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O Andes alerta que criminosos estão enviando um link falso por e-mail a professores de todo o país. Eles dizem se tratar de uma calculadora salarial do MGI. Se você receber, não clique no link. É golpe. Denuncie à AdUFRJ. O link redireciona o usuário para uma página que sequestra os dados da vítima, como senhas e dados bancários. O Jurídico da AdUFRJ abriu inquérito para investigar os golpes. Fique atento!
A AdUFRJ oferece curso de alemão gratuito aos professores sindicalizados. As aulas começam no dia 1º de abril. Ainda restam cinco vagas. Haverá duas turmas: uma às terças, às 9h, e outra às sextas, às 16h.
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Foto: Alessandro Costa
O auditório da Coppe, no CT2, ficou pequeno para celebrar os 25 anos de fundação do Conselho de Minerva. A organização reúne 200 ex-alunos da UFRJ, além de associações de ex-alunos, universidades e instituições militares como o Museu Histórico do Exército e os Fortes de Copacabana e do Leme.
A cerimônia ocorreu no dia 19 e homenageou autoridades e personalidades de dentro e de fora da universidade. Presidente do Conselho de Minerva, o professor Sebastião Amoêdo de Barros se emocionou ao recordar a trajetória de constituição do conselho, que surgiu para apoiar as ações da universidade. “O Brasil não teria autonomia energética se não fosse a UFRJ. Devemos continuar a buscar o futuro”, declarou, na abertura do encontro.
Outra premiação concedida durante a assembleia comemorativa foi a Ordem do Mérito Guriri a cerca de 60 conselheiros. A honraria tem como objetivo destacar o comprometimento com a educação e a defesa da UFRJ. O nome é inspirado na planta Guriri (Allagoptera arenaria), que se desenvolve no solo arenoso do litoral do Rio de Janeiro e oferece abrigo a várias espécies. “Simboliza força, cooperação e resiliência”, explicou o professor Francisco Esteves, do Instituto de Biologia, um dos homenageados com a Ordem.
Os jornalistas Ancelmo Góes e André Trigueiro foram agraciados com o Colar do Mérito Pedro, O Libertador por suas contribuições para as comunicações e a defesa do meio ambiente. Todas as universidades públicas do Rio de Janeiro e o Instituto Politécnico de Leiria (Portugal) também receberam a distinção.
O reitor Roberto Medronho, presidente de honra da organização, destacou o papel estratégico da universidade no desenvolvimento socioeconômico do país e pediu unidade. “Precisamos construir coletivamente um novo mundo. É a partir da nossa união que vamos fazer deste país que tanto amamos um país mais justo, mais solidário e mais fraterno”.
Ex-reitor da UFRJ, o professor emérito Paulo Alcântara Gomes foi condecorado. Foto: Alessandro Costa
Professor Francisco Esteves recebeu a Ordem do Mérito Guriri. Foto: Alessandro Costa
Por Renan Fernandes

Com o tema “Lutas e resistências femininas”, a edição especial do Cine Cidadania ganhou um significado especial, na última terça-feira (25). A exibição do filme “O mensageiro”, de Lucia Murat, colocou em pauta a anistia aos torturadores do regime militar. “É simbólica a exibição deste filme no dia em que defensores de torturadores estão sendo julgados”, exaltou a professora Christine Ruta citando o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e aliados por envolvimento na trama golpista de 8 de janeiro de 2023.
O filme narra a história de Vera, jovem militante presa em 1969, após a implementação do AI-5. Em paralelo, a saga de sua mãe, Maria, para conseguir informações sobre o paradeiro da filha e garantir sua sobrevivência a aproxima de Armando, o carcereiro que alterna momentos de empatia com cenas de crueldade. A história da protagonista é inspirada na trajetória da própria diretora, que foi estudante do Instituto de Economia entre os anos de 1967 e 1968, antes de passar à clandestinidade na luta contra o regime.
O tema da ditadura é recorrente na obra de Lucia. “Faço filmes em função das minhas angústias. Cada filme que faço sobre a ditadura falam também da época em que foram feitos”, revelou. A motivação da cineasta neste último trabalho foi a percepção de uma crescente polarização na sociedade brasileira nos últimos anos. “Pensar no mensageiro, é pensar na possibilidade de diálogo com o outro. Havia uma demonstração de humanidade em meio a todo aquele horror”, afirmou Murat.
A historiadora Andrea Queiroz, diretora da Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ, pesquisa os impactos do regime militar na universidade. Entre os 45 professores cassados, Queiroz destacou a forma como as mulheres eram tratadas nos dossiês. “As mulheres eram tratadas de forma pejorativa, com um olhar de vulgarização e objetificação. Grandes cientistas como Eulália Lobo, Maria Yedda Linhares e Marina São Paulo de Vasconcelos”, explicou.
“Onde estaríamos se o 8 de janeiro não tivesse fracassado? Que nível de agressividade, de potência autoritária nós estaríamos submetidos?”, questionou a professora Eleonora Ziller, diretora da Universidade da Cidadania. A docente destacou a perspectiva didática na abordagem do tema. “É profundo e necessário, uma pedagogia de reeducação sobre o significado dessa fase da nossa história”.
Por Renan Fernandes
A professora Hildete Pereira de Melo não conteve as lágrimas durante a exibição do documentário “O Lobby do Batom”, promovida pela AdUFRJ na noite de sexta-feira (21), na Casa da Ciência. “Já assisti a esse filme várias vezes, mas foi a primeira vez que chorei”, disse a economista quando as luzes foram acesas. O filme de Gabriela Gaston mostra a luta de Hildete e outras bravas mulheres que organizaram o movimento feminista nos anos 1970 e 1980 e conseguiram influenciar a redação da Constituição de 1988.
“Foram tempos difíceis, de muita luta. Lembrar tudo isso agora me emocionou. Acho que estou ficando velha”, brincou Hildete. Depois da exibição, uma roda de conversa discutiu a pouca representação feminina em cargos de poder que persiste até os dias de hoje. A professora Mayra Goulart, presidenta da AdUFRJ, destacou que no estado do Rio de Janeiro, apenas 9% dos cargos legislativos são ocupados por mulheres, um dos menores índices do país.
“O machismo não é uma peça de antiquário, que estudamos como um fenômeno histórico”, disse a docente. Outro dado importante foi apontado pela professora Christine Ruta, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura. “Nas 23 secretarias de Ciência e Tecnologia que existem nos estados do Brasil, apenas quatro têm mulheres na pasta”, acrescentou ao debate.
O evento foi mais uma ação da AdUFRJ em celebração ao mês de luta pelos direitos das mulheres. “Queremos realizar mais encontros para promover discussões relevantes para a sociedade”, afirmou a vice-presidenta do sindicato, professora Nedir do Espirito Santo.