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As células na cor azul representam casos de classe/níveis/titulação que existem na carreira de magistério superior, mas não existem em EBTT. Na cor verde, a situação se inverte.
Estudantes recebem doações de CAs e Unidades acadêmicas. Crédito: Elisa Monteiro[/caption] Pedro Alvarenga, estudante da História da Arte, viveu uma experiência terrível na madrugada da última quarta-feira. Morador do alojamento da UFRJ, ele foi acordado por gritos que vinham de fora do seu quarto. “Achei que era uma briga. Quando vi, estava tudo cheio de fumaça”, diz. Era o começo do incêndio que atingiu o bloco B, hoje interditado pela Defesa Civil. “Só consegui puxar minha mochila e sair correndo.” Já fora do prédio, após as chamas serem contidas, o jovem ainda tinha esperança de resgatar alguns de seus pertences. “Mas os bombeiros me informaram que tudo foi queimado”, disse. Entre as perdas, o que Pedro mais lamentou foram as dezenas de livros acumulados em duas graduações. Natural de Divinópolis (MG), Pedro veio ao Rio para estudar. A UFRJ é a segunda universidade do jovem. Antes, foi bolsista da PUC, mas saiu pelas dificuldades de se manter no curso de Cinema. Indignação Pedro participou, na manhã seguinte, de uma reunião com a reitoria. No encontro, os moradores estavam indignados e muitos caracterizaram o incêndio como “tragédia anunciada”, em função das precárias condições do bloco, ainda não reformado. “A reitoria faz o possível, dentro das limitações orçamentárias”, respondeu o reitor Roberto Leher. Os residentes também manifestaram preocupação com possíveis prejuízos acadêmicos. O pró-reitor de Graduação, Eduardo Serra, assegurou que medidas serão tomadas para minimizar os danos. “Especialmente para os alunos da Escola de Belas Artes e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, que ainda estão em 2017.1, vamos trabalhar para ter prazos especiais, trancamento, segunda chamada”, disse. Apoios externos Em nota, a UFRJ informou que tanto a prefeitura do Rio quanto o Ministério da Educação ofereceram apoio à universidade. De acordo com o texto, o prefeito Marcelo Crivella “sinalizou que a Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação poderá apresentar soluções concretas e emergenciais para a UFRJ, tais como opções de moradia aos alunos.” Doações em alta O dia seguinte ao incêndio estudantil foi marcado pela chegada de doações à portaria da residência. O movimento é impulsionado por centros acadêmicos, com abastecimento de roupas, cobertas e toalhas. Também será aberto um posto no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho para recolhimento dos produtos de higiene e demais objetos necessários. Parte dos estudantes migrou para as instalações emergenciais montadas na Escola de Educação Física e Desportos. Mas a maioria permanece no prédio acidentado. Os alunos têm assembleias marcadas para a tarde e à noite. *colaborou Elisa Monteiro
Um ginásio da Escola de Educação Física e Desportos será a moradia provisória dos estudantes do bloco do alojamento atingido por um incêndio, na madrugada de hoje. A princípio, seriam instaladas na EEFD as pessoas que tiveram os quartos completamente destruídos pelas chamas. Mas a Defesa Civil decidiu interditar todo o bloco, onde residiam 165 alunos. Não há data para a reabertura desta parte da edificação.
Uma ala da residência pegou fogo por volta das 4h. Nove quartos foram atingidos. Segundo nota divulgada pela reitoria, o Corpo de Bombeiros atuou no prédio com 16 viaturas e fez os trabalhos de rescaldo. A causa do incêndio ainda será investigada pelas autoridades competentes, com acompanhamento da Superintendência-Geral de Políticas Estudantis (SuperEst) e da Prefeitura da UFRJ. Um aluno sofreu fratura na perna ao tentar sair do local e foi hospitalizado. Outros três tiveram ferimentos menos graves ou relataram inalação de fumaça. Em reunião com os moradores agora à tarde, além de informar a moradia temporária na EEFD, a reitoria anunciou que busca locais mais adequados para acomodação dos alunos. Também foi liberado um auxílio emergencial de R$ 20 mil para a compra de itens básicos. Os estudantes cobram da administração central o ressarcimento das perdas e ajuda com documentos, especialmente para os estrangeiros em intercâmbio. Doações O DCE Mário Prata informa que o alojamento precisa de doações de alimentos e roupas. Os itens podem ser entregues na portaria da residência estudantil.