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Foto: Vitor JorgeA UFRJ nunca parou durante a pandemia. A universidade estava na linha da frente contra a covid-19, os cientistas continuaram suas pesquisas e as aulas remotas começaram há um ano. Mas há uma parte da UFRJ que pode ser vista pelo público, desde março deste ano, e que oferece às pessoas arte – fundamental, especialmente em um momento tão difícil. No último dia 17, a Orquestra Sinfônica da UFRJ fez apresentação na Sala Cecília Meireles, e o concerto foi aberto ao público, com as devidas restrições de lotação impostas pela pandemia.
A primeira apresentação da orquestra com público, desde o começo da crise sanitária, foi em março deste ano, no mesmo lugar. “Estamos em atividades presenciais na verdade desde agosto do ano passado, quando a reitoria nos solicitou uma apresentação para o evento comemorativo do centenário da UFRJ”, contou o professor André Cardoso, regente e diretor da orquestra. “A partir daí, fizemos uma série de gravações ao longo do segundo semestre do ano passado. O músico não pode ficar parado”, detalhou o professor. As apresentações podem ser vistas no YouTube.
Para a orquestra voltar a se apresentar foram tomados muitos cuidados. Primeiro na sua composição. A Orquestra da UFRJ tem 47 instrumentistas fixos, técnicos da universidade. “Esse núcleo de profissionais forma uma orquestra de câmara. Quando temos os alunos da disciplina Prática de Orquestra, aí temos o formato sinfônico”, explicou André. Mas os alunos não têm participado, salvo raros casos pontuais, porque não estão tendo aulas presenciais na Escola de Música. “Nós dividimos a orquestra em três grupos, dois de cordas e um de sopro e percussão. Em espaços maiores, como a Sala Cecília Meireles, nós podemos juntar os dois grupos de cordas, mas por enquanto ainda não juntamos todo o efetivo da orquestra”, contou.
O número de ensaios também foi reduzido. De acordo com o professor, para concertos gravados é feito apenas um ensaio, no dia da gravação, e para apresentações ao vivo são feitos quatro ensaios, durante a semana. “Normalmente os ensaios eram de três horas com intervalo de 20 minutos. Então, eliminei o intervalo e reduzi de três para duas horas”, contou o diretor. Os músicos recebem as suas partes por e-mail com antecedência, e se preparam em casa.
Na hora das apresentações, o cuidado é igualmente rigoroso. O maestro e os músicos tocam de máscara – com uma óbvia exceção para os músicos de instrumentos de sopro, que em compensação ficam separados uns dos outros por barreiras de acrílico – e com uma distância de 1,5 metro entre eles, cada um com a sua estante. Para o professor André, a formação reduzida não traz prejuízos para a música, ao contrário do distanciamento. “O fato de tocar muito distante do outro prejudica um pouco, porque assim a gente tem mais dificuldade de ouvir quem está mais distante, o que prejudica o conjunto”, explicou.
Mas mesmo com as restrições e dificuldades, voltar para a sala de concerto, especialmente com a presença do público, foi positivo para André. “No ano passado gravamos concertos, era uma gravação. O concerto ao vivo tem o público, tem outra energia. É muito bom voltar ao palco”, exaltou.
PIXINGUINHA
Para Everson Moraes, trombonista da orquestra, a volta aos palcos foi em meio a uma certa insegurança. “Da primeira vez você fica com um pouco de medo. Você olha para o público e estão todos de máscara, e você não. E nós do sopro utilizamos uma grande quantidade de ar na respiração”, contou. Mas a preocupação arrefeceu com o tempo e a parceria com os instrumentistas. “Músicos precisam tocar uns com os outros, nós temos essa necessidade”, resumiu. Everson é um dos técnicos da orquestra, e foi responsável por fazer os arranjos das músicas tocadas no concerto do último dia 17, que foi dedicado ao Choro.
O recital foi feito pelo conjunto de sopros e incorporou o nome de músicos importantes do gênero que são ligados à UFRJ – incluído aí Pixinguinha, que foi aluno da Escola de Música. “Para resgatar o espírito do Choro eu estou tocando um instrumento chamado oficleide, que caiu em desuso no início do século 20, mas eu fiz um trabalho de pesquisa, há alguns anos, o resgatei”, contou Everson.
A volta da Orquestra Sinfônica da UFRJ tem uma importância simbólica para a cultura do país. “Os teatros foram os primeiros a fechar com a pandemia, e estão sendo os últimos a reabrir”, disse o professor Marcelo Jardim, um dos responsáveis pela Orquestra. “Nós somos um grupo acadêmico, uma orquestra universitária, mas quando olhamos para o mercado, que é para onde vamos encaminhar os nossos alunos, houve um caos. Isso tem um impacto muito grande no ganha-pão dos músicos, dos artistas e dos trabalhadores envolvidos nesses espetáculos”, explicou. Marcelo reforça que toda volta às atividades presenciais foi feita seguindo os protocolos de segurança sanitária e respeitando o desenvolvimento da pandemia no Rio. “Foi tudo pensado respeitando a ciência. Conseguimos manter a estrutura da orquestra sinfônica presente, e conseguimos manter essa rotina sem nenhuma infecção ocasionada por ela”, contou.
Pode parecer que a volta aos palcos foi tímida, com a orquestra dividida em grupos e público restrito, mas ela acendeu uma chama de esperança entre os músicos. É o caso da estudante Luiza Chaim, do oitavo período. Luiza é monitora da disciplina Prática de Orquestra, e participou de algumas das apresentações que foram gravadas no ano passado. “Ter a oportunidade de voltar a tocar foi muito bom. Foi uma experiência muito boa para me motivar a estudar mais. Com tudo parado, estava muito difícil manter o estudo diário”, contou Luiza. Ela dá aulas particulares de violino e trabalha em um projeto social na Zona Oeste. Para Luiza, o retorno da música clássica para os palcos representou um alívio. “A classe artística foi muito prejudicada nesse período da pandemia. Essa volta dá um certo alívio e conforto para quem estuda música. A gente enxerga uma luz no fim do túnel”.
O Conselho de Representantes da AdUFRJ homologou o resultado das eleições para a diretoria do Sindicato e para a escolha dos novos conselheiros. Foram 28 votos favoráveis ao relatório da Comissão Eleitoral e cinco contrários. O documento da Comissão indica o reconhecimento da vitória da chapa 1 no pleito ocorrido entre 13 e 15 de setembro. A chapa 1 obteve 967 votos contra 633 da chapa 2.
O relatório da comissão também recomenda que os novos conselheiros eleitos conduzam um processo de auditoria sobre as eleições deste ano. Foi a primeira vez na história da entidade em que a eleição ocorreu de maneira remota. No segundo dia de votação, um erro de procedimento paralisou a eleição por dez minutos e tornou disponível o resultado parcial para quem, por meio de senha própria, estivesse acessando o sistema naquele momento. Por maioria, a Comissão Eleitoral entendeu, na ocasião, que a falha não gerou contaminação do processo eleitoral, nem alteração do resultado e manteve a continuidade do pleito.
Durante a reunião de quinta-feira, 23, a candidata a presidente pela chapa 2, professora Cláudia Piccinini, da Faculdade de Educação, leu carta defendendo que “o sistema utilizado nas eleições não garantiu a inviolabilidade das urnas, já que permitiu o encerramento precoce do pleito e a visualização do resultado parcial”. O documento da chapa também informava que a Justiça do Trabalho deferiu pedido para “preservação dos dados, documentos e informações sobre o processo eleitoral”.
A docente solicitou, ainda, que o Conselho não aprovasse o resultado das eleições, mantendo o pleito suspenso até o final da auditoria. Por ampla maioria o pedido de suspender o resultado foi negado.
Representante da chapa 1 e presidente eleito da AdUFRJ, o professor João Torres, do Instituto de Física, alegou que o problema ocorrido no dia 14 de setembro foi técnico e que sua chapa não teve qualquer relação com o episódio. Ele criticou a postura dos opositores que apontavam as falhas no sistema. “Houve um erro, mas erros podem acontecer em eleições presenciais também. O primeiro botão apertado não abria o resultado, apenas parava a eleição e mostrava um outro botão. Era preciso apertar esse outro botão para saber o resultado”, disse. “Integrantes da chapa 2 apertaram o botão, tiveram acesso ao resultado e causaram um problema que, agora, a própria chapa reivindica. Eu não acessei nenhum botão e não acessaria algo que não fosse da minha competência acessar”, afirmou.
No encerramento da reunião a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, agradeceu o empenho de todos na condução do processo eleitoral e sublinhou a convergência da decisão dos conselheiros com o indicado pela Justiça do Trabalho. “Entendemos que estamos cumprindo aquilo que de fato deve acontecer, já que não houve encaminhamento, pela Justiça, da suspensão do processo eleitoral”, afirmou. Em seguida, a dirigente conclamou à unidade dos docentes da UFRJ. “Desejo serenidade e força para enfrentar de forma unificada os nossos inimigos declarados. Nosso inimigo está no Palácio do Planalto. O inimigo da ciência, do conhecimento, da cultura, da arte e da alegria”.

No traço do designer gráfico André Hippertt, a homenagem do Jornal da AdUFRJ ao patrono da Educação brasileira.

Foto: álbum de famíliaUm cientista pioneiro, determinado e atencioso. A vida e a carreira do professor Antonio Paes de Carvalho, que faleceu no último dia 17, aos 86 anos, compõem uma trajetória de profunda dedicação ao saber. Carioca, docente, pai, avô, pesquisador e empreendedor, o “professor Paes de Carvalho”, como era mais conhecido entre colegas e alunos, entrou em 1954 na turma de Medicina da então Universidade do Brasil, a atual UFRJ. Nesse mesmo ano, foi convidado a trabalhar como estagiário do Instituto de Biofísica pelo professor Carlos Chagas Filho, seu primeiro orientador.
“Quando o doutor Carlos Chagas Filho percebia a capacidade de um aluno, ele puxava para o seu laboratório, e o Paes de Carvalho foi um desses discípulos”, conta Nelson de Souza e Silva, professor emérito da Faculdade de Medicina da UFRJ. Em 1960, Nelson foi aluno de Paes de Carvalho, que tinha se formado no ano anterior. Na época, o mestre já era reconhecido mundialmente, principalmente pela publicação na revista Nature de um estudo sobre Eletrofisiologia Cardíaca. “Ele já estava desenvolvendo pesquisas de ponta, e não à toa se tornou um dos maiores cientistas brasileiros nessa área”, acrescenta. Com apenas 30 anos, Paes de Carvalho tomou posse como membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Amigo e parceiro de Paes de Carvalho em diversas realizações, Nelson ressalta o papel do professor na criação do curso de pós-graduação em Cardiologia, um dos primeiros no Brasil. Em 2003, participaram juntos da criação do Instituto do Coração Edson Saad (ICES). “Ele, já como professor emérito, fez parte do Conselho Deliberativo do instituto até os seus últimos dias, trabalhando e contribuindo conosco mesmo aposentado”, destaca Nelson.
CIÊNCIA E FAMÍLIA
Ao lado do amor inesgotável pela Ciência também se destacou o amor pela família. Do casamento de mais de 50 anos com a geógrafa Gilda Montenegro nasceram Monica e Isabella, que deram ao casal os netos Sophia e Nicholas (de Monica) e Gabriel (de Isabella). A primogênita entende que ser professor era próprio da natureza do pai. “Ele sempre foi muito interessado em ouvir o que a gente tinha pra falar, o que a gente queria saber, as nossas curiosidades”, aponta Monica. Segundo ela, Paes de Carvalho tinha em si o hábito de transmitir conhecimento, especialmente para crianças e jovens. “Às vezes, a gente estava no jardim e ele mostrava uma flor, explicava como ela se reproduzia, ou então mostrava as constelações, ou como a evaporação transforma a água do rio em chuva”, lembra.
Esse jeito agradável e didático de se expressar é recordado por muitos colegas. Professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, Jerson Lima, presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), foi seu aluno, e guarda até hoje a memória dele como uma figura inspiradora, de voz grave, calma e clara. “Ele sempre foi uma pessoa com ideias à frente do tempo”, afirma. Sua visão de mundo chamava a atenção de outros cientistas. “Considero o professor Antonio um visionário. E mesmo frente às muitas dificuldades que enfrentou num país tecnologicamente imaturo e burocrático como o Brasil, não o vi se render”, descreve Daniela Uziel, professora da Faculdade de Farmácia e coordenadora de Inovação do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
Precursor nas áreas que atuou, Paes de Carvalho fomentou diversos projetos de inovação científica. Dentre eles, Daniela destaca a criação da Fundação Bio-Rio, responsável pelo Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro. “O Polo foi inaugurado em 1988 para ser o primeiro parque tecnológico da América Latina na área de Biotecnologia. Nessa época, não se falava em empreender na universidade”, comenta.
Por perceber o enorme potencial da Ciência brasileira, Paes de Carvalho trabalhou em prol do desenvolvimento médico-científico dentro e fora da academia. Isso o levou a fundar, em 1998, a Extracta, empresa especializada na descoberta e otimização de novas drogas a partir de extratos da flora brasileira. “A utilização desse patrimônio genético e biotecnológico da nossa biodiversidade é muito importante para ser aplicada como solução dos problemas de saúde”, ressalta Bruno Diaz, diretor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF).
No instituto, onde foi diretor de 1980 a 1985, um laboratório carrega seu nome: o Laboratório de Eletrofisiologia Cardíaca Antonio Paes de Carvalho (LEFC). Bruno lembra de outra homenagem do IBCCF ao professor: a série ‘Palestras de Empreendedorismo Antonio Paes de Carvalho’. A iniciativa foi uma forma de reconhecer a personalidade influente e inovadora do docente, que foi o primeiro coordenador de pós-graduação da unidade. “Nós brincamos que bastou a sua caligrafia para ele ser selecionado pelo professor Carlos Chagas Filho, porque a caligrafia dele era realmente impecável”.
A história do professor Paes de Carvalho se entrelaça com a da própria UFRJ. Entre 1971 e 1972, exerceu a sub-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, o equivalente hoje à pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2). Com o começo da abertura política, Paes de Carvalho participou da fundação da AdUFRJ, em 1979. Nos anos seguintes, ele foi um interlocutor importante no processo de eleição do professor Horácio Macedo, primeiro reitor eleito pela comunidade da UFRJ, em 1985. “Ele foi um dos mais importantes fiadores do processo de redemocratização da UFRJ”, recorda a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller.
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
Durante sua vida, o professor defendeu a universidade pública e a educação como elementos essenciais para o progresso da nação. “Ainda em vias de desenvolvimento, somos um país em que a pesquisa básica parece-nos hipertrofiada porque praticamente inexiste a pesquisa aplicada”, declarou ele em seu discurso de posse na Academia Nacional de Medicina (ANM), em 1981. Isabella, sua filha mais nova, conta que o pai recusou diversas propostas para morar, trabalhar e lecionar no exterior. “Isso nunca passou pela cabeça dele, porque tudo que ele aprendia na pesquisa lá fora ele queria trazer pro Brasil”, afirma.
Nascido em 13 de junho de 1935, Antonio era filho de Pedro Paulo, médico cirurgião, e Maria Carlota, braço direito do marido no Instituto Cirúrgico Paes de Carvalho, um dos melhores hospitais do Rio nos anos 1930. Educado e inspirado por esses exemplos familiares de amor à Medicina, Paes de Carvalho é descrito pelas filhas como um homem culto e estudioso, pai carinhoso e sempre presente. “Eu lembro que ele me levava para a escola e a gente ia escutando Rita Lee, que ele gostava muito. E ele dirigia cantando as músicas dela”, conta Isabella.
Outra marca do seu cotidiano era o zelo pela saúde. Vivia disposto a caminhar, fazer trilhas ou jogar tênis com o neto. “Ele fazia questão de praticar esportes diariamente. Quando a gente morava na Zona Sul, ele jogava vôlei na praia todos os dias, bem cedinho”, afirma Isabella. Habituado a dormir pouco, Paes de Carvalho passava a maior parte do tempo entre o trabalho e o estudo. “Ele adorava desafios, e sempre dizia que nós somos capazes de fazer qualquer coisa. Por exemplo, juntos nós construímos uma casa de cachorro, um veleiro em miniatura e outras coisas. O hobby dele era ser um professor”, ressalta Monica.
Uma moção de pesar do Consuni, no dia 23, mostrou o reconhecimento à trajetória de Paes de Carvalho. “O exemplo de excelência e dedicação à vida acadêmica desse brilhante professor continuará sendo grande fonte de inspiração para todo o corpo social do CCS”, diz a nota.
Conhecer e celebrar a história para construir o futuro. A expressão guiou as comemorações dos 101 anos da universidade, na semana passada. “Em nome desse passado de luta, de resistência, de conquista democrática, em nome de toda essa nossa trajetória, salve a UFRJ!”, declarou a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, na mesa de encerramento. “Nossa universidade evoluiu bastante, tem sido bem avaliada, mas certamente podemos melhorar. A busca de soluções coletivas deve ser cada vez mais estimulada”, disse a reitora da universidade, professora Denise Pires de Carvalho.
E foi justamente a parceria entre dois laboratórios de diferentes unidades que produziu uma ferramenta virtual, lançada durante o evento, para ampliar a transparência dos dados da UFRJ. O Laboratório de Visualidade e Visualização da Escola de Belas Artes (LabVis) e o Laboratório de Computação Gráfica da Coppe (LCG) criaram o “Visualiza UFRJ”, disponível em https://visualizaufrj.forum.ufrj.br/.
Na plataforma, é possível, por exemplo, observar a transformação do perfil dos alunos ao longo de décadas. “Esse gráfico mostra que em 2001 a quantidade de alunos brancos na universidade era equivalente a 86,6% e, em 2019, passou a ser de 52,5%”, disse Doris Kosminsky, coordenadora do LabVis.
O internauta também pode saber quais são os maiores cursos de graduação, conhecer a linha do tempo de criação dos programas de pós-graduação ou visualizar uma nuvem de palavras com os termos mais marcados como palavra-chave em produções científicas
“Os méritos vão para os nossos discentes, que trabalharam, deram ideias e apontaram deficiências no projeto. Nós chegamos a esse resultado através de muita colaboração, e esse é o espírito da UFRJ”, ressaltou o professor Cláudio Esperança, coordenador do LCG.

A imagem indica as participações de pesquisadores
da UFRJ em eventos acadêmicos pelo mundo. Quanto
mais escura a cor, maior o número. No Brasil, foram
170.939. A plataforma aponta que, nos EUA, já foram
contabilizadas 9.467 participações. Na Argentina,
1.986, e, na Austrália, 466. Na China, 494. Enquanto
na África do Sul, apenas 198.

Em 2001 a quantidade de alunos brancos (no gráfico, representados em verde claro) na universidade era equivalente a 86.6%, e em 2019 passou a ser 52.5%”, exemplificou Doris Kosminsky, coordenadora do LabVis.

Quanto ao perfil de renda familiar, de 2012 até 2016 não há nenhum registro de alunos matriculados com renda de até 1 salário mínimo. Já em 2017.1, o gráfico mostra 0.8% dos alunos da UFRJ correspondendo a essa faixa. Em 2019.2, essa porcentagem cresce para 4.2% (1.648 alunos).

A nuvem de palavras revela termos mais marcados como palavra-chave em produções científicas (artigos, resumos, livros etc.) ou apresentações em eventos feitas por membros da comunidade acadêmica da UFRJ em cada área de conhecimento. As palavras “Taxonomia” e “Enfermagem”, em destaque na imagem, constam com 1.139 e 881 ocorrências em publicações, respectivamente. Já a palavra “Filosofia”, menor e mais escondida, tem 132 ocorrências, segundo o gráfico.

Maiores cursos de graduação, de acordo com a quantidade de alunos matriculados em cada ano, de 1971 a 2019. A larga liderança do curso de direito, a partir de 1978, causou estranhamento na equipe. “Primeiro nós pensamos que houvesse algo de errado. Mas não, o curso de Direito tem três turnos, então é natural que ele tenha um número muito maior de alunos”, comentou Doris.