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WhatsApp Image 2022 04 15 at 09.54.28Alexandre Medeiros, Ana Beatriz Magno, Beatriz Coutinho, Estela Magalhães Ribeiro, Kelvin Melo, Lucas Abreu e Silvana Sá

Campus da inspiração, das novas alegrias e dos velhos problemas

 A vida voltou à UFRJ em forma de abraço e em corpo de alun@s, professores e técnicos. Na última segunda-feira, 11, a graduação retornou integralmente ao presencial na maior federal do país. São mais de 60 mil estudantes, quatro mil docentes e nove mil servidores administrativos pelos campi, todos juntos e misturados num burburinho que não silencia os velhos problemas estruturais da universidade, mas ameniza a dor de dois anos de pandemia e ensino remoto.

Para receber novos e velhos alunos, todos os cursos passaram a primeira semana com intensa programação de acolhimento que incluiu desde trotes e aulas inaugurais até concertos. Um dos momentos mais emocionantes ocorreu na quarta-feira, 13, no Palácio Universitário, com o coletivo Choro na Rua que celebrou Pixinguinha, gênio da nossa cultura: uma das formas de a universidade inspirar e ser inspirada por múltiplas manifestações de afeto, cultura e saber.WhatsApp Image 2022 04 15 at 10.31.11
No Fundão, a Escola de Química, por exemplo, preparou um café da manhã para alunos, professores e técnicos. “Foram dois anos de afastamento, estamos recebendo ‘calouros’ do quinto período até o primeiro, que nunca estiveram na Escola”, lembrou a diretora, professora Fabiana Valéria da Fonseca. “A gente percebe os olhinhos emocionados”.
Mas nem todas as emoções foram boas nessa primeira semana em que, segundo estimativa da Prefeitura Universitária, circularam em média 60 mil pessoas por dia somente no Fundão. Muita gente e pouca alternativa para a alimentação. Todos os bandejões do Fundão, Centro e Praia Vermelha apresentaram filas gigantescas, com espera de até duas horas. “Cheguei às 11h no bandejão que estava absurdamente lotado para esse horário, comparado com 2019: 1h20 depois consegui entrar. Uma amiga minha demorou duas horas até poder almoçar”, contou Gabriel Fernandes, do 6º período da Escola de Belas Artes.
O assunto foi levado pelos estudantes ao Conselho Universitário do dia 14. O reitor em exercício, professor Carlos Frederico Leão Rocha, atribuiu o problema à crise econômica do país. “Acho que isso aumentou a demanda pelo bandejão”, disse. A reitoria tenta abrir um restaurante universitário no antigo Burguesão (no Bloco H do CT) e procura outros pontos de distribuição da alimentação. “Vamos ativar um sistema online para fazer o agendamento da refeição”, completou.
O acesso à Cidade Universitária também foi dificultado nos primeiros dias. “Os ônibus estão muito cheios”, reclamou a aluna Larissa Andrade, do 5º período da Faculdade de Letras. “Este não é só um problema da Cidade Universitária, é de todo o Rio de Janeiro”, justifica o prefeito Marcos Maldonado. “Estamos tentando solucionar com as empresas, mas os intervalos dos ônibus internos estão regularizados, com saídas a cada oito minutos”.
Apesar dos “perrengues”, os estudantes são unânimes ao afirmarem que nada substitui o encontro. “Estou na metade do meu curso e nunca consegui me sentir aluna da UFRJ”, disse a estudante Heloísa Lacerda, da Biologia. “Hoje, pisando aqui, tenho a sensação de ter sido roubada da vivência que eu tinha direito de experimentar, mas finalmente me sinto parte da universidade”.
Para a professora Juliany Rodrigues, diretora de Caxias, gratidão é a palavra do momento. “Pela vida das pessoas que estamos recebendo, pela minha vida e a vida dos meus colegas. Porque sobrevivemos”. Naquele campus, as máscaras se tornaram um dilema para alguns professores durante as aulas, por conta do calor excessivo. A climatização das salas ainda é um problema devido a falhas elétricas. “Está tudo funcionando dentro das possibilidades”.
Em Macaé, a saudade deu lugar à alegria, mas o momento também é de readaptação. “Procuramos seguir as recomendações do GT Pós-Pandemia dentro das possibilidades de nossa realidade. Não há muito o que se fazer com relação à estrutura”, pontuou Karine Verdoorn, diretora da AdUFRJ e professora de Macaé. Os corredores cheios acalentam o coração. “É muito bom presenciar esse movimento”.
A empolgação da volta não apaga as preocupações com a pandemia. Ainda restam dúvidas sobre a aplicação de regras sanitárias. “Temos uma portaria que diz que é necessário usar máscaras nos prédios, mas estamos vendo pessoas sem máscaras. O que se faz nessa situação?”, questionou o professor Antonio José de Oliveira, diretor da Faculdade de Administração. Também há dificuldades na verificação da vacina nos acessos à Praia Vermelha. No IFCS, Direito e reitoria, a cobrança das doses foi realizada na entrada.WhatsApp Image 2022 04 15 at 10.00.09
Apesar dos pesares, a universidade está viva e se mostra como lugar de encontro dos saberes. E isso se manifesta às vezes de forma inesperada. Os estudantes que aguardavam na fila para o bandejão da Letras foram brindados com uma apresentação de piano do estudante João Mello, do Instituto de Química. Hoje no 8º período, ele descobriu o piano — no pátio interno da Letras — há alguns anos e, sempre que pode, vai lá praticar. “Já fiz muitas amizades ali. Esperava que ele estivesse desafinado após dois anos de pandemia. Mas ele está afinado”, comemorou.

Teve abraço e teve selfie no reencontro com a universidade. Houve aula de emérito e visita guiada. E muito acolhimento, às vezes com café da manhã no corredor ou na sala. A AdUFRJ marcou presença e espalhou boas-vindas aos professores. Confira algumas imagens do primeiro dia do semestre letivo presencial. 

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WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.53.00Com imensa alegria, damos boas-vindas aos professores, estudantes e técnicos que retornam aos campi e emprestam vida à universidade após dois longos e difíceis anos. Aos calouros e aos novos docentes e servidores, desejamos sucesso na jornada profissional na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eu sou o professor João Torres de Mello Neto, presidente da AdUFRJ, o sindicato dos professores da UFRJ. Trabalho no Instituto de Física com Astrofísica e Física de partículas. Lembro com muito carinho quando tomei posse na UFRJ.
Eu, que vinha de uma cidade de 2.000 habitantes na fronteira do Brasil com o Peru, no coração da selva amazônica, naquele momento era o ser mais orgulhoso da nossa galáxia. Hoje também estou muito orgulhoso de estar aqui como presidente da AdUFRJ e de receber novas e novos colegas que contribuirão para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão em nossa universidade.
Prestes a completar 43 anos de história, a AdUFRJ foi criada ainda como associação, em 1979, durante a ditadura militar. Foi a forma que os professores da UFRJ daquele momento encontraram de se organizar para combater as investidas da ditadura. A universidade pública era trincheira de resistência. A grande motivação daqueles primeiros tempos do movimento docente organizado foi a conquista, em 1980, de uma carreira do Magistério Superior, num contexto dominado por cátedras sem concursos públicos.
Era resistência, não. É. Mais de quatro décadas depois, as ameaças são distintas. Mas as formas de luta e resistência também. Eu não preciso lembrar a todos os ataques que a universidade pública vem sofrendo no governo Bolsonaro. Tivemos quatro ministros da Educação, o quinto está a caminho, e seria um difícil concurso saber qual deles foi o pior!
Ricardo Vélez, ex-ministro da Educação queria mudar a forma como o golpe de 1964 e a ditadura são ensinados nos livros didáticos, queria que as escolas filmassem os alunos cantando o Hino Nacional. Colidiu com a ala olavista e foi substituído por Weintraub. Este afirmava que plantávamos maconha na universidade e que fazíamos orgias nos campi. A missão maior da universidade era fazer balbúrdia. Atacou a China e foi substituído por Decotelli, que ficou uma semana no cargo por informações equivocadas no seu currículo Lattes.
Depois veio Milton Ribeiro, o pastor que distribuía o dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a prefeituras ligadas a pastores evangélicos e ao chamado bloco do Centrão, segundo o próprio ministro, a pedido do presidente da República. Pode-se dizer que era uma “era de ouro” no MEC, pois a propina era paga com barras de ouro.
Este é o Ministério da Educação que deveria dar as diretrizes para os grandes desafios educacionais que não são poucos!!!! E nem vamos falar dos outros ministérios que dialogam diretamente com a Educação, como Ciência e Tecnologia, Cultura e outros!!! De forma abreviada, Bolsonaro et caterva!
Mas resistimos!!! A diretoria da AdUFRJ é composta por professores de diferentes unidades e áreas do saber e que buscam melhorar o dia a dia acadêmico e defender a universidade pública com engajamento político, ação solidária, planejamento e ofertas de serviços que façam a diferença na vida de professores e professoras.
Nós, da diretoria da AdUFRJ, estamos comprometidos com um sindicalismo novo, que enseja novas formas de luta e mobilização. Esta mobilização se dá com uma atuação como um sindicato e também como uma associação de professores. Somos o maior sindicato das universidades federais, o que fazemos na UFRJ ressoa em todo o Brasil.
O que a AdUFRJ oferece ao professor? Nosso setor Jurídico conta com advogados experientes, que ficam à disposição dos professores na solução de questões trabalhistas ou de foro pessoal. Já nosso setor de Convênios busca parcerias com empresas e instituições que prestam serviços nas áreas de educação, saúde, alimentação, bem-estar. Os descontos são oferecidos a todos os sindicalizados, e para alguns professores que usam muito estes serviços o valor total dos descontos recebidos pode vir a ser maior que a mensalidade da AdUFRJ.
O nosso setor de Comunicação também é muito atuante. O Jornal da AdUFRJ traz semanalmente informações sobre a universidade, matérias, artigos de professores e entrevistas sobre os principais temas relacionados à Educação, à Ciência e ao trabalho docente.
Enfim, oferecemos um espaço de convivência e trocas entre os professores.
E para terminar, voltando aos desafios do tempo presente. Nós, na UFRJ, plantamos sim, plantamos conhecimento e cultura! Fazemos orgias sim, orgias de literatura e poesia na Faculdade de Letras, orgias de teoremas no Instituto de Matemática, orgias de fármacos e vacinas na Bioquímica, na Biofísica e na Coppe! Apenas citei algumas, tem muito mais coisas acontecendo na universidade. E nós da AdUFRJ sabemos que o melhor combate ao atual desgoverno é fazer EXATAMENTE o que eles não querem ver: uma universidade ativa, produtiva, inclusiva, laica e de ótima qualidade, que seja o orgulho do Rio de Janeiro e do Brasil.
Professora, professor: venha plantar e fazer orgias conosco na AdUFRJ, orgias de resistência e de luta a favor da educação pública.
A galáxia, o planeta, o Brasil, o Rio de Janeiro e a UFRJ precisam do entusiasmo, da dedicação e da alegria dos jovens professores que estão chegando!
Muito obrigado.

João Torres
Presidente da AdUFRJ

WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.45.25Foto: Silvana SáSilvana Sá e André Hippertt

Presente pode ser substantivo, pode ser adjetivo. Nessas duas grandes categorias de palavras, pode abarcar tantos sentidos quanto forem fartos os sentimentos de quem os demonstra. No caso da nova campanha da AdUFRJ, “Professor Presente” simboliza tudo aquilo que cabe na expressão. Presente é presença, é o momento atual, é aquilo que é mostrado, é um regalo, uma dádiva, um oferecimento, é dedicação, assiduidade, é o que é nítido, é comprometimento, uma resposta ao chamamento. Todos esses significados revelam a singularidade e a importância deste momento em que a universidade retoma integralmente todas as suas atividades presenciais.
Com concepção do setor de Comunicação da AdUFRJ e arte do designer André Hippertt, a diretoria do sindicato preparou diferentes materiais para dar as boas-vindas ao corpo social da universidade, sobretudo professoras e professores. Uma forma de celebrar e marcar esse novo tempo de presença nos campi.
A campanha foi dividida em dois momentos: o primeiro deles foi a posse dos novos servidores da universidade, que aconteceu no dia 30 de março na Escola de Música (veja a cobertura na página 3). Para acolher os novos colegas que ingressaram na instituição, a AdUFRJ preparou um kit de boas-vindas. Cada um deles recebeu uma pasta com jornal, bloco de anotações, folder de apresentação do sindicato e seus serviços, adesivos, caneta, álcool e máscara, além de uma ficha de filiação.WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.48.42Foto: Fernando Souza
Agora, vivemos o segundo momento: a semana de volta às aulas presenciais na UFRJ. Prédios do Fundão, Praia Vermelha, Centro, Caxias e Macaé receberão banners com a inscrição: “Professor Presente! AdUFRJ te dá boas-vindas”. O Fundão também contará com galhardetes com a mesma mensagem aos professores, espalhados em diferentes pontos do campus.
Diretores da AdUFRJ se revezarão na distribuição de materiais como adesivos, blocos, folhetos e nosso Jornal Especial Volta às Aulas.
Nesta edição, trazemos um mapa de serviços dos campi, informações importantes sobre transporte, alimentação, segurança; a emoção da primeira aula magna presencial, após dois anos de pandemia e distanciamento social; a história do professor Edson Watanabe, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, agraciado recentemente com um importante prêmio do Japão; e uma galeria com diferentes momentos de preparação da UFRJ para receber professores, estudantes e técnicos a partir deste dia 11 de abril.WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.48.42 2Foto: Fernando Souza

SINDICALIZE-SE
A AdUFRJ conta com importantes serviços para os professores filiados. Um deles é o atendimento jurídico. Para agendar um horário, os filiados devem enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou mensagem de whatsapp para (21) 99808-0672. Há também um setor voltado a firmar convênios com empresas que oferecem descontos aos sindicalizados em serviços nas áreas de saúde, estética, energia, alimentação, educação. Veja relação na aba "serviços" no topo deste site.
Filie-se: https://www.adufrj.org.br/index.php/pt-br/filie-se

WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.56.26DOCENTES E TÉCNICOS celebram a posse na tradicional Escola de Música da UFRJ, na LapaObrigatórias na cerimônia presencial de novos professores e técnico-administrativos da UFRJ, as máscaras não esconderam a emoção de quem tomava posse na maior federal do país. O evento aconteceu no centenário Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música, no dia 30 de março. Vinte e três docentes e 51 técnicos assumiram formalmente seus cargos na universidade. Um reforço que será complementado ao longo do ano com a entrada dos aprovados nos concursos que ainda estão em andamento.
A diretoria da AdUFRJ, convidada pela Pró-reitoria de Pessoal, deu as boas-vindas aos novos colegas. O presidente, professor João Torres, lembrou a história de criação do sindicato, ainda como associação, durante a ditadura militar. Falou dos desafios atuais da democracia, Educação, Ciência e Tecnologia, e da importância da organização sindical. “A diretoria da AdUFRJ é composta por professores de diferentes unidades e áreas do saber que buscam melhorar o dia a dia acadêmico e defender a universidade pública com engajamento político, ação solidária, planejamento e ofertas de serviços que façam a diferença na vida de professores e professoras”.WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.56.26 1JOÃO TORRES, presidente da AdUFRJ
O pró-reitor de Pessoal, professor Alexandre Brasil, disse esperar que os profissionais recém-chegados sejam defensores do bem público. “A universidade é o espaço do diálogo, reflexão, solidariedade, encontro e acolhimento”. Já a reitora, professora Denise Pires de Carvalho, citou a importância das instituições públicas no combate à covid-19. “Imaginem o enfrentamento da pandemia sem as universidades, sem o Sistema Único de Saúde? Que cada um de vocês nos ajude a construir uma UFRJ mais pujante, que nos ajudem a tecer o tecido social tão esgarçado do nosso país para sonharmos com um futuro melhor para o Brasil”.

Orgulho de ser UFRJ
Cria da UFRJ, a professora Tatiane Costa assume como adjunta na Escola de Comunicação, local que ela carinhosamente chama de casa. “Fiz graduação, mestrado e doutorado na ECO. Sempre quis ser jornalista de redação, mas me apaixonei pelo conhecimento acadêmico e pela sala de aula”, conta. “Este é o meu concurso dos sonhos. Eu acredito na universidade pública e a ECO é a minha casa. Aprendi muito naquele espaço, faz parte de quem sou”, diz.
A cerimônia de posse será guardada com carinho. “Eu estava vivendo um momento do qual eu vou me lembrar para sempre. Minha família e amigos estavam juntos comigo. Eles me deram muito suporte para que eu pudesse estudar, me preparar. É uma conquista coletiva, uma vitória para celebrarmos juntos”. As expectativas da jovem professora são as melhores possíveis. “Estou muito feliz por ter oportunidade de ajudar a construir a sociedade que a gente quer”.
O desejo de transformação do país também faz parte do dia a dia da professora Juliana Dias. “Toda minha paixão, minha energia, minha intenção estão voltadas para servir à sociedade e construir uma universidade cada vez mais inclusiva, cada vez mais vinculada com a sociedade”, afirma. “É preciso mostrar que a universidade faz diferença na vida das pessoas”.
A docente será adjunta do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, local onde fez mestrado, pós-doutorado e lecionou como professora substituta. “O Nutes foi o lugar que me acolheu, onde eu cresci como professora, pesquisadora, extensionista. Sonhei com esse momento, batalhei para isso. Estou muito feliz, animada e honrada”.
Primeira mulher da UFRJ a assumir a cadeira de Capoeira, na Educação Física, a professora Lívia Pasqua é só orgulho. “A capoeira é meu objeto de estudo ao longo de toda a minha vida, desde a iniciação científica. É uma paixão que não sei explicar. Uma prática sobre nossas matrizes africanas, nossa cultura, dos nossos corpos. É luta, dança, jogo, brincadeira, cura, forma de educar”, resume a especialista. “Construí meu currículo por 20 anos para assumir essa vaga. É um grande sonho trabalhar com a capoeira no ensino superior, com ensino, pesquisa e extensão”.
Apesar da euforia, a professora reconhece os desafios que terá pela frente. “Vivemos um período político conturbado, curto orçamento na Educação, questões de infraestrutura. Sei que terei muito trabalho, mas vou trabalhar com o que amo. Estou realizada”.
O professor Raphael Paixão viveu um momento particularmente emocionante. “Ter tomado posse no meu futuro ‘escritório’ deixou o momento ainda mais especial”, orgulha-se. Ele assume o posto de professor de trombone no Departamento de Instrumentos de Sopro e Percussão, da Escola de Música. “Era um sonho, um desejo muito grande de poder ensinar meu instrumento, embora eu tenha muito mais a aprender, já que quem ensina aprende duas vezes”.
Seu primeiro contato com a música foi ainda na infância, numa escola em Mairiporã, no interior de São Paulo. A paixão pelo trombone o levou a estudar em uma escola de música especializada e despertou no então adolescente a vontade de lecionar. “Conheci o professor Valdir Ferreira, que me inspirou a trabalhar com educação”, conta. O destaque na música o levou com bolsa a aprimorar seus conhecimentos na Holanda. Ao retornar ao Brasil, tornou-se músico da Orquestra Sinfônica Brasileira. “E agora professor universitário. Acho que vai ser uma experiência muito rica”, comemora.
Servidores e familiares tiveram uma amostra da riqueza cultural da UFRJ na cerimônia. A composição original do Hino Nacional Brasileiro, de Francisco Manoel da Silva, foi interpretada pelo pianista Cristiano Vogas. As partituras originais ficaram expostas ao público durante e logo após a cerimônia, encerrada com a apresentação do Grupo de Chorinho da Escola de Música.

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