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Foto: Samuel Tosta
A Assembleia Geral da Adufrj-SSind, realizada nesta sexta (31/7) em auditório do Instituto de Psiquiatria (IPUB), manteve a greve da categoria por ampla maioria. Houve quatro votos contrários e apenas duas abstenções.
A AG aprovou uma contraposposta com pontos emergenciais para apreciação do Comando Nacional de Greve do Andes-SN.
Dentre os pontos, estão: o compromisso, por escrito, do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, de que não haverá qualquer forma de contratação via organizações sociais (OS) nas Instituições Federais de Ensino; liberação de verbas para assistência e permanência estudantil; e retomada dos cargos de apoio extintos da carreira dos técnicos-administrativo, com o objetivo de pôr fim à terceirização nas universidades.
Houve, ainda, a formação da Comissão Eleitoral que dará seguimento ao processo sucessório da diretoria e do Conselho de Representantes da Adufrj-SSind (biênio 2015-2017). Dela fazem parte os professores:
José Miguel Bendrao Saldanha (indicado pela diretoria)
Cristina Miranda (titular)
Sandra Martins Souza (titular)
Maria Fernanda Elbert Guimarães (titular)
Ricardo de Andrade Medronho (titular)
Leila Salim Leal (suplente)
Bruno de Souza Paula (suplente)
Leia a matéria completa da assembleia no próximo Jornal da Adufrj, que, excepcionalmente, será fechado na segunda-feira (3 de agosto).
Leia mais: AG mantém greve e aprova contrapropostas para avaliação do CNG/Andes-SN
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e as secretarias de Direitos Humanos e de Igualdade Racial são as pastas proporcionalmente mais afetadas pelo novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 8,6 bilhões no Orçamento da União. Anunciado na semana passada, o novo corte de despesas discricionárias (não obrigatórias) foi detalhado em decreto publicado nesta quinta-feira (30) em edição extraordinária do Diário Oficial da União e atinge também os ministérios da Saúde e da Educação.
Em termos proporcionais, os cortes afetam 15,1% do limite de gastos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, 14,4% da Secretaria de Direitos Humanos e 14,2% da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Órgãos de controle da administração pública, a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União foram poupados e não tiveram cortes.
Apesar de não liderarem os cortes em termos percentuais, os ministérios da Saúde e da Educação, que concentram os maiores orçamentos do governo federal, tiveram os maiores bloqueios de verbas em valores absolutos e foram as únicas pastas com cortes superiores a R$ 1 bilhão. Na Saúde, o contingenciamento adicional soma R$ 1,703 bilhão, 3,5% do total. Na Educação, o corte chega a R$ 1,165 bilhão, 2% da verba atual.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve contingenciamento de R$ 2,055 bilhões, o que representa 5,1% do limite anterior de gastos. A verba disponível para o PAC caiu de R$ 40,527 bilhões para R$ 38,472 bilhões. Nas demais despesas discricionárias, o corte chega a R$ 6,420 bilhões. Existem ainda R$ 327,1 milhões de verbas contingenciadas, não alocados em nenhum ministério, mas que poderão ser usados no decorrer do ano.
O contingenciamento adicional de R$ 8,6 bilhões havia sido anunciado na semana passada pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. A medida elevou de R$ 69,9 bilhões para R$ 78,5 bilhões o contingenciamento (bloqueio) de verbas no Orçamento Geral da União de 2015.
(Fonte: Agência Brasil, 30/07. Edição: Adufrj-SSind)
Morreu no dia 25 de julho um dos ícones da comunicação sindical e popular do Brasil. O velório aconteceu no dia 26, na sede do Sindicato dos Petroleiros do Rio. Ao som de “Bella ciao” e “A Internacional”, o Rio de Janeiro despediu-se do escritor Vito Giannotti.
O ítalo-tupiniquim nasceu em Lucca, na Itália, em 1943. Mas escolheu o Brasil para “fazer a revolução”. Foi no chão de fábrica, como metalúrgico, que Vito percebeu que a comunicação era essencial na disputa contra o capitalismo. Durante a ditadura exerceu importante papel na Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo. Dedicou toda sua vida à luta dos trabalhadores. Foi fundador e coordenador, ao lado de sua companheira Claudia Santiago, do Núcleo Piratininga de Comunicação, principal fomentador e formador de comunicadores populares e sindicais do país.
Vito escreveu uma dezena de livros sobre história dos trabalhadores, centrais sindicais, sobre comunicação sindical... Mas Vitão não se importava com seus títulos e feitos. Ele não queria nada para si. Amou a periferia. Amou a favela. Virou funkeiro. Subiu o morro. Brigou com o sistema. O que importava mesmo – e o que o fazia singular – era sua capacidade de viver o amor revolucionário. Este é o seu grande legado. Vito Giannotti: presente, presente, presente!
Atividade foi organizada pela Adufrj-SSind, Sintufrj, DCE Mário Prata e APG-UFRJ, com participação da ATTUFRJ
Da Redação
A ofensiva conservadora tem posto a terceirização como dinâmica central na exploração da força de trabalho. Esse novo padrão de relações, segundo o professor Cézar Maranhão, da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, vem abatendo conquistas que resultaram da luta dos trabalhadores no século XX.
Maranhão afirma que o drama dos terceirizados da UFRJ é um microcosmo de uma prática que se expande mundo afora. O professor cita números preocupantes da ampliação de terceirizados no Brasil. Mais grave ainda: a expansão do trabalho terceirizado no setor público, quando o Estado é o contratante.
As observações do professor foram feitas no debate sobre terceirização e precarização do trabalho. A reunião sob tendas, na manhã de quinta-feira 23 no campus da Praia Vermelha, foi atividade unificada de greve, organizada pela Adufrj-SSind, Sintufrj, APG e o DCE Mário Prata.
Na mesa que conduziu o evento, além de Cézar Maranhão, Francisco de Assis (Sintufrj), Luciano Coutinho (Adufrj-SSind) Pedro Silveira (DCE) e as representantes da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (ATTUFRJ), Terezinha Costa e Waldinéa Nascimento.
Terezinha e Néia (como é mais conhecida) são duas lideranças que têm se destacado na crise provocada por empresas terceirizadas na UFRJ. Como se sabe, a universidade chegou a adiar o calendário acadêmico no início do semestre porque, sem salários e dinheiro para transportes e alimentação, funcionários terceirizados de limpeza e portarias suspenderam o trabalho.
A mobilização dos terceirizados, fortalecida pela solidariedade das entidades de estudantes, técnicos-administrativos e professores, acabou resultando na criação da Attufrj. Esse novo patamar de organização deu força ao embate entre trabalhadores submetidos à extrema precarização e empresas de escrúpulos questionáveis, contratadas pela universidade para operações de apoio.
O debate foi antecedido por um fraterno café da manhã compartilhado por professores, funcionários e estudantes em greve. A atividade foi encerrada com panfletagem na Av. Venceslau Brás: manifestantes abordaram motoristas e pedestres, explicando as razões do movimento na UFRJ.