Accessibility Tools

facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.37 1Foto: Kelvin MeloPara progressão na carreira, os professores deverão dedicar pelo menos oito horas semanais à graduação (ou ao nível básico, no caso do Colégio de Aplicação), se quiserem garantir a pontuação máxima na avaliação de suas atividades de ensino. Foi o que decidiu o Conselho Universitário do dia 13. A medida acrescenta mais quatro horas ao que determina a resolução ainda em vigor, datada de 2014.
Um dos proponentes da mudança foi o professor Carlos Riehl, do Instituto de Química. “Quando a gente coloca um mínimo de quatro horas na graduação, ele vira o máximo. Reforço que aqui tem que estar, no mínimo, oito horas”, disse.
Já a vice-diretora do Museu Nacional, a professora Andrea Ferreira da Costa defendeu que a resolução deveria acomodar a situação dos professores de unidades que não possuem graduação. “O Museu não possui graduação. Mas possui uma intensa atividade na iniciação científica. É a nossa contribuição à graduação. Esse fato faz parte da diversidade da universidade”.
No caso de unidades ou órgãos suplementares que não oferecem cursos de graduação, ficou definido que a avaliação irá considerar, neste item, uma carga horária de oito horas semanais de ensino, sendo pelo menos quatro horas na graduação ou nível básico.
Diretor do Instituto de Economia, Carlos Frederico Leão Rocha considerou a proposta razoável, mas avaliou que ficou um pouco exagerada. “Talvez tivesse sido melhor ficar com seis horas (dedicadas à graduação)”. O professor acredita que a mudança, mesmo com oito horas, não vai afastar professores da pós-graduação. “O texto não está proibindo as pessoas de dar disciplina na pós-graduação. Apenas está dizendo que não vão pontuar o máximo naquele quesito. Elas poderão compensar com outras atividades”.
Presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), o professor Bruno Lourenço Diaz projetou a situação dos colegas de unidades que, a exemplo do Museu Nacional, não oferecem cursos de graduação. “Não terão a nota máxima, mas o perfil definido para o Museu levará em conta as particularidades da Unidade e a pontuação possível de ser alcançada ainda será mais do que suficiente para aprovação na progressão ou promoção”, afirmou. “Lembrando que a impossibilidade de zerar é para o grupo (de ensino) e não este aspecto específico de aula na graduação”, completou.

REITORIA DISCORDOU
A proposta aprovada venceu o texto apoiado pela reitoria e pela Comissão de Legislação e Normas do colegiado. A CLN defendia que os docentes dedicassem oito horas semanais ao ensino, sendo pelo menos quatro para a graduação.
“Após uma série de encontros entre a CPPD e a CLN, entendemos que a universidade tem uma pluralidade de fatores organizacionais, acadêmicos e de administração”, afirmou o professor Carlos Bolonha, presidente da CLN. “Entendemos que a proposta que aqui fazemos atende a esta pluralidade, observando a carga horária semanal de quatro horas no ensino de graduação”, completou.
Pró-reitor de pós-graduação e reitor em exercício no dia da reunião, o professor João Torres discordou da proposta das oito horas só na graduação, o que poderia prejudicar diferentes perfis docentes. “A universidade é um navio. Todo mundo tem que remar. Você rema dando aula na pós-graduação, na graduação, fazendo outras coisas”, observou.

AINDA NÃO ACABOU
O mínimo de horas na graduação para pontuação máxima no ensino foi a grande polêmica do Consuni do dia 13 que continuou o debate sobre a revisão das regras de promoção e progressão na carreira.
O colegiado, que tem apreciado o tema desde outubro, avançou até o artigo 44 dos 68 da proposta de resolução. A discussão vai prosseguir na próxima sessão.

WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.38 2

Topo