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WhatsApp Image 2023 09 22 at 20.17.43 2Divulgação/BioSemanaPor Igor Vieira

A 27ª edição da BioSemana honrou a tradição. O maior evento acadêmico organizado pelos estudantes de graduação da Biologia lotou o CCS de segunda a sexta, da manhã à noite, com uma programação múltipla e palestrantes renomados.
“Os alunos são muito bem organizados. Foi uma experiência muito positiva. É a minha primeira vez e vou adorar participar de novo”, disse a professora Cynthia Cardoso, do Departamento de Genética do Instituto de Biologia, e palestrante do tema ‘Farmacogenética da Terapia contra HIV’. “No final da palestra, os alunos fizeram perguntas ótimas”, comentou Cynthia.

ORGANIZAÇÃO
A estudante de licenciatura em Biologia Hieza Siqueira, integrante da organização da BioSemana, explicou como funciona a busca por palestrantes. “No final de cada edição, enviamos formulários para os participantes com sugestões de temas para o próximo ano”, contou. “Nós temos uma seriedade que se reflete no sucesso”, afirmou a estudante, no terceiro ano à frente da organização. “O nosso objetivo é ampliar os horizontes dos estudantes de Biologia, trazendo biólogos em diferentes áreas de atuação no mercado que, às vezes, não são contempladas pelo curso”, afirmou.
Gabriel Alcantara, do bacharelado em Biologia, é colega de Hieza na organização do evento. “A ideia da BioSemana é complementar a formação dos estudantes. Muitos irão para a área da saúde, ambiental, botânica. Por isso, tentamos abarcar todos esses temas”, explicou. “O maior orgulho que temos é ser um evento tão grande e totalmente organizado pelos alunos. Além de trazer experiência para quem participa, ganhamos muita experiência organizando”.
“Ver os meus alunos organizando me deu orgulho e admiração”, comemorou a professora Ana Lúcia Fernandes, da Faculdade de Educação, e diretora da AdUFRJ. Docente da Licenciatura em Biologia, Ana Lúcia participou da mesa redonda “Novo Ensino Médio: Inovação ou Retrocesso?”. “Eu já conhecia a BioSemana e, ao participar, vi a grandiosidade desse evento científico”.
A BioSemana atraiu até alunos de outras universidades, como Giovana Macedo, da Engenharia Ambiental da UniRio. “O evento agrega bastante. Conheci mais laboratórios e projetos de diferentes áreas, o que é uma oportunidade para saber com qual mais me identifico”, afirmou.

FUTURO E IMAGINAÇÃO
Uma das programações especiais foi o talk show de encerramento com o professor Fabio Scarano, do Departamento de Ecologia, que está na cátedra da Unesco “Alfabetização em Futuros”, em uma parceria com o Museu do Amanhã e a UFRJ. “Fui convidado para uma entrevista sobre carreiras e oportunidades. Gostei de participar. Foi bem espontâneo, e os alunos se mostraram interessados”, disse Scarano, que respondeu perguntas sobre seu trabalho na cátedra, biologia acadêmica e os saberes tradicionais indígenas, que conheceu através do seu trabalho.
Para ele, o diálogo funciona expandindo a imaginação. “Essa expansão é facilitada ao conversar com gente diferente da gente. A ideia dessa conversa é criar uma esperança ativa para que as coisas possam melhorar, no sentido do verbo ‘esperançar’”, arrematou o professor.
Pesquisadores de outras universidades também estavam presentes. “Eu organizei a palestra sobre ‘Impacto de Cães e Gatos domésticos sobre a biodiversidade da Fauna’”, disse a mestranda em medicina veterinária da Universidade Federal de Santa Maria, Luiza Isaia.

ESTRELA INTERNACIONAL
WhatsApp Image 2023 09 22 at 20.17.43 1CARL JONES biólogo galês fez a palestra de abertura da edição deste ano - Divulgação/BioSemanaEm toda BioSemana, há um pesquisador de renome internacional. Esse ano foi a vez do galês Carl Jones, biólogo conservacionista que recuperou oito espécies nas Ilhas Maurício.
A palestra de Jones foi a preferida do estudante Joseph Guillemette. “Pagar passagem de ônibus, comer no bandejão e assistir a uma palestra internacional? Nós nos sentimos abraçados pelo Instituto”, afirmou Joseph.
“Foi muito interessante. Carl Jones falou sobre o trabalho e a vida”, contou Rodrigo Tardin, professor do Departamento de Ecologia. “Ele passou uma mensagem otimista sobre o poder do indivíduo e como cada um tem importância na conservação, seja graduando, pesquisador, de qualquer área ou forma de trabalho”, completou. O docente também é diretor científico do Instituto Luísa Pinho Sartori que, desde 2010, patrocina a palestra de abertura da BioSemana.

QUEM FOI LUÍSA PINHO SARTORI
Luísa Pinho Sartori era aluna de Biologia da UFRJ, grande defensora da preservação do meio ambiente e fez parte da organização da BioSemana.
Ela, porém, faleceu em um acidente de carro em 2009. Seus pais fundaram o instituto em 2015 para apoiar jovens como a filha, mantendo viva a paixão e a esperança dela no Meio Ambiente
O Instituto atua de diversas formas, incluindo o Prêmio Luísa Pinho Sartori, voltado para os alunos de graduação, público com oportunidades escassas de premiações e bolsas. “Nossa grande missão é fazer com que esses jovens brilhantes em início de carreira, com trabalhos práticos de conservação, tenham financiamento e uma base para seus projetos”, afirma Rodrigo Tardin.

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