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Parte da delegação da UFRJ no encontro[/caption] A Adufrj levou delegação de 24 professores. Todos participaram ativamente. O Congresso foi cansativo, com longos debates sobre a redação dos documentos e pouco aprofundamento sobre estratégias de enfrentamento ao governo. A última plenária terminou às 4h40 da madrugada de domingo, 13 horas após o que estabelecia o cronograma inicial. A situação recorrente inspirou a criação de uma comissão para rever a metodologia dos Congressos. “O método é muito cansativo e improdutivo. Fazemos grandes discussões sobre firulas e não priorizamos a temática docente", resumiu a professora Ligia Bahia, diretora da Adufrj. “Precisamos renovar o Andes”. NOTAS DO CONGRESSO Unila e UFV em suspense Criada há poucos anos, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu (PR), aguarda a nomeação do primeiro reitor eleito. A votação ocorreu no fim de 2018, com o o critério de maior peso para os docentes (70%). Há receio de que o governo Bolsonaro não respeite o mais votado. Na Universidade Federal de Viçosa, a preocupação é a mesma: o reitor foi eleito após consulta paritária. Imprensa A equipe de reportagem da Adufrj foi convidada a se retirar de duas salas onde os jornalistas cobriam as discussões dos grupos temáticos do Congresso. Segundo a diretoria do Andes, os repórteres poderiam fotografar, mas não realizar cobertura jornalística, anotando falas e acompanhando os debates. A diretoria da Adufrj criticou a posição e destacou que os sindicalizados têm direito a ser informados e que a imprensa sindical livre é a melhor formar de garantir a qualidade informativa. A permanência foi permitida. 40 anos da Adufrj No Congresso de Belém, foram expostos materiais das seções sindicais que fazem 40 anos em 2019, como a Adufrj. “Chegamos à maturidade, buscando o equilíbrio e a ponderação. Nossas ações mostram isso”, afirmou a presidente da Adufrj, Maria Lúcia Werneck, delegada pelo segundo ano consecutivo no evento. Na entrada do auditório, a Adufrj montou uma barraquinha com boletins, calendários e peças das últimas campanhas realizadas, como a “UFRJ Sempre”. Conservadorismo à mostra Primeira negra a assumir a presidência da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Viçosa (Aspuv) e ligada a movimentos sociais, a professora Júnia Marise Matos Sousa tem sofrido ataques. Listas eletrônicas que circulam na instituição questionam sua gestão – que começou em maio –, mas Júnia vê outras motivações: “É racismo, machismo. Não vamos abaixar a cabeça, pois não há nada errado na gestão”.
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