A realização do trabalho remoto é indicada para todos os servidores que não estão envolvidos em atividades essenciais — como o trabalho em hospitais e laboratórios de pesquisa — e para aqueles pertencentes aos grupos de pessoas vulneráveis à Covid-19. São todos aqueles com sessenta anos ou mais de idade; imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves; responsáveis pelo cuidado de uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de diagnóstico de infecção por Covid e quem apresente sinais e sintomas gripais, enquanto perdurar esta condição. Também são enquadrados: servidoras gestantes ou lactantes e servidores que possuam filhos em idade escolar ou inferior e que necessitem da assistência de um dos pais. Há autodeclarações previstas para atestar algumas destas condições.
A portaria também confirma o que já estava sendo feito pelos docentes, após a suspensão do calendário acadêmico. Eles “desenvolverão remotamente ativides como planejamento, pesquisa, orientação, extensão, gestão/representação e capacitação/qualificação”.
Diretoras da AdUFRJ, as professoras Eleonora Ziller e Christine Ruta acompanharam a plenária de decanos e diretores. “Com a pandemia, temos de lidar com algo completamente novo que é o trabalho remoto. A universidade nunca quis discutir isso, que poderia ter sido regulamentado antes. O problema é consertar o avião com ele voando. É muito difícil”, afirma a presidente da associação docente, Eleonora. “E fica ainda mais complicado pois o governo responsabiliza os servidores públicos por tudo, chantageando o Congresso e a sociedade. A ameaça de tirar todos os benefícios aumenta toda a tensão”, critica.