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07aWEB menor1143Quando escolhi estudar na UFRJ, tive que me despedir da minha família e do que conhecia como casa para abraçar esse sonho. Desde então, vivo o constante ir e vir entre Rio de Janeiro, uma cidade onde estudo, e Salvador, onde passo as férias. Em 13 de março, dia em que retornaria para o Rio em função do início de 2020.1, fui informada de que as aulas seriam adiadas por 14 dias, devido ao ainda novo coronavírus. Continuei em minha casa, mas dessa vez sabia que não seriam férias.
Seis meses se passaram do dia em que não voei, quando a pandemia cruzou a minha vida. Apesar de aqui em casa aparentemente nada ter mudado, já posso perceber o “novo normal”. Na primeira semana de período remoto, as novidades não estiveram, para mim, apenas no campo das aulas.
Enquanto assisto às aulas ao vivo, o ambiente familiar conforta o meu aprendizado. Entre as cinco disciplinas que estou cursando, sempre há um tempo para uma conversa ou um cafuné. Estar perto de quem se ama facilita qualquer processo.
Para mim, o PLE é um desafio não só pela novidade que representa, mas pela complexidade em se estabelecer uma conexão real entre as telas. Professores e alunos, juntos, enfrentam os percalços do Siga e do ClassRoom, mas ainda é difícil para a maioria de nós aparecer na telinha. Uma vergonha que, espero eu, passe com o tempo.
Pelo mural do ClassRoom, posso acessar os trabalhos e textos necessários para seguir adiante. Tudo online, nada de papel. É quando lembro de Itamar, o famoso Ita da Xerox, quem costumava ser o guardião de todos os arquivos do semestre, catalogados por pastas na sua pequena sala na Escola de Comunicação.
Em casa, tenho que dividir melhor meu tempo, para que os afazeres domésticos, estudos e estágio entrem em sintonia. O começo foi cansativo.
Agora tenho 18 horas por semana ocupadas em lives. Mas assistir aos rostos conhecidos melhoram o dia. Sentir o vibrar dos professores, ainda acostumando-se, como nós, à novidade. Agora, somos todos calouros do ensino à distância.
É  a primeira vez, em 21 anos, que tenho que conciliar estudos e trabalho. O estágio na AdUFRJ apareceu na minha vida em abril, em plena pandemia, já em home office. É meu primeiro trabalho e nunca poderia imaginar que seria dessa maneira, mas que bom que é. Espero me sentir próxima aos meus colegas quase jornalistas, assim como me sinto com a equipe incrível de jornalistas que pude conhecer nas incontáveis reuniões de pauta nesses quatro meses.
Como se diz aqui na Bahia, “só vence quem luta”. Começo o PLE empolgada e ávida pelo conhecimento, relembrando à minha mente o prazer que sinto em ser estudante.

Liz Mota Almeida
Estudante da ECO e estagiária da AdUFRJ

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