facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WEBdinossauroDivulgaçãoO professor Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, é o principal nome por trás de uma recente descoberta: uma nova espécie de pterossauro – réptil voador que viveu há, aproximadamente, 95 milhões de anos, no período Cretáceo Superior. “É uma espécie nova de um grupo novo”, destaca o pesquisador.
O animal tinha cerca de um metro e meio de envergadura com as asas abertas. O focinho era largo e os dentes espaçados e pontiagudos. O fóssil foi encontrado no Líbano, soterrado em rochas calcárias, e recebeu o nome de Mimodactylus libanensis.
Kellner assina o artigo da descoberta com outros pesquisadores do Museu Nacional – Borja Holgado, aluno de doutorado do Programa de Pós-Gradução em Zoologia, e Juliana Sayão, paleontóloga e pesquisadora colaboradora da instituição. O trabalho foi feito em parceria também com pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá.
Para Kellner, a pesquisa dá um recado principal ao mundo: apesar do incêndio que devastou o Museu, no ano passado, a instituição segue fazendo ciência. “O Museu Nacional vive. Isto é muito mais do que um slogan”, afirma. “Não perdemos a nossa capacidade de gerar conhecimento novo”, destaca o diretor.
Os autores do trabalho defendem a tese de que o animal se alimentava de crustáceos, algo que o diferenciaria entre os pterossauros. O exemplar foi encontrado completo, algo também raro em se tratando de fósseis tão antigos.
A nova espécie pertence a um novo grupo de dinossauros chamado Mimodactylidae, que reúne, além de Mimodactylus, o chinês Haopterus gracilis.
O professor Kellner contou à reportagem da AdUFRJ que foi convidado a coordenar as pesquisas. “O fóssil foi encontrado e, num dado momento, Michael Caldwell (pesquisador da Universidade de Alberta e segundo autor do artigo) pediu que o material fosse enviado para lá. Eu, então, fui contactado e viajei para analisá-lo”, relembra.
O pesquisador conta que esta foi a primeira vez que um fóssil de réptil alado foi encontrado na região do Líbano. “Entendemos muito pouco dos pterossauros. É como se trabalhássemos com um quebra-cabeças de mil peças e estivéssemos diante de apenas cem”, exemplifica.

Topo