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WhatsApp Image 2020 09 26 at 11.38.09“Ligar uma câmera e mirar para sua quebrada ainda é algo impressionante,” declarou o cineasta Lincoln Péricles na última sessão do CineAdufrj, no dia 23. A segunda sessão do tema ‘Direito à Cidade’ levou ao debate dois trabalhos de Lincoln:  ‘Aluguel – o Filme’, de 2015 e ‘Filme de Domingo’, de 2020.
O cineasta não se incomoda que seus filmes estejam disponíveis online e sem custo. “Se tem uma coisa que a pequena burguesia faz, é compartilhar processos, e entre nós precisamos fazer isso também. É organização”, afirmou. Lincoln explicou que também possui planos de circular o ‘Filme de Domingo’, lançado este ano, entre coletivos e pessoas que fazem cinema nas periferias. “Estamos vivendo um momento, graças a algumas políticas públicas, de ocupar novos espaços”, lembrou. “Acredito que o cinema serve para reafirmar isso, comunicar de alguma forma para os nossos que é possível”.
O professor Bernardo Oliveira, da Faculdade de Educação, lembrou que hoje em dia, devido à pandemia, as salas de cinema estão fechadas e o streaming virou a grande maneira de assistir filmes. “Quando se fala em produção comercial, ela tem um público-alvo. Como fazer para impulsionar essas produções independentes, para a coisa não só se tornar visível como uma atitude política, mas para você também ter o seu retorno?”, questionou.
Lincoln respondeu de imediato. “Se a Netflix me desse R$ 2 mil para passar meu curta, eu aceitaria. Mas não é meu objetivo. Não faço filme para playboy”, afirmou.
Previsto como um dos palestrantes, o cineasta Adirley Queiroz, que produziu e dirigiu o filme “A cidade é uma só?”, de 2011, teve problemas técnicos e não conseguiu participar do evento.

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