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 ja 5280Ministra Esther Dweck - Foto: Joédson Alves/Agência BrasilEm meio às articulações para barrar a PEC 32, da reforma administrativa, surgem mais informações que reforçam a tese de que o Brasil precisa investir mais e melhor no serviço público federal. Levantamento do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) descobriu que nos últimos sete anos quase cem mil servidores se desligaram de seus cargos no Executivo federal. As razões das vacâncias são variadas: mortes e aposentadorias lideram a lista. Em menor quantidade estão pedidos de exoneração. Nenhuma dessas vagas foi reposta nos governos Temer e Bolsonaro.
O ministério mapeou as áreas mais afetadas e com risco para execução de serviços. O estudo apontou uma redução mais acentuada da força de trabalho nas áreas social (-15,7%), infraestrutura (-16%), economia (-7,7%) e governo (-8,7%), entre os anos de 2017 e 2023.
“O MGI está ciente da necessidade de recomposição dessa força de trabalho para implementar as políticas públicas necessárias”, informou a pasta por meio de sua assessoria. “Somente neste ano, já autorizou mais de oito mil vagas para novos concursos públicos”.
Em recente entrevista, a ministra Esther Dweck afirmou que pretende autorizar mais oito a dez mil vagas até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É difícil dizer qual área está mais carente de pessoas hoje no serviço federal porque realmente houve uma redução muito, muito grande do quantitativo, para além do que seria razoável diante de uma modernização digital”, pontuou a titular da pasta.
A ministra também apontou a importância de modernizar o Estado brasileiro. Hoje, há 10.506 cargos efetivos de nível médio vagos, em funções que já não são mais necessárias ao Executivo, como digitadores, por exemplo. O MGI propôs a transformação desses cargos em outros 6.692 de nível superior. “Há uma redução de quantitativo, porém serão cargos mais qualificados. Estamos modernizando e qualificando o Estado brasileiro para prestar melhores serviços públicos”, justificou.
Na edição passada, o Jornal da AdUFRJ apresentou dados que comprovam que o Estado não é inchado e que a maioria de seus servidores tem média salarial baixa. O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Releia: https://bit.ly/caemosmitos .

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