Frederico Leão Rocha, vice-presidente da Adufrj, comentou a crise: "Não é aceitável que o ajuste seja feito sobre os trabalhadores. Não é aceitável que esteja acontecendo a manutenção de um projeto dominado pela corrupção. Não é aceitável o rompimento do contrato que está acontecendo na presidência". A segunda Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, na sexta-feira 30, teve menos adesão do que a manifestação de 28 de abril. Mesmo assim, milhares ocuparam grande parte da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. E depois seguiram em passeata até a Central do Brasil, onde a atividade foi encerrada, perto das 20h, até então sem conflito com a polícia. “Gostaria que estivesse mais cheio, mas ainda foi contundente”, avaliou o professor Lauro de Melo, da Engenharia de Alimentos da UFRJ. “Não dá para saber o quanto as manifestações vão influenciar nas reformas que estão sendo propostas, mas não vamos tomar um ‘banho’, como no caso da PEC do corte de gastos. Temos mais chances”, justificou. Muitos professores da UFRJ marcaram presença no ato. Parte da comunidade da UFRJ se concentrou mais cedo no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo de São Francisco, enquanto outros se dirigiram direto à Candelária. “O IFCS é um espaço de referência de defesa de direitos e da democracia”, observou Fernando Santoro, da Adufrj. A Seção Sindical exibiu o documentário “Diretas Já, o grito das ruas” durante o Esquenta da UFRJ. O filme é uma produção da TV Senado e marcou os 30 anos do movimento no Brasil. Com a camiseta da campanha pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Assis Gonçalves, funcionário do Museu de Astronomia, falou seus motivos para estar na manifestação: “Quando o Ministério foi fundido, houve desmonte da sua estrutura. E, na prática, um rebaixamento dos órgãos de fomento. O fim desse governo é a única chance de isso ser revertido”. É preciso envolver as pessoas Desde a concentração, às 15h, havia um clima de tensão em relação à repressão policial. “Parece que quanto mais ilegítimo, mas violento é o governo”, observou Pablo Benetti, docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Para ele, “está claro que o governo tem prazo de validade”, no entanto, “também há muita blindagem política”. “A própria ideia das diretas é correta, mas depende de muita mobilização popular. Para isso, as manifestações precisam crescer”, destacou. Na avaliação de Tatiana Roque, presidente da Adufrj, as manifestações ganham especial importância com a fragilidade do governo. No entanto, a Greve Geral “ainda não alcançou setores fundamentais, como o transporte”. Outra crítica da docente foi quanto ao formato dos atos das centrais. Ela fez um paralelo com as passeatas de massa de 2013: “Junho nos mostrou que não existe separação entre os meios e os fins”, disse. “As pessoas não se mobilizam só por causas, é preciso afeto”, completou. Muitas falas no carro de som fizeram referência à “unidade” e à necessidade de expansão da mobilização. Pelo Andes-SN, Claudio Ribeiro, defendeu o crescimento da paralisação para 48 horas: “Só a população nas ruas será capaz de derrubar esse governo”. A liderança do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Marcelo Durão, deu ênfase ao “trabalho de base”. “Hoje as principais rodovias do país foram paradas contra o golpe e por direitos. E o MST estava lá porque é tempo de retomar o trabalho de base, parar e barrar essas reformas”. O tema da corrupção do governo Temer também apareceu. Dirigentes sindicais, como Sidney Castro (Sindsprev/RJ) criticaram duramente a liberação do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. O ex-assessor de Temer foi flagrado recebendo R$ 500 mil que, de acordo com delação da JBS, era de propina. Carlos Frederico Leão Rocha, vice-presidente da Adufrj, comentou a crise: "Não é aceitável que o ajuste seja feito sobre os trabalhadores. Não é aceitável que esteja acontecendo a manutenção de um projeto dominado pela corrupção. Não é aceitável o rompimento do contrato que está acontecendo na presidência".
Os professores da UFRJ resolveram aderir à greve geral e vão parar na sexta-feira, 30 de junho. O esquenta da universidade, como de costume, acontecerá no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, a partir das 15h, com exibição do documentário Diretas já, o grito das ruas, produzido pela TV Senado. Do Largo de São Francisco, docentes, estudantes e técnicos seguirão em direção à Candelária. Os protestos previstos para todo o país são contrários às reformas Trabalhista e da Previdência e pedem a saída do presidente Michel Temer, denunciado por corrupção pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Eblin Farage, presidente do Andes, considera que a pressão exercida pelos movimentos sociais é fundamental para o enfraquecimento do governo. “As atividades realizadas desde o fim do ano passado vêm surtindo resultado, inclusive deslocando alguns deputados da base do governo a votarem contra as reformas”, afirmou. Pela CUT Nacional, seu presidente Vagner Freitas defende a greve. “Fazer pressão no Senado, na Câmara, ajuda, mas o que derruba mesmo são as ruas. Neste sentido, a greve é importantíssima”. Ele afirmou que a Central continuará em plena mobilização junto com as frentes Brasil Popular e Povo sem medo, mesmo durante o recesso do Congresso Nacional. A instabilidade política do país ajuda a postergar as reformas.
Sala da direção da FAU ficou fechada com a falta de luz[/caption] Já no prédio da reitoria, a situação estava sendo tratada de forma diversa pelas unidades. Na sexta-feira e nesta segunda-feira, pela manhã, alguns professores deram aulas; outros suspenderam. “Nós deixamos que os professores avaliassem”, disse a vice-diretora da Escola de Belas Artes, Madalena Ribeiro Grimaldi. “Há salas com iluminação natural melhor. E cursos que necessitam mais ou menos de equipamentos, como projetores”, completou o diretor Carlos Gonçalves Terra. A direção da FAU emitiu nota pela internet, às 11h50, suspendendo as aulas na parte da tarde. Izabela Rangel, do 2º período, teve aula na parte da manhã, mas não pôde entregar o trabalho da tarde. Ela conta que, na sexta-feira, as aulas não foram suspensas e estudantes tiverem dificuldade. “Foi muito ruim. Muita gente não conseguiu fazer exposição de maquetes. Eu também não consegui acompanhar direito a aula porque era com cartazes e não dava pra ver”. O Centro de Centro de Letras e Artes (CLA) manteve expediente na sexta-feira. “Não pudemos dar encaminhamento aos processos com o sistema fora do ar. Mas recebemos os documentos”, relatou a vice-decana, Cristina Tranjan. Nesta segunda-feira, o expediente seria encerrado mais cedo, caso a situação não fosse normalizada até o início da tarde.A reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria da Light.
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