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O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) conta, desde o último dia 27, com um laboratório de práticas de Enfermagem que nada fica a dever aos similares mais modernos do país. Reformado e ampliado com verba de uma emenda parlamentar da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o Laboratório de Enfermagem em Práticas Avançadas, Simulação Realística e Inovação pode simular cenários reais de saúde, permitindo aos profissionais praticar e inovar em um ambiente seguro.
“Mais do que um espaço físico, ele é um símbolo do esforço contínuo para alcançar a excelência na assistência à saúde, beneficiando não apenas os profissionais, mas toda a população que depende de cuidados qualificados”, avalia o enfermeiro Tony Figueiredo, diretor da Divisão de Enfermagem do HUCFF. Segundo ele, as práticas avançadas de enfermagem são essenciais para ampliar o acesso da população aos serviços de assistência à saúde, com qualidade e segurança. “A enfermagem desempenha um papel crucial no gerenciamento do cuidado, ela é a responsável pela integralização da assistência multiprofissional ao paciente”.
Foto: Fernando SouzaCom quatro salas — aulas, simulação, comando e habilidades —, o laboratório conta com equipamentos e materiais de última geração e é capaz de simular todos os procedimentos que uma equipe de Enfermagem pratica no dia a dia, desde a reanimação até a intubação de pacientes. “Como ele associa as práticas avançadas à simulação realística, a gente consegue trazer o acadêmico, o residente ou o funcionário que atua na assistência para vivenciar aqui o que ele vai fazer em seu dia a dia. Apesar de ser um laboratório de Enfermagem, estamos abertos também a outras disciplinas, como a Nutrição, a Fisioterapia e a Medicina”, diz a enfermeira Danielle Fernandes, da assessoria de Educação Permanente da Divisão de Enfermagem, que trabalha há 20 anos no HU.
Para a enfermeira Cristiane Bhering, também com 20 anos de HU, sendo 17 na UTI, o laboratório está perfeitamente adaptado às mais novas condições tecnológicas. “O laboratório sempre foi muito importante para o nosso treinamento, mas com os anos ele foi se deteriorando, e precisava de reforma e modernização. Foi uma grande conquista para nós, pois temos em um hospital público o que há de mais moderno no mercado em práticas avançadas de Enfermagem”, atesta Cristiane, da assessoria de Materiais da Divisão de Enfermagem.
MODERNIZAÇÃO
De acordo com Tony Figueiredo, que elaborou o projeto de reestruturação do espaço, além do desgaste natural pelo tempo de uso, os equipamentos e manequins do laboratório tornaram-se obsoletos e inadequados ao desenvolvimento das atuais demandas de treinamento, capacitação e desenvolvimento profissional e aos novos modelos de ensino, pesquisa e inovação em saúde. Ele conta que, além da deputada Jandira Feghali, foi fundamental no apoio ao projeto a enfermeira Rejane de Almeida, ex-deputada estadual do Rio.
Mais de mil profissionais de Enfermagem compõem o quadro de pessoal da Divisão de Enfermagem, lotados 24 horas por dia nos diversos setores do HU. Para Tony Figueiredo, o laboratório tem potencial para se estabelecer como um centro de pesquisas. “Temos a intenção de estreitar as relações e realizar parcerias com várias áreas da universidade, como a Coppe, o Instituto Nutes e a COPPEAD, entre outras instituições”.
QUALIDADE
O diretor-geral do HU, médico Marcos Freire, enalteceu a importância das emendas parlamentares para o desenvolvimento de projetos como o do novo laboratório, sobretudo diante das restrições orçamentárias da UFRJ. “A maior parte dos recursos da unidade (70%) é oriunda do Sistema Único de Saúde, cuja verba é destinada ao custeio das atividades assistenciais do hospital. Os outros 30% vêm do MEC, parte do aporte da UFRJ destinado aos hospitais universitários. As emendas parlamentares são importantes porque é desta forma que conseguimos alcançar projetos como este”, diz Freire.
Diante da expectativa de que, num futuro próximo, o HU possa reabrir leitos para atendimento ao SUS, Marcos Freire sustenta que o novo laboratório terá importante função na melhoria da qualidade no ensino. “Com a possibilidade de aumento de leitos, teremos mais movimento no centro cirúrgico e nos ambulatórios, ou seja, um aumento da produtividade do hospital, e esses projetos são fundamentais para o treinamento e, assim, melhorar a qualidade de ensino. O laboratório é multidisciplinar, então todas as especialidades são beneficiadas. Essas iniciativas devem se perpetuar para formar cada vez mais profissionais qualificados”.
A reitoria convidou para um café da manhã, nesta segunda-feira (26), parlamentares da bancada fluminense no Congresso Nacional. O objetivo do encontro foi mostrar a precária situação orçamentária da UFRJ e sensibilizar os parlamentares para que se juntem à universidade em busca de soluções. O cardápio, além de pães e biscoitos, incluiu “sopa de osso”. Esta foi a expressão usada pelo reitor Roberto Medronho para definir a situação financeira da UFRJ. “É uma situação dramática. Os recursos só cobrem as despesas básicas de custeio até julho. Não estamos nem mais no osso. Talvez precisemos fazer sopa de osso. Sem uma recomposição orçamentária, não sei como chegaremos ao segundo semestre”, avaliou o reitor.
Em sua apresentação, Medronho disse que a UFRJ precisa de uma complementação da ordem de R$ 176,5 milhões para custear suas atividades até o fim do ano. E de outros R$ 567 milhões para obras emergenciais em várias unidades que apresentam graves problemas estruturais. Os três deputados federais presentes — Jandira Feghali (PCdoB), Gutemberg Reis (MDB) e Tarcísio Motta (Psol) — se colocaram à disposição para auxiliar a UFRJ a buscar os recursos complementares. Entre as articulações propostas estão uma audiência pública no Congresso e encontros com o ministro da educação, Camilo Santana, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
ÁREAS DE RISCO
O professor Roberto Medronho apresentou um estudo feito pelo Escritório Técnico da universidade (ETU) com dados assustadores. Foram vistoriados 52% dos espaços edificados da UFRJ, o que equivale a uma área de 515 mil metros quadrados. Destes, 22% (220 mil metros quadrados) necessitam de reabilitação do tipo profunda para correção de anomalias graves, que representam risco para alunos, professores e técnicos. São 18 edificações, sendo a metade delas composta por imóveis tombados, como o Edifício Jorge Machado Moreira, a Faculdade Nacional de Direito, a Escola de Música e o IFCS.
“As obras nesses bens tombados são complicadas, porque podem revelar novas anomalias e há limitações para aditivos aos contratos. Há muita dificuldade em encontrar empresas que se habilitem ao trabalho. No fim do ano passado, apesar de haver recursos determinados pela Justiça para a execução das obras no Hospital Escola São Francisco de Assis (Hesfa), nenhuma empresa se aventurou a participar da licitação”, exemplificou o reitor.
ESFORÇO CONJUNTO
Os três parlamentares presentes ao encontro se comprometeram a mobilizar a bancada fluminense para obter recursos para a UFRJ. “Eu penso que nós temos duas grandes tarefas. A primeira é imediata: não quero ver essa universidade fechar. Muito menos ficar sem luz, sem água, com seus laboratórios fechando. Isso é dramático. Essa primeira tarefa é buscar no governo esse crédito suplementar imediato para fazer frente a esse déficit de R$ 176 milhões, que precisa ser imediatamente coberto para que a UFRJ chegue ao fim de 2024. Penso que devemos mobilizar a bancada para essa ação junto ao MEC. A segunda tarefa é pensar o orçamento para a frente, para que o orçamento de 2025 não faça a universidade passar pelo que está passando hoje, de pires na mão”, defendeu a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB).
Na mesma linha, o deputado Tarcísio Motta (Psol) defendeu um esforço conjunto da bancada em defesa da universidade. “A UFRJ precisa de ajuda urgente. O orçamento atual só é capaz de manter a universidade aberta até meados de julho. Nosso mandato, ao lado da bancada de deputados do Rio de Janeiro, se compromete a organizar um encontro entre o MEC e a reitoria para que possamos debater o problema. Também vamos organizar uma audiência pública em Brasília sobre o tema dentro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados”, prometeu Tarcísio, que é professor.
Já o deputado Gutemberg Reis (MDB) lembrou que a bancada deve lutar não apenas pela solução emergencial para a UFRJ chegar aberta até o fim de 2024, mas também para levar adiante projetos importantes para o estado do Rio de Janeiro e para o país. “Essa universidade é uma referência no Brasil, é um espelho da nossa educação. Eu fico triste de ver a UFRJ nesta situação. Quero colocar meu mandato à disposição para reverter esse quadro. Lá em Duque de Caxias, meu município, a UFRJ tem um papel muito importante. Estamos lutando lá para levantar um novo prédio e implantar o curso de Medicina no campus Duque de Caxias da UFRJ. Isso vai representar mais médicos para a Baixada Fluminense. Temos que levar este e outros projetos da UFRJ adiante”.
EMENDAS
O professor Rodrigo Fonseca, que representou a diretoria da AdUFRJ no evento, entregou aos parlamentares o Balanço Anual do Orçamento do Conhecimento, documento elaborado pelo Observatório do Conhecimento com base informações em orçamentárias sobre a UFRJ na LOA 2024. “Foi um encontro importante para a UFRJ mostrar sua precária situação financeira e se articular com a bancada fluminense em busca de soluções”, avaliou Rodrigo.
De acordo com o estudo do Observatório do Conhecimento, entre 2015 e 2022, o peso das emendas individuais e de bancada vem aumentando na composição orçamentária da UFRJ, enquanto se observa uma queda do orçamento discricionário. Esse padrão se mantém mesmo em 2023 e 2024, já no governo Lula, quando o orçamento da universidade teve recomposições.
O deputado Tarcísio Motta ressaltou um aspecto levantado pelo estudo do Observatório que trata do peso das emendas parlamentares individuais no orçamento. “É um dado preocupante, pois esse peso vem aumentando. Elas são importantes, mas não resolverão o problema. O problema é estrutural, de um orçamento que não se sustenta. Nosso desejo, como parlamentar, é atender todo mundo, mas não há recursos suficientes. Precisamos quebrar essa lógica no debate sobre orçamento”.
Aline Caleiras é mãe João, de 8 anos. Ao lado, Bárbara, de 6A ADUFC organizou o Espaço Infantil, de acolhimento a filhas e filhos de docentes que participam do 42º Congresso do Andes. Nesta edição, são atendidas 11 crianças cadastradas previamente pelos participantes. “Temos desde um bebê de oito meses a crianças de 12 anos”, destaca a professora Eunice Menezes, uma das coordenadoras do espaço. “Nosso foco é acolher e garantir o bem-estar das crianças”.
Além de Eunice, participam da coordenação do espaço a professora Iany Bessa e o brinquedista Pedro Rodrigues, que é aluno da UFC e atua na brinquedoteca da universidade. Na programação, pintura, música, literaturas de etnias diversas, principalmente negra e indígena, e muito contato com a natureza. “Eles recebem um ‘kit explorador’ e missões para interação com a natureza”, revela a professora Eunice.
As atividades incluem duas mini excursões pelo campus da Universidade Federal do Ceará: a visita a um espaço de estudo de répteis e ao Museu da Infância e do Brinquedo. “É importante que as crianças participem das experiências. Os pais têm liberdade para entrar e interagir com as crianças sempre que quiserem”, reforça a professora Iany.
CONFIANÇA
A professora Aline Caldeira, da delegação da AdUFRJ, é mãe de João, de oito anos. Para ela, a existência do Espaço Infantil é um importante
Claudio é pai de Leon, de 4 anosmeio de proporcionar bem-estar aos pequenos e garantir a participação dos adultos no congresso. “Eu tenho ficado bem tranquila. Percebo que ele está se desenvolvendo, está fazendo amizade, está feliz. Inclusive, ficando longe das telas, faz passeios pela universidade”, relata. “O espaço é fundamental para a nossa participação nos espaços de discussão. Espero que seja uma iniciativa que se desenvolva mais, que se estruture mais, para que outras mães possam participar na condição de delegadas. Conciliar a dinâmica do congresso com a maternidade é um desafio”.
A AdUFRJ paga passagem e hospedagem dos filhos de docentes de sua delegação.
Pai de Leon, de quatro anos, o professor Claudio Anselmo Mendonça, da delegação da Apruma, é só elogios. “É um grande avanço poder contar com a garantia de um espaço que possibilita a nossos filhos terem um tratamento de qualidade, com abordagem pedagógica”, destaca. A confiança é outro fator fundamental que repercute na participação dos congressistas. “Para nós é uma tranquilidade, porque sabemos que nossas crianças terão todo cuidado, carinho, atenção e amor necessários ao seu desenvolvimento. Com certeza é um acalento ao coração saber que você está tocando as demandas da categoria e seu filho está em sua dimensão infantil brincando, se divertindo”.
O congresso de Fortaleza evidenciou um racha entre os grupos que controlam o Andes, reunidos no coletivo Andes de Luta e pela Base (ALB) — comandado por correntes do PSOL e do PCB. Os indícios do antagonismo surgiram antes mesmo da edição do caderno de textos que subsidia as discussões do encontro. A diretoria assinou um documento, mas integrantes de outras correntes que compõem o coletivo, e que estão fora da diretoria, ratificaram outro texto de conjuntura. Os desdobramentos dessa fissura repercutiram na plenária que aprovou a greve. O ALB votou dividido. Parte desejava greve ao longo de 2024 e outra defendia a greve já.
Mais de 60 mil professores do magistério superior são filiados ao Andes. O gigantismo da instituição, que completa 43 anos em 2024, torna mais complexo o jogo político que rege as disputas pelo sindicato nacional. Se a atual diretoria é composta majoritariamente por docentes com militância política, o principal grupo de oposição se organiza no coletivo Renova Andes, formado por professores de diferentes correntes políticas — como setores do PT, PSOL, PCdoB e PDT— e mesmo sem militância ou filiação político-partidária. Desde 2018, o grupo vem ganhando mais espaço nas discussões congressuais e nas eleições do sindicato nacional.
O Renova também se dividiu na votação sobre a greve. Como não era possível defender outros caminhos de mobilização, porque a greve tinha sido aprovada por maioria em todos os grupos prévios de discussão, a maior parte do grupo votou pela construção mais responsável de uma greve ao longo de 2024. O restante se absteve da votação por não concordar com o método de discussão que deixou de fora o contraditório.
O sindicato é disputado, ainda, por uma oposição minoritária, subdividida em quatro grupos que se identificam mais à esquerda da diretoria nacional. Há setores do PSTU, independentes, os que querem fazer uma oposição ao Andes a partir da CSP Conlutas — central sindical da qual o Andes se desfiliou no ano passado, depois de uma série de erros políticos — e o Rosa Luxemburgo, que, entre as quatro tendências, é a que tem mais poder de organização e convencimento. Foi do Rosa, por exemplo, a articulação da proposta de “greve já”, que venceu a posição da diretoria nacional.
GREVE JÁ?
Para o professor Luis Antonio Pasquetti, da UnB, uma das lideranças do Renova Andes, o movimento de greve é uma construção importante para responder ao reajuste zero. “É inaceitável que os professores recebam essa proposta, mas há uma inabilidade da diretoria nacional em negociar com o governo”, avalia. “É necessário uma grande movimentação para fazer uma aliança com outras organizações que defendem a educação pública, mas é preciso ter os pés na realidade”, ressalva. “Nossa categoria está desmobilizada sobre esse tema. Sequer houve uma unanimidade sobre a proposta da ‘greve já’. Foram apenas 20 votos de diferença”, sublinhou. “Por isso, precisamos consultar nossas bases para tomarmos uma decisão mais qualificada, refletida, serena e responsável em relação à conjuntura geral”.
Presidente do Andes, o professor Gustavo Seferian, da UFMG, reconhece que as defesas em torno da “greve já” constituíram um elemento surpresa para a discussão, mas descarta que o resultado da votação tenha evidenciado uma derrota da diretoria nacional, que apontava para a construção da greve em prazo maior. “Não considero que foi uma derrota nossa, mas uma vitória de toda a categoria. As propostas são vivas e vão sofrendo intervenções a partir dos nossos acúmulos. Nenhuma das intervenções realizadas defendeu contra a greve. A diferença era apenas a temporalidade e as nuances sobre a forma de construção do movimento”, diz. “Então, nesse sentido, a greve foi unânime”.
“É claro que não temos que aceitar zero de aumento. Acredito na necessidade de uma luta muito acirrada, muito forte, dos professores”, afirma a professora Eleonora Ziller, delegada da AdUFRJ e liderança do Renova Andes. “Mas estamos no pós-pandemia, lutando para recuperar uma vida presencial que está esfacelada”, analisa. “Infelizmente, a condução do Andes não favorece. Há disputas insanas aqui colocadas e dá a impressão de que o que interessa é a greve, seja ela qual for. E isso é muito ruim, porque não politiza o debate”, critica a professora. “O importante é saber o que queremos, onde queremos chegar e ter uma pauta realista”.
Uma das atividades do primeiro dia de congresso foi a instalação da Comissão de Enfrentamento ao Assédio. A comissão é composta por cinco docentes da diretoria nacional do Andes e da diretoria da seção sindical anfitriã do encontro, a ADUFC. A aposta é que a criação de um grupo específico para receber demandas de assédio possa contribuir para coibir as agressões, além de punir eventuais agressores. “A comissão tem papel de acolhimento da vítima, de enfrentamento ao assédio, mas também é um espaço pedagógico”, ressalta a professora Maria Inês Escobar, diretora da ADUFC. “É importante que essa comissão exista para dizer que o assédio acontece muitas vezes entre nós. É um processo brutal, cujas vítimas são, majoritariamente, mulheres”.
Para a professora Sônia Pereira, também diretora da ADUFC, instalar a comissão é um importante passo institucional, mas ela precisa avançar. “Nosso papel é inibir e coibir ações discriminatórias. É um trabalho que precisa de continuidade, que deve ser fortalecido”.
HISTÓRICO
Criada pela primeira vez em 2018, no 37º Congresso do Andes, a Comissão de Enfrentamento ao Assédio foi uma resposta a um forte protesto de mulheres que denunciaram situações de assédio moral e sexual durante o congresso anterior, realizado em 2017, em Cuiabá. Na ocasião, elas leram um manifesto em que citavam diversos casos, e indicaram a constituição de uma comissão extraoficial de mulheres para apurar as denúncias. Não foram indicadas, no entanto, sanções aos acusados, que também não foram identificados.