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A proposta apresentada pelo governo federal no dia 19 indica ganhos distintos para os professores nos diferentes níveis da carreira. Para este ano, a União insiste no reajuste zero.
O documento do governo indica ganhos que variam entre 12,8% a 16,1%. Para professores em início de carreira, a variação é a menor: 12,81% até maio de 2026. Para aqueles que estão enquadrados no meio da carreira, o reajuste pode chegar a 14,45% até 2026. Já entre os associados IV e titulares, a variação salarial alcança 16,1%. As projeções da inflação para 2024, 2025 e 2026, de acordo com o Ministério da Economia, são de 3,56%, 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Assembleias em todo o país discutem o teor do documento apresentado pelo governo e os professores da UFRJ poderão analisar a proposta nesta sexta-feira, 26, a partir das 14h30, no auditório Quinhentão e por meio do Zoom.
Veja como ficariam os salários de Adjunto A, Adjunto 1, Adjunto 4, Assistente 4 e Titular em maio de 2026. A ÍNTEGRA DAS TABELAS VOCÊ ENCONTRA AQUI






A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, Condsef - que reúne sindicatos de servidores do Executivo federal -, protocolou na última terça-feira, 23, uma contraproposta de reajuste dos benefícios. O documento foi enviado ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. No texto, os sindicatos reivindicam que o governo se comprometa a equiparar os benefícios entre os Três Poderes até o fim de 2026. "Nenhum ajuste apontado na contraproposta é cláusula de barreira para que se firme acordo", esclarece Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef. "A proposta do governo já está aprovada no mérito".
Rejeitar, neste momento, o reajuste salarial proposto pelo governo, e manter a mobilização dos docentes para pressionar por uma proposta melhor. Essa é a posição que a diretoria da AdUFRJ vai defender na assembleia desta sexta-feira (26), a partir das 14h30, em primeira convocação. A pauta única é o debate e a aprovação ou não da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) aos professores, na mesa de negociação específica no último dia 19 de abril.
“A diretoria da AdUFRJ reconhece as melhorias da proposta atual em relação às anteriores, considerando também as limitações fiscais do governo federal. Contudo, ainda acreditamos que a proposta em questão não atende plenamente aos interesses da categoria e, por isso, é fundamental manter os docentes mobilizados. Após a realização desta assembleia, na qual recomendamos a rejeição da proposta governamental atual, planejamos convocar uma nova assembleia para o início de maio, para discutir mais estratégias de mobilização, visando a continuar pressionando o governo por melhores condições salariais e de trabalho”, avalia o professor Rodrigo Nunes da Fonseca, diretor da AdUFRJ.
Para o professor Carlos Frederico Leão Rocha, diretor do Instituto de Economia e ex-reitor da UFRJ, é inegável que a proposta apresentada em 19 de abril é um avanço em relação às anteriores. “Primeiro, ela permite um aumento real no período do governo Lula de cerca de 5% da previsão da inflação para os próximos anos. Segundo, nós teremos a antecipação de maio de 2025 para janeiro de 2025 na primeira parcela do reajuste. Mas eu ainda considero insuficiente isso. Acho que o governo pode aumentar esses percentuais. Nós tivemos perdas da ordem de 33%. Mesmo com as restrições fiscais, entendo que devemos pressionar mais o governo para elevar esses índices, sobretudo os 3,5% oferecidos para 2026. Creio que esse percentual pode ser aumentado”, analisa Leão Rocha.
Ainda de acordo com o diretor do Instituto de Economia, uma questão que deve ser observada é a entrada na carreira docente. “O piso da categoria, e aqui falo de doutores, é muito baixo. Temos que lutar pelo fim da categoria de adjunto A. Isso daria um aumento, fora os percentuais a serem concedidos, de 22% no salário atual. O que seria bem razoável. Hoje o salário base está em cerca de R$ 10 mil, e o líquido em torno de R$ 7 mil, isso é o que recebem nossos professores mais jovens ou em início de carreira. Temos que aumentar esse salário inicial”. O aumento do piso, segundo o professor, é fundamental para atrair e reter jovens professores nas insituições federais de ensino.
Para participar da assembleia, todos os sindicalizados receberam pelo e-mail cadastrado a convocação oficial com o link para a sala remota. A votação será pelo sistema Helios Voting. As credenciais para a votação também serão encaminhadas para o e-mail do docente cadastrado junto à AdUFRJ. Em caso de não recebimento das credenciais, o professor poderá entrar em contato por meio do Whatsapp/telefone 21-99365-4514.
Todos os professores que recebem abono de permanência na UFRJ - ou seja, já cumpriram os requisitos para a aposentadoria, mas continuam em atividade - têm direito a atrasados sobre esses valores. A Assessoria Jurídica da AdUFRJ, o escritório Lindenmeyer Advogados Associados, concluiu um estudo em que comprovou que o cálculo referente ao abono pago pela universidade não está considerando corretamente o adicional natalino e o adicional de férias devidos a esses profissionais.
"As universidades federais não vêm pagando no décimo terceiro e nas férias dos docentes, a parcela de abono permanência", explica o advogado Halley Lino de Souza. "A Justiça Federal do Rio de Janeiro tem entendido serem devidas essas diferenças aos docentes, por isso, a AdUFRJ está sugerindo o ingresso de ação judicial individual pelos interessados junto à assessoria jurídica", conclui.
Se você se enquadra entre os docentes que recebem o abono de permanência, entre em contato com a AdUFRJ. Para dar entrada na ação, envie a cópia da procuração disponível AQUI preenchida e assinada, juntamente com cópia de comprovante de residência e, de documento oficial com foto e CPF para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou via mensagem de whatsapp para (21) 99808-0672.
Acesse abaixo o vídeo em que a assessoria jurídica explica a questão, publicado nas nossas redes sociais:
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