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Diretoria da Adufrj enfatiza a importância do comparecimento de toda a comunidade acadêmica à votação para legitimar e fortalecer a autonomia da universidade A UFRJ realiza nos próximos dias 2, 3 e 4 o primeiro turno da pesquisa para a escolha da nova reitoria. Professores, estudantes e técnicos podem votar nas 42 seções eleitorais espalhadas pelos vários campi. Se nenhuma das chapas obtiver maioria, haverá segundo turno. O resultado da votação será encaminhado para o Colégio Eleitoral, formado pelos integrantes do Conselho Universitário (Consuni), do Conselho de Ensino de Graduação (CEG), do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) e do Conselho de Curadores. O Colégio Eleitoral encaminhará ao governo federal a lista tríplice. Caberá ao presidente da República a nomeação dos novos dirigentes da UFRJ, que assumirão um mandato de quatro anos. Quanto maior engajamento da universidade nesse processo, maior será o custo político de uma eventual arbitrariedade. A diretoria da Adufrj enfatiza a importância do comparecimento de toda a comunidade acadêmica, essencial para legitimar e fortalecer a autonomia da universidade na atual conjuntura. É fundamental que os eleitos tenham respaldo para enfrentar as adversidades, que são muitas. As restrições orçamentárias para a Educação, Ciência e Tecnologia são gigantescas, a liberdade de cátedra está ameaçada, a reforma da previdência paira sobre o nosso futuro. Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ servirá de referência para outras instituições de ensino superior. Nessa edição especial de oito páginas do Boletim da Adufrj, trazemos as propostas de todas as três chapas para os principais desafios da universidade. Os textos foram escritos pelos candidatos. A ordem das respostas segue a das inscrições no processo eleitoral. A Diretoria da Adufrj afirma assim seu papel de produzir informação de qualidade e isenta para subsidiar as decisões dos eleitores. Conclamamos professores, alunos e técnicos a votar e defender uma UFRJ pública, gratuita e de qualidade. Boa leitura e bom voto! Diretoria da Adufrj

Oscar Rosa Mattos, candidato a reitor pela Chapa 40, "Unidade e Diversidade", anunciou mudanças na equipe da reitoria, caso seja eleito: a professora Débora Foguel, do Instituto de Bioquímica Médica, ocupará a Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – ela já ocupou o cargo na gestão de Carlos Levi (2011-2015). Apoiado pela atual gestão da universidade, ele informou que também substituirá o comando das pró-reitorias de Graduação e Extensão. O servidor Luiz Felipe Cavalcanti será mantido no cargo de pró-reitor de Políticas Estudantis. O professor também afirmou que manterá técnico-administrativos à frente da PR-3 (Finanças), PR-4 (Pessoal) e PR-6 (Gestão e Governança), mas não deu nomes. Os anúncios foram feitos durante encontro na Coppe, dia 28. Os professores Oscar Rosa Mattos e Maria Fernanda Quintela fecharam o ciclo de apresentações realizadas pelas três candidaturas, separadamente. Os principais desafios para qualquer das chapas que vencer a disputa, em sua visão, dizem respeito à Emenda Constitucional 95 (do teto de gastos), à Reforma da Previdência, e uma ameaça de ‘lava jato’ da educação. “Não há política de gestão que dê conta de resolver o caos que será a aposentadoria de três mil pessoas. Este é o quantitativo que já está em condições de se aposentar na universidade. Precisamos estar unidos para sobreviver a este momento”, disse. O docente assumiu o compromisso de buscar resgatar um patamar orçamentário “compatível” com as necessidades da UFRJ. “Hoje, nosso orçamento remonta ao de 2011, mas hoje somos muito maiores que em 2011. Os custos também são maiores”. A chapa defendeu a necessidade de “inovar” na captação de recursos próprios, reforçar a atuação junto ao Congresso para a captação de emendas parlamentares e dar continuidade à parceria com o BNDES. A política de assistência estudantil da atual reitoria será mantida, segundo os candidatos. Eles se comprometeram a não estipular políticas sem ouvir os estudantes. “Em caso de ‘cobertor curto’ não tomaremos nenhuma decisão de cima para baixo. Buscaremos o diálogo e consenso”, afirmou o reitorável. Maria Fernanda Quintela criticou a política de Extensão tocada pela atual gestão. Para ela, são necessárias mudanças. “Acreditamos que a discussão precisa vir das Unidades e Centros, porque somos muito diversos. Extensão para a Coppe é diferente do que é Extensão para o programa do CCS que trata a hanseníase na Baixada Fluminense”, comparou a candidata. Outro ponto destacado a respeito do tema é a creditação dos projetos de Extensão para a graduação. “As informações precisam estar sistematizadas. Se não houver 10% de créditos de Extensão no currículo, os estudantes não recebem o diploma”, exemplificou. “Também precisamos responder e sistematizar a creditação para a progressão docente. É uma outra vertente da mesma questão”. Encontros proveitosos Para o diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, o ciclo de encontros com as chapas permitiu que a comunidade acadêmica conhecesse melhor as propostas de cada candidatura. “O formato ajudou muito. Conseguimos ter uma programação em que as chapas apresentaram seus principais eixos de ação e puderam ser interpeladas pelos presentes. Sugiro que seja repetido nas próximas eleições. Considero que este seja o caminho”. A professa Angela Uller, da Coppe, também elogiou a elaboração dos debates. “O formato é muito bom. Pena que não foi replicado em outras unidades”. Para ela, a ação deveria permanecer após as eleições. “Os reitores precisam ouvir a voz de sua comunidade em encontros periódicos, não apenas por mediação de representantes nos conselhos”. Sobre a apresentação da chapa, o que chamou sua atenção foi “o tom conciliador e o discurso de sermos um só”.  

Falta climatização nas salas. O ano letivo deveria ter começado dia 11, mas as aulas foram suspensas até segunda (25) e, agora, até 1º de abril As aulas no campus da UFRJ em Caxias já foram adiadas duas vezes por falta de climatização nas salas. Deveriam ter começado dia 11, foram suspensas até segunda (25) e, agora, até 1º de abril. E pode haver um terceiro adiamento. O conselho deliberativo local discute as condições de funcionamento na sexta (29). O campus foi inaugurado às margens da rodovia Washington Luiz, em 6 de agosto do ano passado. Mas, quase oito meses depois, a infraestrutura elétrica ainda não está preparada para receber os aparelhos de ar-condicionado. A cobrança por uma solução à administração central é antiga. Já no fim de agosto, o diretor-geral da UFRJ em Caxias, professor Juan Martin, encaminhou um memorando requisitando a abertura de um processo para a climatização do local. Ele afirma ser insalubre lecionar fora das condições climáticas aceitáveis, ainda mais nesta época do ano. A Reitoria não respondeu sobre o motivo do atraso. Por nota, a assessoria informou apenas que a “Prefeitura da UFRJ está dando suporte ao campus para viabilizar a instalação dos aparelhos de ar condicionado. Esse trabalho começou há cerca de um mês”. E completou que o Escritório Técnico da Universidade estuda criar um Escritório de Planejamento próprio do campus. Os estudantes estão revoltados com a situação. Jhennifer Viana, aluna de Biotecnologia, afirmou que não é a primeira vez que sofrem com o atraso das aulas. O segundo semestre letivo do ano passado também demorou a começar pois havia a promessa de construção de uma passarela, na rodovia. O projeto até hoje não foi concluído. De acordo com ela, os alunos de Caxias estão se sentindo abandonados e negligenciados pela universidade.

Na reta final da eleição para a Reitoria da UFRJ, o Boletim da Adufrj ouviu as três chapas sobre as atividades-fim da maior universidade federal do país

Elisa Monteiro e Ana Paula Grabois

Na reta final da eleição para a Reitoria da UFRJ, o Boletim da Adufrj ouviu as três chapas sobre as atividades-fim da maior universidade federal do país. A ordem das respostas corresponde à ordem de inscrição das candidaturas. A Chapa 20, dos professores Roberto Bartholo e Felippe Cury, fala em estimular a modernização pedagógica dos currículos e das práticas em sala de aula na graduação. Na pesquisa, quer rediscutir os indicadores de desempenho. Para a extensão, a proposta é descentralizar e reconhecer os projetos em curso. Para a Chapa 10, dos professores Denise Pires de Carvalho e Carlos Frederico Leão Rocha, o principal desafio da graduação é reverter as atuais taxas de evasão e retenção. Na área da pesquisa, propõem um escritório técnico junto à PR-3 para administrar projetos e agilizar fomentos. A criação de um conselho nos moldes do CEG e CEPG é o caminho apontado para aperfeiçoar a política de extensão. Oscar Rosa Mattos e Maria Fernanda Quintela, da chapa 40, defendem um ensino integrado com disciplinas compartilhadas entre diferentes cursos de graduação e entre graduação e pós. Para a pesquisa, propõem editais internos, manutenção de unidades multiusuárias, bibliotecas, editais para professores visitantes e seniores e estímulo à divulgação científica. Sobre a extensão, a chapa reconhece ser necessário avançar na democratização das decisões a partir de um conselho próprio.   REITOR: ROBERTO BARTHOLO Coppe VICE-REITOR: JOÃO FELIPPE CURY MARINHO MATHIAS Instituto de Economia CHAPA 20 1 . Quais os principais problemas que a chapa enxerga no ensino da graduação e da pós-graduação? As atividades de ensino são cada vez mais reféns de problemas orçamentários e de gestão, sobretudo as de graduação. Se destacar em ensino não agrega na reputação e nos recursos disponíveis na mesma proporção que a proeminência em pesquisa. Por isso, há um desbalanceamento de importância relativa dessa atividade, levando a desinteresse docente, práticas pedagógicas anacrônicas e perda de qualidade da atividade. 2- O que a chapa pretende mudar na política de ensino da UFRJ? Vamos priorizar o fortalecimento das atividades de ensino, sobretudo de graduação. Entendemos que, no século XXI, o crucial é o aprendizado, sendo o ensino parte dele. Vamos estimular a modernização pedagógica dos currículos e das práticas em sala de aula, atualizando a UFRJ em esferas onde a universidade não está, como os cursos online em plataformas como Coursera (que oferece aulas em vídeos e opções de leitura obrigatória e extra, para melhor entendimento dos conteúdos repassados). 3 - Qual o principal problema que a chapa enxerga na área da pesquisa científica na universidade? A universidade pública, a UFRJ em particular, tem a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento nacional e não de produzir estatísticas. Pesquisa é mais do que pesquisa científica e há mais em pesquisar do que atender a indicadores de desempenho. Devemos definir a pauta da pesquisa científica, tecnológica, artística e não apenas responder a indicadores impostos sobre nós. 4 - Qual proposta tem para a pesquisa? O que pretende mudar? Queremos uma pesquisa que crie valor e valor pode ser criado de múltiplas maneiras: via artigos, livros, tecnologias, produtos, negócios. Privilegiar um tipo de produção em detrimento dos outros, em todos os campos do saber, não faz sentido. Precisamos rediscutir os indicadores de desempenho e facilitar a criação de valor em outras modalidades que hoje não são devidamente reconhecidas. 5 - Qual o principal problema que a chapa vê na política de Extensão da UFRJ? Entendemos que a extensão não pode ser confinada a um entendimento estreito, que limita as ações que podem ser empreendidas nessa área. Diversas ações de extensão não têm recebido o devido reconhecimento institucional. 6 - O que a chapa pretende mudar na área de extensão? Entendemos que a extensão tem que ser livre e a definição do que pode ou não ser enquadrado como extensão deve ficar descentralizada em cada unidade. Entendemos que a reitoria deve ter papel conector entre iniciativas e não regulador. Pretendemos fortalecer a extensão universitária conectando as iniciativas e aumentando a visibilidade das ações, pois elas impactam diretamente na imagem e no valor que a UFRJ agrega à sociedade. Questão da diretoria: Como avalia a situação do Canecão e como pretende resolver esta questão? A situação do Canecão é mais um exemplo do entrelaçamento entre problemas orçamentários e de gestão. Expõe a dificuldade que a UFRJ tem em superar barreiras que nos impedem em pensar e agir para criar valor para a sociedade. Pretendemos criar um parque artístico inspirado no parque tecnológico, que permita potencializar e dar vazão às atividades de ensino, pesquisa e extensão das unidades relacionadas na UFRJ, criando e capturando valor em parceria com a sociedade amplamente entendida, envolvendo pessoas e organizações públicas, privadas e do terceiro setor. REITORA: DENISE PIRES DE CARVALHO Instituto de Biofísica VICE-REITOR: CARLOS FREDERICO LEÃO ROCHA Instituto de Economia CHAPA 10  1 . Quais os principais problemas que a chapa enxerga no ensino da graduação e da pós-graduação?Na graduação, as altas taxas de evasão e retenção em muitos cursos da UFRJ são o principal problema. Temos de atuar fortemente na questão da permanência dos alunos. Na pós-graduação, alguns cursos tiveram problemas na última avaliação da Capes. Além disso, temos sofrido com a redução dos recursos para a pesquisa e a defasagem nos valores das bolsas. 2- O que a chapa pretende mudar na política de ensino da UFRJ? Pretendemos identificar as possíveis causas de altas taxas de evasão e retenção nos diferentes cursos e atuar para aumentar o número de concluintes, por intermédio de políticas específicas. Estimularemos a discussão de novas metodologias de ensino, incluindo o uso de plataformas digitais diversas. Também devem ser identificadas as causas de alguns programas não terem sido bem-sucedidos na avaliação da Capes. Uma possível solução é a formação de “casadinhos internos”, em que programas 6 e 7 atuam em colaboração com programas 3 e 4 para melhorar a avaliação. 3 - Qual o principal problema que a chapa enxerga na área da pesquisa científica na universidade? A infraestrutura dos laboratórios de pesquisa está sucateada, na maioria. O fomento destinado à pesquisa vem diminuindo progressivamente. Portanto, a redução no fomento e a infraestrutura inadequada podem diminuir a qualidade das atividades de pesquisa. A Universidade é excessivamente burocratizada na condução de recursos de financiamento e mantém elevada insegurança jurídica. 4 - Qual proposta tem para a pesquisa? O que pretende mudar? Pretendemos discutir e regulamentar o Marco Legal de Ciência e Tecnologia no âmbito da UFRJ para aumentar a possibilidade de fomento. Proporemos a criação de um escritório técnico junto à PR3 para administrar projetos de pesquisa e agilizar fomentos em agências nacionais e internacionais. Esse escritório servirá ainda para facilitar a importação de equipamentos e material de consumo. A adoção de práticas de compras centralizadas pode também reduzir o custo de vários insumos aos laboratórios. 5 - Qual o principal problema que a chapa vê na política de Extensão da UFRJ? A política de Extensão da UFRJ tem sido centralizadora e burocrática. A definição de extensão é estreita e desagrada à comunidade universitária. Essa forma de condução tem desestimulado a prática de extensão e algumas pessoas que desenvolviam atividades de extensão desistiram de atuar. Essa situação é agravada em razão da necessidade de inclusão de 10% da carga horária em atividades de extensão nos currículos de graduação, o que gera grande insatisfação ao corpo discente. 6 - O que a chapa pretende mudar na área de extensão? Proporemos a criação do Conselho de Extensão nos moldes do CEG e CEPG. A política de Extensão será mais republicana e o conceito será ampliado e discutido amplamente nesse Conselho. Buscaremos envolvimento de nosso corpo social. Pretendemos atuar de forma mais democrática e em diálogo permanente com a comunidade universitária. Questão da diretoria: Como avalia a situação do Canecão e como pretende resolver esta questão? O Canecão não existe mais. Há apenas uma dívida da Universidade com a sociedade de prover um espaço cultural naquela área. Não podemos cometer os mesmos erros do passado. O ideal seria uma parceria com o setor privado para o funcionamento de uma casa de espetáculos. O projeto BNDES, iniciado pela atual reitoria, prevê a cessão de toda área entre o Instituto de Psiquiatria, a Neurologia e o Rio Sul. São 44 mil metros quadrados. Seria interessante que, no caso do espaço cultural, houvesse um formato contratual que permitisse o uso dessas instalações pela Universidade. REITOR: OSCAR ROSA MATTOS Coppe VICE-REITORA: MARIA FERNANDA QUINTELA Instituto de Biologia CHAPA 40 1 . Quais os principais problemas que a chapa enxerga no ensino da graduação e da pós-graduação? O ensino precisa ser mais integrado na UFRJ, com disciplinas compartilhadas horizontalmente (entre diferentes cursos de graduação) e verticalmente (entre a graduação e a pós). Criar mais “áreas verdes” nos currículos é importante para integrar o ensino com a pesquisa e a extensão. 2- O que a chapa pretende mudar na política de ensino da UFRJ? A questão das formas e práticas de ensino são muito particulares de cada área ou unidade acadêmica e isso precisa ser respeitado. Cabe à Reitoria fomentar e estimular o debate que possa aperfeiçoá-las. Nesse processo, ouvir os estudantes e fortalecer as Comissões de Acompanhamento e Orientação Acadêmica (COAAs) é fundamental. 3 - Qual o principal problema que a chapa enxerga na área da pesquisa científica na universidade? Os grupos de pesquisa da UFRJ representam um patrimônio do país. No nosso entender, a falta de recursos financeiros e de reconhecimento são os principais problema da pesquisa científica, o que causa impactos preocupantes, em especial aos jovens docentes que estão estabelecendo seus laboratórios e núcleos na universidade. 4 - Qual proposta tem para a pesquisa? O que pretende mudar? Queremos criar editais internos, manter ativas nossas unidades multiusuárias, bibliotecas e outros espaços de pesquisa. Buscar parcerias e manter os editais para professores visitantes e seniors podem ser formas de atravessar esse momento de baixo investimento. Queremos também estimular a divulgação científica. 5- Qual o principal problema que a chapa vê na política de Extensão da UFRJ? Das atividades acadêmicas, a extensão foi a mais recentemente implementada, sendo a que carece de maior institucionalização e capilaridade. Avançamos muito ao longo das últimas gestões. A criação de um Conselho de Extensão com configuração similar ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG) e Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) é um passo necessário neste sentido. 6 - O que a chapa pretende mudar na área de Extensão? Avançar na democratização das decisões, hoje ainda muito concentradas na figura do Pró-reitor. A Plenária de extensão, com assento de coordenadores de todas as unidades e centros, tem sido muito importante, mas é preciso criar o Conselho de Extensão. Vamos discutir e ouvir a comunidade, preservando o princípio da gratuidade. Questão da diretoria: Como avalia a situação do Canecão e como pretende resolver esta questão?Queremos devolver à cidade do Rio de Janeiro um equipamento cultural aos moldes do Canecão. Por isso, daremos continuidade ao projeto da UFRJ desenvolvido em parceria com o BNDES. Por enquanto, sabemos que está prevista a construção e manutenção estrutural de uma série de equipamentos da universidade, durante todo o período de seção de uso. Entre eles, um espaço cultural multiuso, com gestão e governança da UFRJ, na Praia Vermelha, que também servirá de laboratório de extensão para todos os cursos na área cultural da universidade.

Diversas categorias ganham liminares contra a medida provisória que determina o pagamento de qualquer contribuição sindical apenas por boleto bancário Nas últimas três semanas, sindicatos de diversas categorias e localidades do Brasil ganharam respaldo da Justiça contra a medida provisória do presidente Bolsonaro que ameaça a sobrevivência financeira do movimento sindical. Sete Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) foram impetradas no Supremo Tribunal Federal. Na primeira instância da Justiça Federal, ao menos 31 sindicatos tiveram liminares concedidas, incluindo a Adufrj. Editada na véspera do carnaval, a MP 873 obriga que o pagamento de qualquer contribuição sindical seja feito apenas por boleto bancário e proíbe a possibilidade de os trabalhadores autorizarem o desconto em folha de pagamento. O relator do caso no STF, o ministro Luiz Fux, decidiu que o julgamento das ações será realizado em plenário “tendo em vista a repercussão jurídica e institucional da controvérsia”. Fux pediu informações sobre o tema, mas a data de julgamento ainda não foi definida. Sob o impacto da avalanche de ações judiciais, o governo editou um decreto presidencial em 21 de março, reforçando o teor da MP. A iniciativa colocou lenha na disputa entre o Congresso e o Palácio do Planalto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convidou representantes de centrais sindicais para uma reunião na próxima terça-feira para tratar da medida provisória. Entre os argumentos contrários à MP estão: o efeito de inviabilizar o funcionamento de milhares de entidades, a impossibilidade de o Estado interferir em organização sindical e a liberdade de associação dos cidadãos. “As Adins e as ações feitas pelos sindicatos reforçam a interpretação sobre a inconstitucionalidade de seus dispositivos”, disse a advogada da Adufrj Ana Luisa Palmisciano. “Esperamos que o STF paute rapidamente as ações diante do impacto na sobrevivência dos sindicatos”. As sete ações que chegaram ao STF têm como autores a OAB, as confederações das Carreiras Típicas de Estado, dos Servidores Públicos, dos Trabalhadores em Turismo, dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria e o PDT.

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