“A gente quis fazer uma experiência em um período pequeno para avaliar o potencial de doadores para a reconstrução do Museu. A campanha começou no dia 28 de manhã e terminou no dia 29, às 11h. Foi bem expressivo”, comemora a presidente da Sociedade dos Amigos do Museu Nacional (SAMN), professora Mariângela Menezes.
O Museu pode receber doações dedutíveis do IR por estar inscrito no Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) da Lei Rouanet. Pessoas físicas poderão abater 6% do valor doado; entre pessoas jurídicas, o limite de dedução é de 4%.
Os projetos de captação são articulados junto às mais diversas instâncias da universidade e órgãos federais pela SAMN, que completará 87 anos no próximo sábado (13). “Temos um acordo assinado junto à UFRJ que nos facultou a captação de recursos de pessoas físicas ou jurídicas visando à reconstrução do Museu Nacional”, explica Mariângela, que é docente do Departamento de Botânica.
Os recursos doados no final do ano passado serão aplicados em dois projetos. O primeiro, que recebeu R$ 20,7 mil, é a recuperação de fachadas e coberturas de três blocos do prédio, além de algumas ações no entorno do Paço, como o reforço da murada externa. O segundo, que captou R$ 10,6 mil, visa à modernização da Biblioteca Central.
Com o fim do exercício fiscal, a campanha-relâmpago acabou. Mas a sociedade já avalia a possibilidade de repetir a campanha em 2024. No que depender do diretor do Museu Nacional, professor Alexander Kellner, a iniciativa está mais que aprovada. “Essa é uma boa maneira para qualquer pessoa que paga imposto de renda conseguir contribuir com o projeto maravilhoso de reconstrução do primeiro museu do nosso país e também obter um benefício fiscal”, afirma. “Basicamente, em vez de pagar a totalidade do imposto, dá um pedaço dele para o Museu, que está precisando muito e fica muito agradecido”.