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O dia 15 de maio nos mostrou o caminho para combater o bolsonarismo e sua necropolítica: sólida unidade, diálogo com a população, diversidade de formas de ação, presença importante dos sindicatos, associações, entidades estudantis. É fundamental que a gente mantenha essa experiência viva!

1127WEBP7A cidadania brasileira vive o seu maior desafio desde os tristes tempos ditatoriais abertos em 1964 e radicalizados em 1968. Enfrentamos, ao mesmo tempo, um governo que pretende recuperar o projeto autoritário da Ditadura em seu viés mais radicalizado e uma pandemia global que cresce vertiginosamente, sobretudo pela própria ação do presidente genocida, que minimiza a gravidade da Covid-19 e desorganiza as ações sanitárias que poderiam minimizar as dores humanas e sociais.
As entidades educacionais, especialmente as universidades, têm feito seu papel e contribuído com a sociedade, com produção de conhecimento (destacamos a produção de respiradores de baixo custo pela UFRJ) e articulação de redes de solidariedade – além das várias doações que fizemos enquanto ADUFRJ, é preciso ressaltar as iniciativas de intervenção nas favelas e periferias para mitigar o sofrimento das pessoas mais vulneráveis.
Quando começamos nossa gestão, em outubro de 2019, afirmamos que “nunca fomos tão necessários para a defesa da vida e do nosso país. E, para garantir nossos espaços de renovação e criação de conhecimento, precisamos recorrer à defesa dos mais tradicionais pilares da universidade moderna”. Jamais imaginávamos que essa necessidade teria as dimensões que alcançou nessa pandemia.
Sempre afirmamos também que as mobilizações de 15 de maio de 2019 nos inspiram a organizar e atuar na comunidade universitária e fora dela. Naquele dia nossa associação, após uma assembleia cheia, ocupou a praça XV com uma série de atividades, aulas públicas, exposições e debates para depois irmos em peso à passeata, contribuindo para a primeira grande derrota do governo Bolsonaro e do seu nefasto ministro Weintraub.
O dia 15 de maio nos mostrou o caminho para combater o bolsonarismo e sua necropolítica: sólida unidade, diálogo com a população, diversidade de formas de ação, presença importante dos sindicatos, associações, entidades estudantis. É fundamental que a gente mantenha essa experiência viva!
Por isso estamos convocando através do Observatório do Conhecimento um 15 M virtual em defesa da educação e da vida. Trata-se de uma ação de redes nestes tempos pandêmicos que servirá tanto para recuperar a memória das mobilizações do ano passado quanto para mostrar ainda mais à sociedade os esforços que a universidade está fazendo no combate à pandemia. E, por fim, mas não menos importante, também para denunciar os ataques do governo genocida de Bolsonaro e Weintraub.
Todas e todos às redes no 15 de Maio de 2020! Em defesa da educação e da vida.

1127WEBP7AJOSUÉ MEDEIROS
Professor do departamento de Ciência Política e diretor da AdUFRJ
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