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WEB menor1115 p6bFoto: Arquivo AdUFRJA UFRJ colocou em consulta pública, em 18 de dezembro, uma proposta de política de inovação. O objetivo é institucionalizar algo que a universidade faz de forma dispersa até hoje. “É como se você não tivesse uma regra geral, não existisse um padrão, de como funciona o jogo”, explica a superintendente de pesquisa da UFRJ, Ariane Roder. Professores, técnicos e alunos podem se manifestar até o dia 31 de janeiro, em link disponível no site da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2).
Segundo a pró-reitora da área, professora Denise Freire, “a instituição não tem uma política de inovação que deveria ter há, pelo menos, três anos. Diversas outras universidades já têm e é muito importante regulamentar”. A proposta da UFRJ busca adequar a legislação interna ao Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, instituído em 2016.
O texto sob consulta foi montado por um comitê de 18 pessoas de vários centros da instituição, com o objetivo de captar diferentes olhares sobre a inovação. O modelo seguido foi o de estabelecer os artigos de forma mais enxuta, que futuramente poderão ser detalhados. “Cada artigo dá margem para construir uma resolução específica. O compartilhamento de laboratórios, por exemplo, como vamos fazer? Será que é necessário?”, esclarece Roder.
Outro padrão a ser seguido seria o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde toda a política de inovação já está completamente descrita. De acordo com a PR-2, a alternativa poderia atrasar ainda mais a aprovação da política da UFRJ. “Poderíamos ter críticas a pequenas partes do texto”, afirma a superintendente.
Após avaliação das sugestões recebidas, o material será enviado para discussão no Conselho Universitário. A expectativa é que isso ocorra ainda no primeiro semestre.

INTEGRAÇÃO
A integração é um dos destaques da nova política. A criação de um Conselho de Coordenação do Ecossistema de Inovação da UFRJ (CCI) é um dos projetos para 2020. O colegiado integraria as pró-reitorias de graduação, pós-graduação e pesquis e extensão, a Agência UFRJ de Inovação, o Parque Tecnológico, incubadoras e coordenadores de cada centro.
Coordenadora da Agência de Inovação, a professora Flávia Lima destaca que a nova política amplia as possibilidades de ação da universidade: “Nós tínhamos até então uma política de Propriedade Intelectual, que dava o suporte para a atuação da Agência, mas era restritiva e com o foco em patentear os resultados dos projetos de pesquisa”.
Para o diretor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, professor Bruno Lourenço, somente com a integração do Ecossistema de Inovação a UFRJ poderá atingir plenamente seu potencial inovador. “A UFRJ já está entre as universidades mais inovadoras do Brasil. Entretanto, ainda há espaço para melhora e uma política institucional de inovação será fundamental para avançarmos nesta área”.

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