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Uma das atividades do primeiro dia de congresso foi a instalação da Comissão de Enfrentamento ao Assédio. A comissão é composta por cinco docentes da diretoria nacional do Andes e da diretoria da seção sindical anfitriã do encontro, a ADUFC. A aposta é que a criação de um grupo específico para receber demandas de assédio possa contribuir para coibir as agressões, além de punir eventuais agressores. “A comissão tem papel de acolhimento da vítima, de enfrentamento ao assédio, mas também é um espaço pedagógico”, ressalta a professora Maria Inês Escobar, diretora da ADUFC. “É importante que essa comissão exista para dizer que o assédio acontece muitas vezes entre nós. É um processo brutal, cujas vítimas são, majoritariamente, mulheres”.

Para a professora Sônia Pereira, também diretora da ADUFC, instalar a comissão é um importante passo institucional, mas ela precisa avançar. “Nosso papel é inibir e coibir ações discriminatórias. É um trabalho que precisa de continuidade, que deve ser fortalecido”.

HISTÓRICO

Criada pela primeira vez em 2018, no 37º Congresso do Andes, a Comissão de Enfrentamento ao Assédio foi uma resposta a um forte protesto de mulheres que denunciaram situações de assédio moral e sexual durante o congresso anterior, realizado em 2017, em Cuiabá. Na ocasião, elas leram um manifesto em que citavam diversos casos, e indicaram a constituição de uma comissão extraoficial de mulheres para apurar as denúncias. Não foram indicadas, no entanto, sanções aos acusados, que também não foram identificados.

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