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WhatsApp Image 2024 02 02 at 11.11.05 3Médica, pesquisadora, professora e ex-reitora da maior universidade federal do país, secretária de Educação Superior do MEC e agora nova presidente da Capes. Denise Pires de Carvalho deixa nesta quinta-feira (1º) o comando da SESU para presidir a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O anúncio foi feito pelo Ministério da Educação no último dia 31. Em nota oficial, a pasta agradeceu “a contribuição ao longo dos 12 meses em que [Mercedes Bustamante] presidiu a fundação, além de desejar sucesso à nova presidente”.
Na SESU assume Alexandre Brasil, também professor titular da UFRJ e que integrava a equipe de Denise. Ele foi também pró-reitor de Pessoal de 2021 a 2023. O docente é graduado em ciências sociais pela UFRJ, onde também tem mestrado em Sociologia e Antropologia. É doutor em Sociologia pela USP, com pós-doutorado pela Universidade de Barcelona.
Na UFRJ, o clima é de supresa. O estudante Gabriel Guimarães Batista, diretor da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (APG), celebrou a notícia. “A nomeação da professora Denise mostra não só sua qualificação, como também o prestígio da nossa instituição no cenário nacional”, afirmou.
Pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa em exercício, o professor Felipe Rosa celebrou a “grata surpresa”. “Não há dúvidas de que a professora Denise é uma das pessoas que mais entende a pós-graduação aqui no Brasil, que mais se importa com a pesquisa. Agora, na presidência da Capes, ela vai estar em posição de exercer toda sua capacidade e sabedoria para atuar no setor”, avaliou. “É uma excelente notícia”.
Para Felipe, a professora Denise já ter sido escolhida como secretária de Educação Superior do MEC e, agora, referendada como presidente da Capes, “manifesta a importância da UFRJ, enquanto universidade pública nacional”, diz. “Demonstra que o ambiente de onde ela veio, a nossa comunidade acadêmica, é muito forte”.
Perguntado sobre as expectativas da PR-2 em relação à Capes na gestão da professora Denise, Felipe é otimista, mas mantém certa cautela. “Vamos continuar o bom relacionamento que já existia na gestão da professora Mercedes e a equipe dela, mas sabemos das dificuldades. O Brasil continua numa situação difícil no que toca ao orçamento tanto para as universidades quanto para as agências de fomento”, explica. “Sabemos que não vai ter nenhum milagre, não estamos contando com isso, mas, claro, esperamos uma aproximação natural da Capes”.
Um dos temas prementes, segundo Felpe, é o Programa Institucional de Internacionalização da Capes. “Esperamos uma prorrogação ou talvez uma mudança do que seria o PrInt hoje, que já foi o Ciência Sem Fronteiras. Há uma expectativa de que o programa vá ser diferente. A gente espera que isso seja determinado esse ano”, afirma Felipe. “É bom ter alguém que a gente tem certeza que compreende a importância da internacionalização, da troca”, afirma. “A gente não quer só mandar pessoas, a gente quer trazer pessoas para cá, fortalecer a integração Sul-Sul, sobretudo com nossos vizinhos da América Latina”, conta. “A gente sabe que a situação orçamentária não é fácil, mas temos convicção de que ela certamente vai fazer o melhor”.
Reitor da UFRJ, o professor Roberto Medronho diz que a expectativa é muito boa. “A professora Denise é uma grande pesquisadora, profunda conhecedora do sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação, compreende a importância das bolsas para a formação dos nossos alunos de mestrado, doutorado, pós-doutorado”, afirma. “A ida dela só vai fortalecer a importância que a Capes tem no cenário da CT&I no Brasil”.
A nova presidente da Capes está otimista. “Eu me sinto honrada pelo convite do ministro Camilo Santana para continuar na equipe, agora presidindo a Capes, esta importante autarquia vinculada ao MEC e um dos maiores pilares da ciência nacional”, revela.
Sua gestão à frente da Capes terá três grandes eixos prioritários: educação básica, internacionalização e avaliação da pós-graduação. “Queremos fortalecer a formação inicial e continuada de professores, discutir mais profundamente a internacionalização das instituições de ensino superior brasileiras e aprimorar os processos de avaliação da pós-graduação”.
A posse ainda não tem data para acontecer, mas a professora inicia a transição da SESU para a Capes a partir desta sexta-feira (2).

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